Economia mundial turbina Vale em 2018
“O mundo inteiro quer nosso minério, então vamos atender o desejo deles”. Com essa frase bem-humorada e pragmática, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, completa, em maio, um ano no comado da maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo e já com praticamente toda a produção de 2018 vendida. A mineradora vive uma conjuntura de “céu de brigadeiro”, define Schvartsman, admitindo que “talvez seja a melhor das combinações dos últimos muitos anos”. Ele se refere a uma combinação de crescimento da economia mundial, aumento nos preços internacionais do minério e maior volume de produção da empresa, que opera a nova mina S11D, em Carajás, no Pará, a plena carga, com processamento de 90 milhões de toneladas/ano e onde foram investidos US$ 6,4 bilhões.
O balanço da Vale, de 2017, divulgado no último dia de fevereiro, estava recheado de bons resultados: recordes de produção no minério de ferro (366,5 milhões de toneladas), nas pelotas (50,3 milhões de toneladas), e nos demais metais produzidos pela mineradora, entre eles o ouro e o cobre. O lucro líquido da empresa somou R$ 17,6 bilhões, quase 33% maior que os R$ 13,3 bilhões registrados em 2016. A receita operacional, de US$ 33,9 bilhões, cresceu 23% em relação ao ano anterior e a geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), atingiu US$ 15,3 bilhões, com alta de 28%. Tudo isso combinado com queda na dívida liquida da empresa, que chegou ao final de 2017 em US$ 18,1 bilhões, abaixo dos US$ 25 bilhões do ano anterior.
Fonte: Época
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