Um grupo multiforme: A adulária, como variedade da ortoclase, inclui-se no grupo dos feldspatos, alguns dos minerais mais abundantes. A sua composição química é a mesma em todos os casos, dado que se trata de silicatos de alumínio e potássio, mas a estrutura cristalina apresenta características diferentes. A adulária costuma apresentar-se sob a forma de cristais prismáticos tabulares ou colunares, embora também surja em grandes massas. A estrutura depende da temperatura de solidificação. A sua penetração nas fissuras das rochas anteriormente solidificadas permite o crescimento dos grandes cristais que aparecem com frequência associados a processos do tipo hidrotermal.
Diversidade de usos: A adulária é utilizada para a preparação de materiais abrasivos e sobretudo na indústria da porcelana. As variedades mais nítidas são talhadas como gemas.
Refulgências: A adulária deu nome ao fenómeno da "adularescência", efeito óptico que consiste numa refulgência azulada ou esbranquiçada que parece deslocar-se pela superfície da pedra quando esta muda de posição. Nalguns casos, as gemas apresentam outra propriedade conhecida pelo nome de "olho-de-gato"; isto sucede quando lampejos da adularescência adquirem a forma de uma linha única que se desloca pela pedra e que simula a pupila do olho de um felino.
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