PEQUIM (Reuters) - A China alertou os Estados Unidos neste domingo que qualquer acordo alcançado sobre comércio e negócios entre os dois países será anulado se Washington implementar tarifas e outras medidas comerciais, no momento em que os dois países terminaram sua última rodada de negociações em Pequim.
Uma breve declaração, divulgada pela agência de notícias oficial Xinhua, não mencionou nenhum novo acordo específico depois que o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, se reuniu com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He.
Em vez disso, referiu-se ao consenso alcançado no mês passado em Washington, quando a China concordou em aumentar significativamente suas aquisições de bens e serviços dos EUA.
“Para implementar o consenso alcançado em Washington, os dois lados se comunicaram bem em várias áreas, como agricultura e energia, e fizeram progressos positivos e concretos”, disse a agência de notícias estatal, acrescentando que os detalhes estão sujeitos à “confirmação final por ambas as partes”.
Os Estados Unidos e a China têm reciprocamente ameaçado tarifar produtos em até 150 bilhões de dólares cada.
A Xinhua disse que a atitude da China tem sido consistente e que está disposta a aumentar as importações de todos os países, incluindo os Estados Unidos.
“Reforma, abertura e expansão da demanda doméstica são estratégias nacionais da China. Nosso ritmo estabelecido não vai mudar”, acrescentou.
“As conquistas alcançadas pela China e pelos EUA devem se basear na premissa de que os dois lados devem chegar a um meio-termo e não travar uma guerra comercial”, disse a Xinhua.
“Se os Estados Unidos introduzirem sanções comerciais, incluindo o aumento de tarifas, todas as conquistas econômicas e comerciais negociadas pelas duas partes serão anuladas”.
Não houve comentários ou declarações imediatas da delegação dos EUA ou do próprio Ross.
Fonte: Redação Reuters
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