Cristais enganadores: O arsénico cristaliza no sistema romboédrico (cristais muito difíceis de encontrar), embora os cristais cresçam tão deformados que podem confundir-se com cubos. Também cristaliza com outra forma, a arsenolamprite, segundo a estrutura ortorrômbica. Contudo, encontra-se com mais frequência em forma de massas irregulares e granulares ou em crostas botrioidais (em cacho); há inclusive exemplares com agregados radiais. O arsénico é sempre opaco e com brilho metálico, embora raramente observável porque, uma vez exposto à atmosfera, a superfície do mineral se altera com rapidez.
Sempre de companhia: É muito difícil encontrar exemplares de arsénico nativo, pois aparecem sempre impurezas de prata, antimónio, ferro ou níquel. Muitas destas misturas constituem, na realidade, espécies minerais diferentes, a mais importante das quais é a stibarsenite.
Venenoso mas necessário: As propriedades tóxicas do arsénico (provoca envenenamentos mortais) são bem conhecidas desde a Antiguidade. Trata-se, contudo, de um elemento necessário para o correcto funcionamento do nosso organismo, pois a sua carência provoca uma inibição do crescimento. Na indústria é usado na elaboração de insecticidas, fungicidas e medicamentos, bem como na elaboração de tintas, vidro e ligas de metais. Em electrónica, usa-se para a produção de elementos semicondutores.
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