Veja a ação que fez a lição de casa na crise e se tornou a queridinha do mercado
A Rumo (RAIL3), maior operadora de logística ferroviária do País, está no centro das atenções do mercado. Diante do primeiro lucro líquido desde 2015, analistas de Goldman Sachs, Safra, Inversa e Itaú BBA apresentaram opiniões, com pontos de vista complementares e diferentes, porém com a consonância ressoante de otimismo em torno do horizonte da companhia.
Goldman Sachs: descontada por pares globais
A equipe de análise do Goldman Sachs ressaltou o desconto do múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa no mercado/geração operacional de caixa), pela ação negociar a 8,3 vezes para 2020 e 7,1 vezes para 2021, contra 11 vezes dos pares globais.
No setor de infraestrutura, as ações permanecem como principal recomendação, explicando a elevação de 6% do preço-alvo das ações, para R$ 25,00 – upside (potencial de valorização) de %, em relação ao último fechamento.
Com a inclusão dos dados do quarto trimestre, a projeção do Ebitda foi elevado para 2019, 2020 e 2021 em 1%, 4% e 7%, respectivamente.
Safra: setor com viés positivo
O Safra baseia seu otimismo em duas temáticas: viés positivo para o setor de infraestrutura no País, pelo ambiente favorável do Palácio do Planalto e pela análise macroeconômica; e finanças balanceadas, dado o sucesso na desalavancagem, permitindo a companhia gerar caixa e lucratividade.
A recomendação para o papel é outperform (desempenho acima da média do mercado), com relação projetada de EV/Ebitda de 10 vezes e expectativa de melhora nos volumes ao longo do ano.
Inversa: milho compensará soja
A equipe de análise da Inversa Publicações destacou três pontos principais no resultado do trimestre: (i) forte redução do operating ratio (métrica que avalia o peso dos custos e despesas na receita líquida da companhia), de 82% para 75% na base anual de comparação; (ii) crescimento alto do volume total transportado, com avanço de 11,9% na relação ano a ano; (iii) redução considerável das despesas financeiras, com queda expressiva de 27% frente aos três últimos meses de 2017.
Os analistas avaliam que as perspectivas para 2019 são mais promissoras, apesar da expectativa de menor produção da soja, pela antecipação da colheita. O antecipado início do cultivo de milho deve ajudar a companhia na manutenção do crescimento acelerado do volume total transportado, de acordo com a Inversa.
“E há muito mais por vir, principalmente no que se refere à expansão de sua capacidade para suprir eventuais choques de ofertas, como o que vimos nos últimos meses do ano. Com os exportadores correndo para embarcar os últimos estoques de milho, para abrir espaço para a nova cultura, a companhia não conseguiu dar conta do fluxo e viu seu market share cair no porto de Santos (-7p.p. vs. 3T18)”, explicam.
Por fim, a Inversa segue “bastante otimista com as ações da companhia, que fez bem a lição de casa durante a crise e deve colher bons retornos daqui em diante com a retomada da economia e os ganhos de participação do agronegócio no PIB brasileiro”.
Itaú BBA: rentabilidade de longo prazo
O Itaú BBA apontou que o resultado do último trimestre ficou em linha com as expectativas, com o Ebitda ajustado de R$ 796 milhões. Na operação Sul, a ocorrência de contração da margem na relação anual é justificada pelos volumes de cultivo de milho mais fracos no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Por sua vez, na operação Norte, a equipe de análise do Itaú BBA destaca que a expansão de margem de 390 pontos-base a deixa ainda mais otimista em relação à rentabilidade de longo prazo do papel.
Fonte: MONEY TIMES
Nenhum comentário:
Postar um comentário