“Impressionante! Compre!” Por que o BTG está usando exclamações para falar da B3
Relatórios de mercado costumam ser monótonos e salpicados de jargões e números. Por isso, chama a atenção, quando algum é mais contundente em suas opiniões. E, mais ainda, quando usa exclamações para se referir à empresa. Este é o caso do que o BTG Pactual publicou hoje sobre a B3 (B3SA3).
Com o título de “Janeiro impressionante!”, o relatório destaca os resultados operacionais divulgados pela B3 nesta sexta-feira (14). “Com os números em mãos, podemos agora confirmar que 2020 começou com o mesmo ritmo forte visto no fim do ano passado”, afirmam Eduardo Rosman e Thomas Peredo, que assinam a análise.
A dupla destaca que o volume negociado (R$ 23,3 bilhões) foi recorde e corresponde a um crescimento de 38,3% sobre janeiro de 2019. “Mais do que isso, o volume de fevereiro (até o dia 11) está rodando acima de R$ 25 bilhões!” – mais uma exclamação.
Momento delicado
O desempenho é ainda mais notável, segundo o BTG Pactual, devido ao momento da B3. Nos últimos tempos, o governo sinaliza com medidas para abrir o mercado de valores mobiliários a concorrentes. Em paralelo, empresas brasileiras vêm optando por negociar suas ações em bolsas americanas.
O caso mais recente – e rumoroso – é o IPO da XP Inc., dona da gestora XP Investimentos. Parte do mercado acredita que episódios como esse mostram que a B3 terá uma vida cada vez mais difícil.
“As ações da B3 estavam sob pressão no fim de 2019, à medida que o medo de uma competição mais forte tomava o mercado”, lembra o BTG, que reconhece os sinais de que a legislação vem mudando para incentivar a concorrência no mercado de capitais, mas observa que as barreiras de entrada deste setor continuam relevantes.
“Nesse meio tempo, os volumes e ganhos continuam crescendo. As ações da B3 já estão 16% acima do que há um ano, e acreditamos que há espaço para mais”, dizem os analistas. “Compre B3!” – mais uma exclamação. O preço-alvo é de R$ 56, o que indica um potencial upside de 13% sobre a cotação de referência.
Fonte: MONEY TIMES
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