Na avaliação da agência de classificação de risco Fitch, o acordo de reparação de danos causados pela Samarco, em Mariana (MG), não altera os ratings da companhia e de uma das suas principais controladoras, a Vale (BOV:VALE3), afirmou a agência em relatório.
Na última segunda-feira (25), a Vale celebrou junto a Samarco Mineração, suas acionistas e autoridades brasileiras, um Termo de Ajustamento de Conduta, que extinguiu uma ação de R$ 20 bilhões para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015.
O acordo, que envolve os Ministérios Públicos Federais (MPF) de Minas Gerais e Espírito Santo; e a Advocacia Geral da União (AGU), determina que os atingidos tenham uma participação maior nas instâncias que atuam como negociadoras, consultoras e validaras das ações da Renova, responsável pelos programas de reparação criados em março de 2016, com o primeiro TTAC. No período de dois anos, os especialistas do Ministério Público que irão acompanhar as atividades devem apresentar suas opiniões, o que será seguido por “uma eventual repactuação dos programas”, afirmou a Vale em comunicado.
Para a Fitch, o acordo reafirma a visão de que as saídas de caixa relacionadas à Samarco para a Vale serão administráveis. “A Fitch espera que a Vale atinga a dívida líquida de cerca de US$ 10 bilhões até o final do ano, um aumento que sinaliza uma melhora significativa no perfil de crédito da empresa e na capacidade de implantar capital de maneira eficiente no futuro”, concluiu a agência.
Fonte: Broadcast