quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Navio de pesquisas oceanográficas garante recursos para três anos

Navio de pesquisas oceanográficas garante recursos para três anos


Navio de pesquisa Vital de Oliveira garante recursos para três anos
O investimento inicial para a aquisição do navio alcançou R$ 162 milhões, mas é necessário bancar o seu funcionamento.[Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil]
Pagar as contas

O custeio e manutenção do navio de pesquisa hidroceanográfico Vital de Oliveira, pertencente à Marinha do Brasil, foi garantido pelos próximos três anos.

Pelo acordo de governança, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC), a Marinha do Brasil e a Petrobras vão investir no navio R$ 18,7 milhões cada no período de três anos. A mineradora Vale vai repassar R$ 1,45 milhão e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) outros R$ 17,2 milhões no mesmo período.

O Vital de Oliveira foi adquirido pelo governo federal em parceria com a Vale e a Petrobras para auxiliar em pesquisas na costa brasileira. Construído por uma empresa norueguesa em um estaleiro na China, o navio chegou ao Brasil em julho de 2015.

A embarcação tem cinco laboratórios e capacidade para até 60 cientistas, permitindo pesquisas em áreas como mudanças climáticas, economia da pesca e geologia. Entre seus recursos tecnológicos, está um veículo de operação remota (ROV) para operar a até 4 mil metros de profundidade.

Mineração marinha

Um dos principais projetos de pesquisa sendo conduzido pelas equipes a bordo do Vital de Oliveira é sobre a Elevação do Rio Grande, localizada em águas internacionais no Atlântico Sul, a mais de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira.

Localizada a leste do Rio Grande do Sul, a área é rica em minerais, incluindo uma crosta do cada vez mais valioso cobalto, além de indícios apontando a presença de terras raras, metais que servem de matéria-prima para vários itens de tecnologia.

Navio Vital de Oliveira

O investimento inicial para a aquisição do navio alcançou R$ 162 milhões, sendo R$ 70 milhões da Petrobras, R$ 38 milhões da Vale, R$ 27 milhões do MCTIC e R$ 27 milhões da Marinha.

No acordo para custeio das operações, além dos parceiros iniciais, foi incorporada a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), atualmente Serviço Geológico do Brasil.

O diretor da CPRM Antônio Carlos Bacelar, disse que o acordo é um marco histórico para a ciência do nosso país: "É preciso avançar nos estudos do fundo do mar e esse navio hidroceanográfico vai, sem sombra de dúvida, trazer uma aproximação maior entre os entes federativos que estudam a geociência, a biologia e a biota do fundo do mar, que tem tantas surpresas para se tornar realidade para o povo brasileiro. Nosso país vai continuar na vanguarda pra preservar os recursos do mar."

O representante da Petrobras, Gustavo de Castro, informou que a empresa investiu no projeto desde o começo e tem interesse nas áreas de meio ambiente, geotecnia, sedimentologia, estratigrafia e oceanografia.

Fonte:  Agência Brasil 

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