O Rubi e a Safira no relógio |
Para que serve?
Na relojoaria encontramos materiais de construção que frequentemente se encontram associados a este ramo, nomeadamente, o rubi e a safira que, pelas suas propriedades possibilitam maior durabilidade dos relógios.
Pedras Naturais
Gira em torno destas duas variedades gemológicas de corindo, o rubi e a safira, vários mitos em relojoaria.
Estas gemas podem ser usadas nos relógios com funções bem diferentes e que se prendem com a funcionalidade e durabilidade dos mesmos.
No entanto, há que salientar a verdadeira natureza destes materiais gemológicos, citando que se tratam não de materiais naturais, mas sim de gemas sintéticas.
Estas pedras sintéticas são materiais artificiais que têm a mesma composição e estrutura do que as gemas naturais, evidenciando propriedades físicas similares, como a sua elevada dureza (9 na escala de Mohs).
Deste modo, o surgimento dos corindos sintéticos acima mencionados, tornaram-se acessíveis ao mercado logo nos primeiros anos do século XX.
Rubi
Por volta do século XVII, foram lançados vários estímulos para o desenvolvimento dos relógios pois, apenas possuíam ponteiro de horas e provocavam uma imprecisão de leitura diária na ordem de 10 minutos.
Após identificado do problema principal, o atrito próprio dos movimentos mecânicos, era necessário minimizá-lo, pela necessidade de precisão que a navegação marítima exigia nos instrumentos de medição de tempo para a eficaz localização das naves em alto mar, em particular para a determinação das latitudes.
A utilização do rubi no relógio bem como outros tantos desenvolvimentos tecnológicos na relojoaria surgem pela necessidade desta precisão.
A utilização de lubrificantes permitiu a evolução nesse sentido no início do século XVIII.
Pela mesma época, em 1704, Nicolas Fatio, grande matemático suíço propôs a utilização do rubi como chamuceira e substituto dos pivots das peças mais sensíveis do relógio, tirando partido da elevada dureza e resistência do material gemológico.
Nos tempos seguintes, a utilização do rubi foi alargada a outras posições vitais do relógio sempre que houvesse necessidade de emprego de material de alta resistência ao desgaste.
Até à comercialização dos rubis sintéticos, data do início do século XX, eram utilizados os rubis naturais, de elevados preços não só pelo material em si mas também pelo tempo gasto e perdas naturais derivadas da sua perfuração e processamento.
Este material nobre apenas estava acessível às casas de alta relojoaria.
A comercialização em larga escala de rubis sintéticos desenvolvidos através do engenhoso processo desenvolvido por Auguste Verneuil (método de fusão) permitiu a toda a actividade de relojoaria a possibilidade de resolver os seus problemas de precisão.
Uma vez que é sintético e perfurado à máquina, não valorizam ainda mais a peça, apenas garantem o seu bom e duradouro funcionamento.
Safira
A utilização de safira sintética incolor nos vidros dos relógios que normalmente vêm descritos como "vidros de safira", permitiu a produção em larga escala de "rodelas de safira incolor" através do mesmo método de fusão de Verneuil, sem inclusões susceptíveis de utilização para este fim.
O objectivo da sua utilização é semelhante à do rubi, tirando partido da elevada dureza do material que mineralmente é o mesmo (corindo) para manter o mais possível o polimento necessário ao vidro do relógio, garantindo assim uma boa leitura do mostrador.
Este material apenas sofre riscos se for riscado por materiais com dureza comparável ou superior, como por exemplo com o próprio corindo, o carborundo e o diamante.
Os rubis no contexto do movimento do relógio
Os rubis ou safiras acima referidos são perfurados, chanfrados e polidos para servirem como rolamentos para s engrenagens dos relógios, reduzindo a fricção das peças mecânicas a um mínimo possível.
Um relógio simples, geralmente, com ponteiros de horas, minutos e segundos deve incluir ao menos quinze rubis, situados nos lugares mais sujeitos ao desgaste devido à fricção bem como conter um sistema de absorção de choques no balanço, uma mola de balanço de boa qualidade e uma mola inquebrável.
Estes materiais sintéticos são fabricados a partir de uma mistura de óxido de alumínio e óxido de cromo, submetidos a uma temperatura de 2.000 graus centígrados.
As pedras resultantes desta operação são polidas posteriormente com formas desejadas.
Normalmente, os relógios com mecanismos mais complexos costumam utilizar maior quantidade de rubis.
A platina e até mesmas as pontes recebem rubis com o objectivo de permitir funcionarem como mancais para os eixos das engrenagens, reduzindo o seu atrito e desgaste.
A superfície lisa dos rubis reduz bastante o atrito nos pivôs (as pontas) dos eixos das engrenagens bem como o desgaste nesses mancais, uma vez que são pedras extremamente duras.
Embora incomum, usa-se também safira em vez de rubis nos relógios.
Fonte: Joias br
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sexta-feira, 10 de maio de 2019
O Rubi e a Safira no relógio
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