Roberto Vascon: o mendigo que ficou milionário fazendo bolsas
A história do brasileiro Roberto Vascon, o designer que fabrica e vende bolsas para as mulheres mais famosas e ricas do mundo, é surpreendente, emocionante e de uma garra tamanha, que é preciso ser contada e compartilhada.
É um caso de superação dupla, para fazer um livro e um filme: nasceu pobre, ficou rico, vendeu tudo, voltou a dormir na rua, começou de novo e venceu novamente.
Uma história que teve ajuda de jornalistas, artistas e de Deus, como ele conta.
Mineiro, de Raposos, Roberto Vascon nunca pôde estudar – nunca – mas fala 3 línguas: inglês, francês e espanhol.
De família pobre, e pai alcoólatra, a vida dele começou difícil desde pequeno.
Roberto teve que trabalhar logo cedo para ajudar a manter a casa.
E ele conta que sempre teve uma ligação muito forte com Deus e naquela época de muita dificuldade, com o pai na cama, fez pacto com Deus:
“Deus me ajuda, me ilumina. Eu não tenho outra coisa na vida senão você. Tudo que você me der, eu não vou levar para o cemitério, pra cova. Enquanto eu estiver vivo eu vou ajudar o ser humano”, prometeu.
Rio de Janeiro
Mas a situação não melhorou imediatamente.
Roberto foi para o Rio de Janeiro, quando adolescente, e passou fome.
Ele conta que lavava carros para sobreviver.
Até o dia em que conheceu o cantor Cazuza, que em vez de deixar Roberto Vascon lavar o carro, o convidou para almoçar.
Dessa amizade, Roberto conseguiu um emprego como vendedor numa loja de roupas.
Nova York
Quando conseguiu juntar dinheiro, ele pegou um vôo para Nova York, onde dormiu durante 4 meses num banco do Central Park.
Ele se enrolava em jornais e usava caixas de papelão para sobreviver ao frio do mês de novembro, quando chegou.
Lá conheceu uma mendiga que o ensinou a falar inglês.
Longe de casa, da mãe, passando frio e necessidade, Roberto teve outra conversa com Deus, com quem diz falar todo dia.
Ele conta que reclamou da vida que estava levando, com frio, fome, sede, saudades da mãe… e disse que estava cansado: pediu para Deus “levá-lo embora”.
Naquela noite o brasileiro teve um sonho estranho, que mudaria sua vida.
O sonho
Roberto Vascon sonhou com milhares de pássaros. Ele “balançava os galhos das árvores onde eles estavam e voavam bolsas”.
No dia seguinte ele catou muitas latinhas, juntou 80 dólares e comprou peças de couro, linha e agulha e começou a costurar no Central Park, suas 12 primeiras bolsas, parecidas com as do sonho.
Coincidentemente, ou não, passou sua primeira cliente: uma moça que perguntou se as bolsas eram da Itália.
Ele não sabia, mas era a editora-geral de moda do jornal The New York Times, Nancy H.
Na conversa ela descobriu que Roberto nunca tinha ido à escola e mesmo assim fazia bolsas incríveis.
No meio do papo, Roberto disse que precisava trabalhar, porque estava com fome e não poderia mais conversar com a cliente.
Aí ela disse:
– Se eu comprar as 12 bolsas você conversa comigo?
– Claro, a noite inteira, disse Roberto.
Mais do que mostrar o produto para as amigas, a jornalista escreveu sobre a história dele e disse que as bolsas de Roberto tinham uma energia diferente.
Foi o trampolim para o mundo da moda e a vida dele Roberto Vascon nunca seria a mesma.
De catador ele se transformou em um dos mais famosos designers do mundo da moda de bolsas.
Fé
“Eu tenho uma fé muito grande. Eu peço pra Deus: vou ajudar alguém e você me ajuda a sobreviver”, diz Roberto.
E ele conseguiu tudo o que queria.
Comprou apartamento nos Estados Unidos, e realizou o sonho de dar uma casa para mãe dele aqui no Brasil.
Em seguida voltou para os Estados Unidos montou 7 lojas e abriu outra no Japão.
Já muito rico, no dia 2 de agosto 1993, dia do aniversário dele, Roberto estava sozinho. Ninguém ligou para cumprimentá-lo.
Naquela noite ele teve nova conversa com Deus: “lembra que eu te falei que eu ia te devolver tudo? Chegou a hora”.
Conhecer o mundo
Com milhões de dólares, Roberto fechou todas as lojas, vendeu tudo o que tinha e saiu mundo à fora.
Foi conhecer 128 países e ajudar as pessoas por onde passava.
Ajudou gente que não tinha perna, pessoas que não podiam estudar… pagou faculdades para alunos… Uma ironia, para quem nunca conseguiu estudar.
Assim, viajando, passeando, aprendendo culturas diferentes, e ajudando as pessoas, toda sua fortuna acabou.
Pobre de novo
Na pobreza novamente, Roberto voltou ao Brasil, onde conta que foi mal recebido.
Ele vendeu então um anel da Cartier que tinha, comprou uma passagem para Nova York e foi dormir novamente no Central Park.
Dias depois uma moça passou por ele e disse: “nossa, você parece com o Roberto Vascon!”
Ele disse que era ele mesmo e contou que vendeu tudo o que tinha, mas que hoje era “o mais culto do Central Park”.
Recomeço
O que Roberto não sabia é que essa moça também era jornalista.
Ela vendeu a nova história do mendigo/designer para o New York Times e 2 dias depois a vida de Roberto Vascon daria outra reviravolta: ele conseguiu comprar outra loja e recomeçar a vida como designer de bolsas.
Hoje, famoso e rico ele continua ajudando as pessoas anonimamente.
Ensinamento
“Me coloque na vida de pessoas que eu possa fazer a diferença. Que as pessoas possam pegar a minha história e dizer: a minha também tem jeito. A vida é você acreditar em você mesmo. Eu acredito no meu potencial, na minha bondade, gentileza, na minha fé! Eu acredito nisso tudo e isso tudo me faz ir pra frente”, ensina Roberto Vascon.
Fonte:UOL
É um caso de superação dupla, para fazer um livro e um filme: nasceu pobre, ficou rico, vendeu tudo, voltou a dormir na rua, começou de novo e venceu novamente.
Uma história que teve ajuda de jornalistas, artistas e de Deus, como ele conta.
Mineiro, de Raposos, Roberto Vascon nunca pôde estudar – nunca – mas fala 3 línguas: inglês, francês e espanhol.
Roberto teve que trabalhar logo cedo para ajudar a manter a casa.
E ele conta que sempre teve uma ligação muito forte com Deus e naquela época de muita dificuldade, com o pai na cama, fez pacto com Deus:
“Deus me ajuda, me ilumina. Eu não tenho outra coisa na vida senão você. Tudo que você me der, eu não vou levar para o cemitério, pra cova. Enquanto eu estiver vivo eu vou ajudar o ser humano”, prometeu.
Rio de Janeiro
Mas a situação não melhorou imediatamente.
Roberto foi para o Rio de Janeiro, quando adolescente, e passou fome.
Ele conta que lavava carros para sobreviver.
Até o dia em que conheceu o cantor Cazuza, que em vez de deixar Roberto Vascon lavar o carro, o convidou para almoçar.
Dessa amizade, Roberto conseguiu um emprego como vendedor numa loja de roupas.
Nova York
Quando conseguiu juntar dinheiro, ele pegou um vôo para Nova York, onde dormiu durante 4 meses num banco do Central Park.
Ele se enrolava em jornais e usava caixas de papelão para sobreviver ao frio do mês de novembro, quando chegou.
Lá conheceu uma mendiga que o ensinou a falar inglês.
Longe de casa, da mãe, passando frio e necessidade, Roberto teve outra conversa com Deus, com quem diz falar todo dia.
Ele conta que reclamou da vida que estava levando, com frio, fome, sede, saudades da mãe… e disse que estava cansado: pediu para Deus “levá-lo embora”.
Naquela noite o brasileiro teve um sonho estranho, que mudaria sua vida.
Roberto Vascon sonhou com milhares de pássaros. Ele “balançava os galhos das árvores onde eles estavam e voavam bolsas”.
No dia seguinte ele catou muitas latinhas, juntou 80 dólares e comprou peças de couro, linha e agulha e começou a costurar no Central Park, suas 12 primeiras bolsas, parecidas com as do sonho.
Coincidentemente, ou não, passou sua primeira cliente: uma moça que perguntou se as bolsas eram da Itália.
Ele não sabia, mas era a editora-geral de moda do jornal The New York Times, Nancy H.
Na conversa ela descobriu que Roberto nunca tinha ido à escola e mesmo assim fazia bolsas incríveis.
No meio do papo, Roberto disse que precisava trabalhar, porque estava com fome e não poderia mais conversar com a cliente.
Aí ela disse:
– Se eu comprar as 12 bolsas você conversa comigo?
– Claro, a noite inteira, disse Roberto.
Mais do que mostrar o produto para as amigas, a jornalista escreveu sobre a história dele e disse que as bolsas de Roberto tinham uma energia diferente.
Foi o trampolim para o mundo da moda e a vida dele Roberto Vascon nunca seria a mesma.
De catador ele se transformou em um dos mais famosos designers do mundo da moda de bolsas.
Fé
“Eu tenho uma fé muito grande. Eu peço pra Deus: vou ajudar alguém e você me ajuda a sobreviver”, diz Roberto.
E ele conseguiu tudo o que queria.
Comprou apartamento nos Estados Unidos, e realizou o sonho de dar uma casa para mãe dele aqui no Brasil.
Em seguida voltou para os Estados Unidos montou 7 lojas e abriu outra no Japão.
Já muito rico, no dia 2 de agosto 1993, dia do aniversário dele, Roberto estava sozinho. Ninguém ligou para cumprimentá-lo.
Naquela noite ele teve nova conversa com Deus: “lembra que eu te falei que eu ia te devolver tudo? Chegou a hora”.
Conhecer o mundo
Com milhões de dólares, Roberto fechou todas as lojas, vendeu tudo o que tinha e saiu mundo à fora.
Foi conhecer 128 países e ajudar as pessoas por onde passava.
Ajudou gente que não tinha perna, pessoas que não podiam estudar… pagou faculdades para alunos… Uma ironia, para quem nunca conseguiu estudar.
Assim, viajando, passeando, aprendendo culturas diferentes, e ajudando as pessoas, toda sua fortuna acabou.
Pobre de novo
Na pobreza novamente, Roberto voltou ao Brasil, onde conta que foi mal recebido.
Ele vendeu então um anel da Cartier que tinha, comprou uma passagem para Nova York e foi dormir novamente no Central Park.
Dias depois uma moça passou por ele e disse: “nossa, você parece com o Roberto Vascon!”
Ele disse que era ele mesmo e contou que vendeu tudo o que tinha, mas que hoje era “o mais culto do Central Park”.
Recomeço
O que Roberto não sabia é que essa moça também era jornalista.
Ela vendeu a nova história do mendigo/designer para o New York Times e 2 dias depois a vida de Roberto Vascon daria outra reviravolta: ele conseguiu comprar outra loja e recomeçar a vida como designer de bolsas.
Hoje, famoso e rico ele continua ajudando as pessoas anonimamente.
Ensinamento
“Me coloque na vida de pessoas que eu possa fazer a diferença. Que as pessoas possam pegar a minha história e dizer: a minha também tem jeito. A vida é você acreditar em você mesmo. Eu acredito no meu potencial, na minha bondade, gentileza, na minha fé! Eu acredito nisso tudo e isso tudo me faz ir pra frente”, ensina Roberto Vascon.
Fonte:UOL
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