O saldo dos investimentos estrangeiros no setor produtivo do Brasil atingiu recorde em 2017, mas a rentabilidade ficou estável, de acordo com o Relatório de Investimento Direto, divulgado hoje (27) pelo Banco Central (BC).
No ano passado, a posição total do investimento direto no país (IDP) chegou a US$ 768 bilhões, o maior valor já registrado pelo BC. A maior parte desse valor estava na modalidade de participação de capital, US$ 540 bilhões, o restante, US$ 228 bilhões, em empréstimos intercompanhias. O saldo total desses investimentos cresceu US$ 64 bilhões (9,2%) na comparação com 2016.
De acordo com o relatório, em 2017 a taxa de rentabilidade (razão entre lucros e a posição do IDP na modalidade de participação de capital) ficou em 5,3%, o mesmo percentual registrado em 2016. Esse percentual ficou um pouco abaixo da taxa média de rentabilidade do IDP registrada entre 2010 e 2017 (5,6%). A maior taxa foi observada em 2010, 9,1%, e a menor, em 2015, 2,1%.
Já os investimentos de empresas brasileiras no exterior apresentam rentabilidade menor do que dos estrangeiros no Brasil. Em 2017, o investimento direto no exterior (IDE) chegou a posição de US$ 387 bilhões, com crescimento de 12,8% (US$ 44 bilhões) em relação a 2016. A rentabilidade desses investimentos ficou em 4,8%. Entre 2010 e 2017, a rentabilidade média ficou em 3%. A maior taxa de rentabilidade do IDE foi observada em 2011, 6,8%, e menor, em 2015, -0,8%. Essa rentabilidade negativa de 2015 significa ocorrência de prejuízo.
Fonte: ADVFN