Rússia faz um dos maiores resgates bancários de sua história
O BC disse que planeja usar seus próprios fundos para se tornar um importante investidor no Otkritie, sétimo maior banco do país por ativos de acordo com dados da Interfax.
O resgate pode criar ansiedade sobre a situação do setor bancário russo, alimentando especulações de que outros grandes bancos tenham problemas semelhantes. Também levanta questões sobre o desempenho de supervisão do banco central.
O Otkritie é o maior banco privado do país por ativos, de acordo com dados do segundo trimestre da Interfax, e alguns acionistas têm ligação com grandes entidades estatais, fato que levou alguns analistas a considerar que o banco seria muito grande e influente para quebrar.
"Por um lado, o comentário do banco central (no Otkritie) é um alívio para o mercado", disse Dmitry Polevoy, economista-chefe do ING Bank em Moscou.
"Por outro lado, a situação geral e a ação do banco central suscitam questões sobre a qualidade da supervisão do banco central de um dos principais bancos de importância sistêmica da Rússia."
O banco central não disse o quanto gastou no resgate, mas planeja ter uma participação mínima de 75 por cento após avaliar a posição financeira da Otkritie. Até agora, o maior resgate bancário na Rússia foi um resgate de 395 bilhões de rublos ( 6,7 bilhões de dólares) do Banco de Moscou em 2011, quinto maior credor da Rússia por ativos na época.
O banco Otkritie, parte do grupo Otkritie mais amplo, cresceu rapidamente nos últimos anos, abocanhando bancos como o Nomos, fundos não-previdenciários e seguradoras, e até mesmo o negócio de diamantes do produtor de petróleo russo Lukoil.
O regulador vai avaliar as provisões e o capital do banco, processo que levará até três meses. Se o capital for considerado deficiente, os acionistas da Otkritie perderão completamente seus direitos de propriedade.
O banco central está tentando limpar o setor bancário, fechando bancos que acredita representam risco para o sistema.
O Otkritie é controlado pela holding Otkritie, com 65 por cento, de por sua vez é de propriedade de um grupo de executivos do Lukoil, do banco estatal VTB MBM, Otkritie e de outros.
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