Made in Brazil: rochas ornamentais brasileiras tem destaque na arquitetura internacional
No mercado externo, o Brasil é conhecido por sua excepcional “geodiversidade”. Peças em granito, ardósias e quartzitos foliados ganharam espaço em projetos de decoração e arquitetura mundo afora. Especialista diz que mercado é global para rochas brasileiras.
A preferência por artigos que remetem às curvas e ao design da natureza é tendência internacional no quesito arquitetura e decoração. Em busca da variações de tons, texturas e cores para diferentes ambientes, profissionais do exterior não têm economizado criatividade no uso de rochas ornamentais brasileiras.
O Brasil continua sendo o maior fornecedor mundial de rochas para os EUA e um dos grandes fornecedores para a China. O destaque está para a exportação de rochas processadas semiacabadas, como as chapas polidas de granito, e ainda de produtos acabados de ardósias e quartzitos foliados. Para o empresário e especialista em rochas ornamentais, Sidney Santos, que atua neste mercado há mais de 40 anos, as rochas brasileiras ocupam hoje uma posição central na arquitetura mundial.
“Por apresentarem um ciclo de vida longo, especialmente em ambientes com grande circulação de pessoas, as rochas ornamentais são muito utilizadas como revestimentos. A qualidade do nosso material é reconhecida e muito valorizada internacionalmente. Não por outra razão temos sido bastante convidados a participar de feiras em todo o mundo para explicar localmente a qualidade do material brasileiro”, enfatiza o empresário Sidney Santos.
Considerando a variedade de cores e modelos exóticos, as pedras ornamentais são verdadeiras obras de arte. As peças de origem brasileira são incorporadas na arquitetura e no design de interiores de diversas formas. As rochas processadas semiacabadas (chapas) e, principalmente, as acabadas são aplicadas em ambientes como a cozinha, em Kitchen Countertops, banheiros, em vanity tops e produtos seriados/cut-to-size, pisos, móveis e trabalhos decorativos para ambientes.
ROCHAS NO ALTO LUXO MUNDIAL
Por causa da sua cor, força e alta qualidade, a tendência de granitos e mármores para grandes projetos residenciais e comerciais chegou à Itália e aos Estados Unidos. Conhecido como Brazilian Wave, um granito original do Brasil, é utilizado por quem procura um visual parecido com a pedra-sabão mas deseja algo duradouro e de qualidade como o granito. A pedra tem o fundo fosco muito escuro e é complementada por veias cinzentas mais leves.
As bancadas de ardósia, por exemplo, têm sido uma opção recorrente para cozinhas. Além de apresentarem beleza e durabilidade, o acabamento torna a superfície não porosa, o que significa menos manutenção que o granito, por exemplo, e a não absorção de líquidos, evitando manchas de suco, produtos de tomate, óleo e produtos de limpeza. “É hora do Brasil aproveitar a qualidade de suas rochas para incentivar a exportação. O mercado global está respondente muito bem”, pondera Sidney Santos.
Projetado pelo renomado arquiteto argentino César Pelli, o Unicredit Tower,em Milão, conta com 16 mil metros quadrados de granito Verde Savana, extraídos no Espírito Santo. Muito além da beleza, o material é de fácil instalação e apresenta alta resistência a danos. “Nosso segmento de rochas ornamentais no Brasil teve um expressivo crescimento nos últimos 10 anos. Como empresário do setor, acredito que devemos alcançar ainda mais espaço nesta nova arquitetura”, afirma Sidney Santos.
Em Cingapura, conhecida como uma das cidades mais caras do mundo, o luxuoso resort Marina Bay Sands, o maior símbolo do local, conta com a composição da pedraria brasileira. O Verde Savana está presente em diferentes pontos do resort. Projetado pelo arquiteto israelense Moshe Safdie, o empreendimento abriga o maior cassino da cidade, um shopping center, restaurantes, boates, e o hotel é um dos mais caros do mundo.
EXPORTAÇÃO EM ALTA
No período de janeiro a setembro de 2018, as exportações brasileiras de rochas ornamentais somaram US$ 698,61 milhões e 1,52 Mt, de acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Rochas Ornamentais.
O Espírito Santo permanece como principal estado exportador, seguido de Minas Gerais, Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A maior parte das exportações foram efetuadas pelos portos de Santos (SP), Vitória (ES) e Rio de Janeiro (RJ). Dos 117 países de destino das exportações, tiveram destaque os EUA, China, Itália, México, Reino Unido e Canadá, que junto representaram 87,5% do total do faturamento brasileiro.
Um dos fatores determinantes para a procura de rochas ornamentais brasileiras está na diversidade ímpar que o país apresenta por ter uma das maiores reservas existentes. “No exterior, no que diz respeito ao setor de rochas ornamentais, o Brasil é conhecido pela sua excepcional “geodiversidade”. Ao longo dos últimos 30 anos, nosso país comercializou internacionalmente uma variedade de materiais maior do que toda a Europa nos últimos 500 anos”, enfatiza o especialista em rochas Sidney Santos, que atua há mais de 40 anos neste mercado.
Além do Brasil, são grandes fornecedores de rochas processadas, para os EUA, também a China, Itália, Turquia e Índia.
Fonte: SEGS
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