domingo, 29 de outubro de 2017

Peneira especial transforma água do mar em potável

Peneira especial transforma água do mar em potável

Membrana de óxido de grafeno separando água do sal - Foto: Universidade de ManchesterMembrana de óxido de grafeno separando água do sal - Foto: Universidade de Manchester

Uma invenção incrível é capaz de transformar água do mar em potável e ajudar milhões de pessoas que não têm água para beber.
Pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, criaram uma “peneira” de grafeno, que consegue remover o sal da água.
A peneira usa um derivado químico, o óxido de grafeno, e pode ser altamente eficiente na filtragem do sal.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação científica Nature Nanotechnology.
Grafeno 
O grafeno, descoberto em 1962, é uma das formas cristalinas do carbono, como o diamante e o grafite.
Ele foi pouco estudado até ser redescoberto, isolado e caracterizado por pesquisadores da Universidade de Manchester em 2004.
O grafeno consiste em uma camada fina de átomos de carbono organizada em uma espécie de treliça hexagonal.
Suas propriedades incomuns, como sua força elástica e condutividade elétrica, o tornaram um dos metais mais promissores para futuras aplicações.
Como
Rahul Nair, que liderou a pesquisa e seus colegas, demonstraram que colocar paredes feitas de resina epóxi em cada lado da membrana de grafeno é suficiente para frear o inchaço do material.
Isso também permitiu aos cientistas ajustar as propriedades da membrana, deixando passar mais ou menos sal, por exemplo.
“Nosso próximo passo é comparar as membranas de óxido de grafeno com o material mais sofisticado disponível no mercado”, diz Rahul
Mas até o momento, era difícil e caro produzir barreiras de grafeno em escala industrial com os métodos existentes.
Custo
Rahul Nair revela, no entanto, que o óxido de grafeno pode ser feito facilmente em laboratório.
“Em forma de solução ou tinta, podemos aplicá-lo em um material poroso e usá-lo como membrana. Em termos de custo do material e produção em escala, ele tem mais vantagens em potencial do que o grafeno em uma camada.”
Em artigo na revista Nature Nanotechnology, o cientista Ram Devanathan, do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA, disse que seria preciso mais estudo para conseguir, de fato, produzir membranas de óxido de grafeno a baixo custo e em escala industrial.
Segundo ele, a equipe britânica ainda precisa demonstrar a durabilidade da membrana durante o contato prolongado com a água do mar e garantir que ela é resistente ao acúmulo de sais e de material biológico – o fenômeno requer que as barreiras de dessalinização existentes hoje sejam limpas ou substituídas periodicamente.
Até 2025, a ONU estima que 14% da população mundial enfrentará escassez de água.
Com informações do UOL e Nature Nanotechnology

Nenhum comentário:

Postar um comentário