Os mercados começam a semana de olho no petróleo, que ensaia uma recuperação após acumular quedas nas últimas duas semanas. A retórica hostil entre D. Trump e Hassan Rohani (presidente do Irã) fez com que os preços do petróleo registrassem uma forte alta (veja no gráfico abaixo a alta do petróleo WTI).
Na divisa de commodities, o aço e o minério de ferro registram ganhos, enquanto os metais não ferrosos são destaque de queda.  Vale notar o movimento nítido no mercado de câmbio, com apreciação do dólar em relação aos seus principais pares, sobretudo moedas emergentes. Além de tensões geopolíticas, os mercados se atentarão aos balanços corporativos, que serão divulgados com maior intensidade nesta semana.
Hoje a Alphabet inc. deve ditar o ritmo dos negócios em Wall Street, que já aguarda resultados de empresas como Facebook, Santander, General Motors, Deutsche Bank e Coca Cola. A expectativa para os resultados é boa, então os mercados globais ficarão atentos a isto.
Apesar do noticiário corporativo intenso, o fluxo de notícias econômicas é bastante fraco nesta segunda-feira. A aversão ao risco pressiona os mercados, e a sessão de negócios na Europa e nos EUA é negativa. Vale notar que os mercados globais se atentarão ao PIB americano, que será divulgado nesta semana.

Brasil

Assim como no exterior, a aversão ao risco pressiona o mercado local. Os contratos futuros de DI apresentam uma alta ao longo de todos os vencimentos, mesmo com um IPC-S animador. A FGV divulgou o índice nesta manhã, que apresentou variação de 0,38%, 0,29 p.p. abaixo da última taxa divulgada. O índice sinaliza uma informação importante ao mercado, que se preocupa com a evolução dos preços após a paralização dos caminhoneiros. O efeito inflacionário causado pela greve pode passar mais rápido do que previsto pelo mercado.
O dólar registra alta de 0,8%, reduzindo a pressão negativa no índice Bovespa. Com a apreciação do dólar (junto à alta de algumas commodities), algumas empresas Blue chips (como a Petrobras, Vale e Suzano) desempenham melhor que a maioria dos ativos do índice. Nesta semana, o quadro político deve voltar à tona, com foco na aliança entre o Centrão e Alckmin.