quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Estatais têm forte alta com voto do relator do julgamento de Lula

Investing.com – As ações das empresas estatais registram forte valorização na jornada desta quarta-feira (24) na B3 (SA:BVMF3)
       Os investidores reagem positivamente à leitura do voto do relator do processo do julgamento do ex-presidente Lula, João Pedro Gebran Netto, que se encaminha para a condenação do petista. O Ibovespa avança 1,74% aos 82.080,02.
Na liderança das ações que compõe o Ibovespa está Eletrobras PNB (SA:ELET6), avançando 4,02% a R$ 21,48, enquanto as ações ON somam 3,92% a R$ 18,84% Já os ativos do Banco do Brasil (SA:BBAS3) ON têm valorização de 3,38% a R$ 36,43 e os da Petrobras PN (SA:PETR4) sobem 3,17% a R$ 18,87.
O dia é positivo como um todo na bolsa brasileira, mas o desempenho das estatais chama a atenção. Uma eventual condenação do ex-presidente com seu impedimento para participar das eleições presidenciais, abre espaço para uma agenda mais reformistas entre os candidatos, o que pode passar pela privatização dessas empresas.
Em seu voto, o desembargador Neto afirma que há provas de que se deram os crimes de corrupção ativa e passiva em favor do PT e de envolvimento de Lula
“Há prova razoável que o ex-presidente foi um dos articuladores, senão o principal, do amplo esquema de corrupção”, afirmou. “As provas aqui colhidas levam à conclusão de que, no mínimo, tinha ciência e dava suporte do que ocorria no seio da Petrobras (SA:PETR4), destacadamente a destinação da propina para o Partido dos Trabalhadores para o financiamento de campanhas políticas.”
Segundo o magistrado, é possível afirmar um “juízo de certeza” quanto ao cometimento de corrupção passiva e ativa por integrantes do Partido dos Trabalhadores. “Há provas de que a OAS pagava propina para técnicos da Petrobras e destinava parte dos recursos para o PT”, disse.
Gebran afirmou que não se exige a comprovação da participação ativa de Lula em cada um dos contratos.
Segundo o desembargador, os processos já julgados pelo tribunal no âmbito da Lava Jato podem levar à conclusão “irrefutável” da existência de um cartel com o objetivo de fraudar licitações na Petrobras.
Ele disse que há um esquema de corrupção sistêmica instalada na maior estatal do país e que não serviu apenas ao enriquecimento pessoal, mas também para o financiamento de campanhas.
Com Reuters

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