Suzano Papel lucra R$ 1,462 bi no 4º tri, 308% a mais; empresa vai distribuir R$ 600 milhões em dividendos
A Suzano Papel (BOV:SUZB3) divulgou hoje seu resultado do quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 1,462 bilhão, 308,5% superior aos R$ 358 milhões do mesmo trimestre de 2017.
Com isso, a empresa, que incorporou a Fibria no ano passado, acumulou em 2018 um lucro líquido de R$ 318 milhões, 82,4% menor que o R$ 1,807 bilhão de 2017. As receitas líquidas atingiram R$ 3,229 bilhões no quarto trimestre, aumento de 2,8%, e R$ 13,437 bilhões em 2018, crescimento de 27,7%. A empresa está propondo a distribuição de dividendos no valor de R$ 600 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda, indicador de geração de caixa) fechou o quarto trimestre em R$ 1,595 bilhão, 11,9% acima do mesmo período de 2017. No acumulado do ano, o Ebitda foi de R$ 6,814 bilhões, ou 47,7% maior que em 2017. Segundo a empresa, a geração de caixa operacional, de R$ 5,5 bilhões, e o Ebitda, foram recordes.
A margem Ebitda, que compara o indicador com a receita, subiu de 45,4% no quarto trimestre de 2017 para 49,4% no trimestre passado. Já no ano, a margem subiu para 50,7%, ante 43,9% no ano anterior.
A empresa destacou o preço médio de celulose de US$ 757/tonelada no quarto trimestre, mesmo com cenário árido do mercado chinês no final do ano. O custo de caixa foi impactado pelos insumos dolarizados: R$ 628/tonelada, 4,8% superior a 2017. Mas a consolidação do incremento do preço do papel nos mercados doméstico e internacional possibilitou o Ebitda recorde de R$ 1.064/tonelada.
As vendas caíram, 22,7% no quarto trimestre, para 995 mil toneladas, puxadas especialmente pela retração em celulose, de 32,3%, para 645 toneladas. No ano, as vendas caíram 6,6%, para 4,480 milhões de toneladas, com uma queda de 10,8% em celulose. Já as vendas de papel cresceram 4,8% no trimestre e 6,2% no ano, para 350 mil e 1,254 milhão de toneladas.
A produção também caio no quarto trimestre, 2,2%, para 1,157 milhão de toneladas, crescendo 1,5% no ano, para 4,767 milhões de toneladas.
Investment grade, ADR e fusão com a Fibria
A Suzano destacou em seu balanço a obtenção da nota de crédito de baixo risco, o chamado “Investment Grade” pela agência Standard & Poor’s, e a reafirmação de Investment Grade pela agência Fitch Ratings.
No ano passado, seus papéis começaram a ser negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) por meio de American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ações).
A empresa também concluiu a combinação de ativos com a Fibria. Foram pagos R$ 27,8 bilhões aos acionistas da Fibria e feita a conversão de uma ação da Fibria por 0,4613 ação da Suzano, mais uma parcela em caixa de R$ 50,20/ação.
Fonte: ADVFN
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