Fibria, Suzano, JBS, Petrobras, Itaú Unibanco e outras
Sem a influência de novas pesquisas sobre a eleição presidencial, o noticiário corporativo pode ter mais impacto sobre o mercado de ações nesta quinta-feira. No cenário externo, a perspectiva de retomada nas negociações bilaterais entre China e Estados Unidos também anima os investidores. Pela manhã acontece a assembleia de acionistas da Fibria que vai deliberar sobre a proposta de fusão com a Suzano. Olho também em JBS, que pagou antecipadamente as parcelas do acordo de normalização com os bancos.
A modelagem da operação de venda da Fibria para a Suzano dividiu os acionistas da companhia que exerceram o direito de voto à distância. De acordo com o mapa de votação divulgado na terça-feira, 51% ficaram a favor da proposta e 49%, contra. Mesmo desfavorável, o resultado animou os minoritários contrários à proposta que os obriga a vender as ações. Acreditam que podem conseguir a maioria dos votos dos minoritários na assembleia, o que torna o voto do controlador determinante para aprovação.
Não há expectativa de fortes emoções para a assembleia de hoje, marcada para as 9h. Embora alguns minoritários não descartem medidas judiciais, o mais provável é que esperem o desfecho da assembleia. De acordo com uma fonte ouvida pelo Broadcast, esse cenário abre espaço para novos questionamentos por abuso de direito de voto. Nesse caso, há várias iniciativas em discussão. Em nenhuma delas o objetivo principal é travar a operação.
JBS
A JBS concluiu a antecipação do pagamento das parcelas do acordo de normalização fechado com bancos, que venceriam em 2019 e 2020, em um montante total de R$ 2 bilhões. “Essa antecipação reflete a estratégia da companhia em reduzir seu endividamento e melhorar o perfil de sua dívida”, afirmou a empresa, em fato relevante.
Em maio a companhia fechou este acordo com bancos no Brasil e no exterior. As instituições financeiras que participam do acerto representam 78% do total de dívidas bancárias da JBS.
Ainda envolvendo a empresa de alimentos, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve uma perda de R$ 670 milhões ao aportar recursos no frigorífico Bertin por meio de seu braço de participações, o BNDESPar. Em valores atualizados, essa quantia equivale a R$ 1,17 bilhão.
O TCU quer agora que os citados, inclusive a JBS (que adquiriu o Bertin em 2009), apresentem em até 90 dias suas alegações ou então reembolsem ao BNDESPar o valor da perda.
O banco de fomento adquiriu, em 2008, uma fatia de 26,92% da empresa pelo valor de R$ 2,5 bilhões. O objetivo do Bertin era usar o dinheiro para aquisição de outras companhias (numa estratégia de consolidação e internacionalização), investir em modernização, implantar novas unidades industriais e ter capital de giro.
Petrobras
A Petrobras foi notificada ontem de demanda arbitral iniciada por Consumidores Financieros Asociación Civil para su Defensa contra a companhia e outras pessoas físicas e jurídicas, perante o Tribunal Arbitral da Bolsa de Valores de Buenos Aires. Na demanda, entre outras questões, a Associação alega a responsabilidade da Petrobras por uma suposta perda de valor de mercado das ações da empresa na Argentina, em razão dos processos relacionados à Operação Lava Jato.
Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco não tem perspectiva de elevar a sua participação no Itaú CorpBanca, de acordo com o presidente da instituição financeira, Candido Bracher. Segundo ele, o banco ainda tem um grande trabalho de desenvolvimento do retorno do banco chileno na Colômbia, mas também no Chile.
“Os melhores bancos no Chile têm retorno de 17%. O CorpBanca sem Colômbia está perto disso. Com a Colômbia, o retorno do banco está ao redor dos 14%”, informou Bracher, acrescentando que o patamar de rentabilidade do Itaú CorpBanca no Chile já é “bastante razoável”.
O banco espera conseguir elevar a sua participação minoritária na XP Investimento no futuro, de acordo com Bracher. Ele informou ainda que os dois membros que vão compor o Conselho de Administração da XP serão do colegiado do Itaú e não executivos do banco. Segundo Bracher, os nomes ainda não foram escolhidos, mas devem ser revelados em breve.
Bradespar
A Litel informou que o prazo para cumprimento da ordem judicial para que a companhia e a Bradespar depositem o valor estabelecido na ação de execução de sentença arbitral proposta pela Elétron foi prorrogado para 1º de outubro. Segundo a companhia, a prorrogação tem por finalidade dar continuidade às tratativas em andamento e discutir a melhor forma de cumprimento da decisão judicial.
Recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou que Bradespar e Litel, veículo de investimento dos fundos de pensão na Vale, pagassem cerca de R$ 4 bilhões à Elétron, empresa do grupo de Daniel Dantas que também participou do consórcio que comprou a mineradora no processo de privatização.
Via Varejo
Com um acordo anunciado com a AirFox Brasil, a Via Varejo espera não só facilitar os pagamentos em carnês nas suas lojas como oferecer uma alternativa de pagamento para outros lojistas, cobrando taxas de desconto menores que as praticadas hoje em transações com cartões. Em entrevista ao Broadcast, o diretor Financeiro da Via Varejo, Felipe Negrão, afirmou que em até um ano a empresa espera ter alternativas como pagamento com QR Code, algo que pode aumentar a utilização do meio de pagamento em outras varejistas.
O acordo com a AirFox começa com a empresa fornecendo com exclusividade para a Via Varejo suas soluções de pagamento digital. Em até dois meses, a varejista prevê implantar na sua maior rede, a Casas Bahia, um “carnê digital”. A expectativa é que o crescimento da AirFox daí pra frente seja relevante. A Via Varejo pode, então, adquirir a parceira. A empresa de varejo tem uma opção de compra de 80% do capital da AirFox, opção essa que pode ser exercida em até três anos.
(Fonte do noticiário corporativo: Agência Estado News)
Jornal ADVFN
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