Jatobá, patrimônio brasileiro
As cidades ocuparam o lugar de florestas e matas. Árvores foram derrubadas e sua madeira foi usada na construção de casas, de móveis, de ferrovias. A paisagem foi tomada por arranha-céus, pontes e avenidas. Mas, um olhar atento pode registrar ainda árvores outrora predominantes e hoje quase desconhecidas. Exemplo disso – o exuberante jatobá.
Jatobá em tupi significa fruto de casca dura. Cientificamente, chama-se Hymenaea sp. Pode ser encontrado na Floresta Amazônica, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Cerrado. Sua altura varia entre 15 e 30 metros (na Amazônia, foi registrado até 95 m) e seu diâmetro varia em torno de um metro.
Seu fruto é comestível. Em seu interior, a polpa é um pó amarelado, de cheiro forte (que lhe rendeu o apelido de fruta chulé), mas muito adocicada. Rico em ferro, é indicado para pessoas com algum grau de anemia. Da casca, pode-se fazer chá, dito como estimulante e fortificante.
A madeira do jatobá é uma das mais valiosas do mundo. Usada em caibros, ripas, vigas, tábuas, tacos e na confecção de móveis de luxo. Apesar do jatobá ser uma árvore de grande longevidade, a exploração madeireira e a fragmentação das florestas, o coloca sob ameaça de extinção.
O jatobá é considerado um patrimônio sagrado no Brasil. Povos indígenas acreditam no seu poder místico. Os índios serviam os frutos antes de suas rodas de meditação, porque eles trazem equilíbrio aos pensamentos, desejos e anseios. Pesquisas científicas comprovaram que o fruto traz benefícios, como a organização mental.
Em São Paulo, podemos encontrar um jatobá centenário no Parque da Luz, que costuma ser visitado por bichos-preguiça.
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