O dólar está caindo em relação às principais moedas, depois que o presidente americano afirmou que está descontente com a atual política do presidente do FED, Jerome Powell, de elevação gradual dos juros básicos. A reação do mercado, a priori, foi na direção de reduzir um pouco a tendência de valorização do dólar. Ele está sendo negociado a US$ 1,154 hoje, após ter sido negociado a US$ 1,14, ontem.
No Brasil, os negócios não estão sendo decididos pela tendência externa. Ao contrário, o dólar, que abriu em ligeira queda, está em alta de quase 20 pontos, sendo negociado a R$ 3,992, no mercado futuro para set/2018. Os agentes ainda estão colocando nos preços o aumento da probabilidade de um segundo turno com a presença de Fernando Haddad, do PT. Os juros seguiram essa tendência e os futuros para jan/21 e jan/27 estão com alta de 15 pontos. A nova esticada da curva longa sinaliza o aumento da percepção de risco, que saiu de 220 pontos no início do mês, para os atuais 247 pontos. Essa mudança nos preços reflete o cenário sem Geraldo Alckmin no segundo turno.
Ainda que a pesquisa IBOPE não tenha mostrado alta de Fernando Haddad, ela mostrou que a percentual de Lula continua elevada, o que mantém o total a ser transferido para o candidato do PT sustentando as chances de um segundo turno com ele. Em relação à pesquisa feita em entre 21 e 24 junho, os percentuais não mudaram significativamente. Veja a tabela com a evolução dos percentuais:
ibope
Hoje ainda se mantêm a aposta de uma melhora de Geraldo Alckmin, a partir do início do horário eleitoral gratuito. O fato de Alckmin dispor de um enorme capital nesse momento da campanha ainda mantém as expectativas de melhora nas próximas semanas. É só por conta disso que o dólar e os juros não colocam nos preços a saída definitiva do tucano do páreo.