Na sexta-feira dia 25 de janeiro, as 13:27 horas rompeu a barragem de rejeitos da Mineradora Vale, na Mina do Córrego do Feijão.
Estava concretizado mais um mega acidente envolvendo uma barragem de rejeitos de mineração. Neste caso o desastre destruiu, em minutos, centenas de vidas, propriedades, quilômetros quadrados de campos e matas e, naturalmente, a reputação da maior empresa de mineração do Brasil.
A Vale, reincidente, tentou, como sempre, minimizar o impacto que a lama havia causado. No entanto, o Desastre de Brumadinho, ao contrário de Mariana há três anos em outra mina da mesma Vale, terá um impacto maior e mais profundo que qualquer outro acidente similar na história do Brasil.
Existem dezenas de mortos e centenas de desaparecidos que clamam por justiça.
E, pelo que já estamos vendo, a justiça vai chegar, bem antes do que costuma. Mas, o importante não é a velocidade da justiça, mas sim a qualidade da investigação. Temos que punir os culpados, só os culpados.
Estava concretizado mais um mega acidente envolvendo uma barragem de rejeitos de mineração. Neste caso o desastre destruiu, em minutos, centenas de vidas, propriedades, quilômetros quadrados de campos e matas e, naturalmente, a reputação da maior empresa de mineração do Brasil.
A Vale, reincidente, tentou, como sempre, minimizar o impacto que a lama havia causado. No entanto, o Desastre de Brumadinho, ao contrário de Mariana há três anos em outra mina da mesma Vale, terá um impacto maior e mais profundo que qualquer outro acidente similar na história do Brasil.
Existem dezenas de mortos e centenas de desaparecidos que clamam por justiça.
E, pelo que já estamos vendo, a justiça vai chegar, bem antes do que costuma. Mas, o importante não é a velocidade da justiça, mas sim a qualidade da investigação. Temos que punir os culpados, só os culpados.
As perguntas que irão ajudar nesta busca por justiça passam por:
• Como uma barragem de rejeitos, abandonada, seca e estabilizada se rompe causando uma onda arrasadora de lama que mata e destrói?
• O que causou essa instabilidade?
• De onde veio a água necessária para liquefazer o rejeito?
• Por que as inspeções feitas poucos meses atrás não constataram o perigo iminente?
• A mineradora Vale estava reprocessando os rejeitos na época do rompimento?
Por incrível que pareça a resposta não parece ser assim tão simples.
Veja, abaixo as imagens da barragem antes e depois do acidente. Elas contam uma história.
Um mês antes desta imagem, em junho de 2018, os engenheiros da Tüv Süd Brasil, contratada pela Vale para verificar a integridade da barragem, fizeram um laudo de que a barragem não tinha risco de rompimento. Hoje estes engenheiros foram presos. Eles estão sendo acusados de responsabilidade criminal pelo rompimento da barragem.
É óbvio, para qualquer um que tenha um mínimo conhecimento do assunto, que as pessoas que assinaram o laudo de junho de 2018 não podem ser responsabilizadas por este laudo.
Em julho de 2018 o que se vê claramente é que a barragem estava íntegra.
Já na segunda imagem do dia 25 de janeiro de 2019, o que se vê é o caos. A barragem rompeu deixando um rastro de destruição e morte: e muita lama.
Nesta imagem percebe-se, de forma clara e incontestável, que a quantidade de água misturada ao rejeito é simplesmente enorme. Como explicar essa quantidade de água em uma barragem em descomissionamento?
De onde veio esta água?
Da chuva? Ou será que ela foi introduzida pela mineradora para que o rejeito pudesse ser bombeado e reprocessado?
É aqui que começam as conjeturas e as teorias da conspiração. Mas, seja qual for a explicação, é óbvio que um fator decisivo foi introduzido nesta equação causando o acidente.
Sabemos que para uma barragem romper é necessário uma gigantesca pressão hidrostática aliada a falhas estruturais como rachaduras e infiltrações o que leva ao súbito colapso dos diques de contenção.
Nesta equação o percentual de água da lama é o parâmetro mais importante e determinante. Sem água não há pressão hidrostática e não há viscosidade para que a lama possa fluir como um líquido atingindo grandes velocidades e viajando grandes distâncias.
Sem a água não teríamos as mortes.
O que sabemos é pouco, mas alguns entrevistados pela mídia falam em "trincas" que "todo mundo sabia". Me informaram que a Vale estava "começando a lavrar" os rejeitos e que ela "havia recebido uma licença há um mês". Outros dizem que em dezembro, a Vale recebeu as licenças para reprocessar os rejeitos dessa barragem. Isso pode significar que existia uma atividade recente de lavra que pode ter, de alguma forma, afetado a instabilidade da barragem causando o rompimento.
A verdade?
Essa talvez venha à tona ao longo das investigações.
Ou talvez, como é comum em casos semelhantes, nunca saberemos a verdade...
Fonte: Portal do Geologo
Excelente consideraçso.
ResponderExcluirInfelizmente, gostamos de gritaria e acusação. Sem prova. Logo, certa ou errada, dá em nada.
Se der pegamos um dinheiro como o prefeito de Brumadinho e os procuradores e fusfisc de holofote. Sempre chegam depois...
Investigar, pesquisar, estudar, analisar dá trabalho.
Observo nas fotos que o rejeito a esquerda (nossa) não foi diluído. E mesmo a metade tendo sido diluida, estranho. Deveria haver dreno. Realmente mudterioso.
De qualquer modo, a barragem deveria dispor de "canal de fuga". E a administração nao deveria ser no interior do canal.
Vamos acompanhar as investigações.
Ótima consideração
ResponderExcluirUma lastima que no Brasil o que acontece nas investigações é que nunca aparece a verdade verdadeira.
Portanto os verdadeiros culpados nunca pagam pelo seus crimes, porque geralmente são do alto comando.
A seguinte notícia deve esquentar as hipóteses a cerca do assunto: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/06/24/trabalhadores-afirmam-em-cpi-que-vale-fez-detonacoes-em-mina-no-dia-do-rompimento-da-barragem-em-brumadinho.ghtml?fbclid=IwAR2ZKuPkClbFf2l0iSr-bv0l35YWz9uGetHt-kuWIu6gvnMop8EocpokpYU
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