Com B2W diversificando formas de entrega, BTG mantém recomendação de compra
O BTG Pactual (BPAC11) manteve a recomendação de compra para as ações da B2W (BTOW3) em R$ 57,00, em relatório enviado a clientes na manhã desta segunda-feira. Para a equipe do banco, a disponibilidade de soluções para facilitar a entrega de mercadorias, assim como o pagamento das compras, deve fortalecer o desempenho da companhia.
O banco ressalta que, desde 2017, a companhia mostra uma migração de sua operação para uma estrutura mais centrada no mercado, ao mesmo tempo que reforça sua rede de atendimento para aumentar o número de vendedores e GMV no segmento 3P.
Os analistas destacam que o curto prazo não oferece um gatilho, devido as perspectivas de crescimento mais fracas. No entanto, por conta do foco dos níveis de serviço e do tráfego e variedades em seus sites, a equipe ainda vê a B2W como uma potencial vencedora no segmento de e-commerce.
Na visão do BTG, o segmento deve apresentar um crescimento de três vezes nos próximos anos. Dessa forma, a maior penetração do negócio 3P deve garantir melhores margens e um fluxo de caixa mais saudável.
Outro ponto é que o recente desempenho das ações da B2W, queda de 14% em um ano, os papéis devem se beneficiar da recuperação da economia do país.
Soluções de entregas
Na semana passada, a B2W realizou evento o lançamento da plataforma Voe, sendo um ponto importante para sua entrada no universo O2O (on-line to off-line). Com isso, a B2W espera construir uma rede com terceiros para completar sua rede B2W Entregas. Assim, os parceiros podem ser contratados por meio de um aplicativo, permitindo os consumidores soluções para compra e recebimento rápido das compras.
O BTG destaca que pelo menos metade das lojas que vendem por meio da B2W possuem pelo menos uma loja física, o que implica em uma rede adicional de 12,5 mil lojas para o negócio de 3P, além da base de lojas da Lojas Americanas (LAME4).
Drones
Na semana passada, a varejista online revelou que está testando o uso de drones para transportar mercadorias de seus centros de distribuição para as lojas, em um esforço para ganhar eficiência e superar os desafios logísticos do país.
O movimento torna a B2W a primeira varejista local a introduzir drones em sua cadeia logística e sucede tentativa similar no início do ano da startup de entregas alimentícias iFood.
Embora o uso de drones já seja uma realidade em países desenvolvidos como os Estados Unidos, com empresas como a gigante de comércio eletrônico Amazon.com(AMZN) na vanguarda, a tecnologia ainda depende de regulamentação no Brasil.
“Estamos trabalhando muito próximo da agência reguladora, a Anac, para ajudar a escrever essa regulamentação no Brasil… Esperamos começar a transportar mercadorias com drones do centro de distribuição ou hubs para as lojas até janeiro de 2021”, disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da B2W, Fábio Abrate, na última quinta-feira.
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