terça-feira, 21 de agosto de 2018

Exploração de garimpo em Poconé (MT) causa rachaduras em paredes de casas, reclamam moradores


Exploração de garimpo em Poconé (MT) causa rachaduras em paredes de casas, reclamam moradores

Moradores de Poconé, a 104 km de Cuiabá, reclamam que a ação das mineradoras em garimpos está provocando danos à estrutura das casas que ficam próximas à área de garimpo. As empresas e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente afirmam que não há comprovação de que as rachaduras tenham relação com a extração do ouro.
A servidora pública Jossielma Alves investiu cerca de R$ 180 mil para comprar a casa própria. Segundo ela, a estrutura da residência tem várias rachaduras nas paredes. Jossielma deixou a casa com o marido e, atualmente, mora com os pais.
“Eu não consigo dormir nesta casa, porque sempre acho que ela vai desabar”, afirma. Ela disse que o problema na estrutura da casa é causado pela mineração de um garimpo que fica próximo à região. Segundo o aposentado Gonçalo da Silva, apesar do imóvel ter sido mais valorizado devido à proximidade com o garimpo, o barulho, a poeira e o impacto da escavação nas residências, estão causando rachaduras nas paredes. ”As casas são antigas, elas não aguentam tanto impacto. Ainda tem a poeira e o barulho que fica no local”, disse.
O representante da mineradora, João Batista da Silva, afirmou que a empresa atua há sete anos na região e que as rachaduras não são causadas pela escavação. “A rua em volta desse garimpo está toda uniforme. O que fez as rachaduras nas casas foi um garimpo antigo que tem por baixo das residências e nós trabalhamos a céu aberto”, avaliou.
O município tem 28 mineradoras licenciadas, sendo quatro delas que atuam em perímetro urbano. A liberação para a exploração do ouro é concedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e pela Agência Nacional de Mineração. Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente, Danielle Assis, não existe um estudo técnico que comprove que as rachaduras nas casas são provocadas pelas escavações nas mineradoras. “Nós contatamos uma equipe especializada para fazer essa vistoria no local e, então, depois que tivermos o laudo técnico do motivo das rachaduras tomaremos as providências”, avaliou.
Fonte: G1

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