sexta-feira, 25 de agosto de 2017

VEJA QUANTO CUSTA (0,2 GRAMAS) DA TURMALINA PARAÍBA, LÁ DO PACATO DISTRITO DE S.J DA BATALHA,UM NEGÓCIO MILIONÁRIO

VEJA QUANTO CUSTA (0,2 GRAMAS) DA TURMALINA PARAÍBA, LÁ DO PACATO DISTRITO DE S.J DA BATALHA,UM NEGÓCIO MILIONÁRIO



O esquema de extração ilegal da “turmalina” Paraíba, desarticulado durante operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) em maio do ano corrente, movimentou mais de R$ 2,5 milhões entre os 8 investigados.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Fabiano de Lucena Martins, o potencial exploratório da mina era cerca de U$ 1 bilhão de dólares. Seis pessoas presas, uma está foragida e outra está sendo procurada  Internacionalmente pelo Interpol.

Os detalhes da investigação, que teve início em 2009, foram divulgados em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Cabedelo.

Policiais Federais do Nordeste, também cumpriram oito mandados de sequestro de bens e 19 de busca e apreensão. Foram apreendidos carros de luxo, uma quantia em dinheiro não divulgada e algumas pedras de “turmalina”.

Nenhuma das prisões realizadas na operação foi feita na Paraíba, segundo a polícia. Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.

A operação “sete chaves” ocorreu nas cidades paraibanas de João Pessoa, Monteiro e Salgadinho, também nos municípios de Parelhas e Natal, no Rio Grande do Norte, além de Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).

Durante a entrevista coletiva a Polícia Federal apresentou um mapa do caminho que as pedras faziam no esquema (veja a seguir).

Segundo a PF o esquema criminoso começava com a extração da pedra no distrito de São José da Batalha, em Salgadinho (PB).

Uma empresa paraibana existente no local não possuía licença para extração da pedra, mas segundo as investigações, as pedras paraibanas eram extraídas pela empresa, ilegalmente, e enviadas para uma mina na cidade de Parelhas (RN), onde ganhava certificados legais de exploração. Do Rio Grande do Norte, as pedras seguiam para Governador Valadares (MG), para serem lapidadas. Lá, comerciantes enviavam as gemas para o exterior, em mercados na cidade de Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China e Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.

As Pedras paraibanas são de maior qualidade e, portanto atraem maior interesse de colecionadores e dos suspeitos.

As pedras eram exportadas como sendo do Rio Grande do Norte, e assim declaradas com valor inferior, e só no mercado do exterior é que diziam a real origem da pedra paraibana e, portanto vendiam com preço elevado, disse o delegado e comentou que por causa da cor e da raridade da pedra, um quilate (0,2 gramas) da turmalina Paraíba custa U$ 30 mil dólares, e o valor pode subir para U$ 800 mil dólares.

A turmalina Paraíba só é encontrada em cinco minas em todo o mundo, três estão na Paraíba e duas na África.

As pedras extraídas na Paraíba são consideradas as mais valiosas entre as turmalinas, segundo Fabiano de Lucena Martins.

A polícia suspeita que um grande volume destas pedras esteja nas mãos de joalheiros e de pessoas no exterior.

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