quinta-feira, 2 de maio de 2019

Via Varejo quer driblar minoritário para viabilizar “novas operações societárias”

Empresa espera atrair novos acionistas e ampliar a liquidez da empresa
A Via Varejo (VVAR11) propôs a retirada de uma cláusula conhecida como “poison pill” de seu estatuto, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (2). Ela exige que um acionista que obtenha a quantidade igual ou superior a 20% faça uma OPA (oferta pública de aquisição) de todas as ações. O item será votado em Assembleia Geral Extraordinária convocada para o dia 3 de junho.
Ao passo que pode aumentar a liquidez, a retirada desta cláusula também impede que os minoritários recebam as mesmas condições de uma aquisição relevante de ações feita junto ao controlador, por exemplo. É uma maneira de “driblar” o direito conhecido como “tag along”.
Hoje, o capital da Via Varejo é dividido entre o Pão de Açúcar (36,27%), Família Klein (25,24%) e minoritários (38,46%). Na prática, a família Klein poderia vender a sua participação inteira sem que o minoritário receba quaisquer participação desta operação.
Segundo a empresa, “a exclusão de tais dispositivos é positiva para a companhia e seus acionistas, dado que a cláusula de proteção à dispersão acionária pode obrigar investidores relevantes interessados em investir na companhia a terem que realizar oferta pública de aquisição da totalidade das ações em circulação a preços
artificialmente elevados, bem como reduzir a liquidez das ações de emissão da Companhia”, destaca o comunicado.
A Via Varejo explica que, assim, poderá viabilizar a realização de operações societárias que sejam benéficas para a
companhia e seus acionistas.
“Tais operações societárias podem trazer benefícios de uma maior e mais diversificada base acionária da companhia, o que aumenta sua exposição a distintos perfis de investidores, o que além de propiciar maior liquidez para suas ações contribuirá com a estrutura de governança da Companhia, fortalecendo, por consequência, a gestão e administração dos seus negócios”, conclui.

Fonte: MONEY  TIMES

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