sábado, 15 de fevereiro de 2020

Abelha é encontrada intacta em âmbar de 100 milhões de anos

100 milhões de anos. Isso mesmo: 100 milhões é a “idade” do âmbar onde foi encontrado o pólen e uma abelha primitiva, cheia de pequenos besouros parasitas presos. As descobertas são da equipe da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos e foram publicadas no periódico científico BioOne Complete. Este se tornou oficialmente, o registro mais antigo de qualquer um desses elementos.

De acordo com os especialistas, a abelha em particular é “inédita”: uma nova família de insetos teve de ser criada para classificá-la, a Discoscapa apicula. O registro fóssil de abelhas é bastante vasto, mas a maioria é dos últimos 65 milhões de anos e se parece muito com os insetos modernos.
No pedaço de âmbar há evidências de que a abelha fossilizada visitou flores para se alimentar: os 21 parasitas estavam “pegando uma carona de volta ao ninho da abelha para jantar as larvas”, explicou um George Poinar Jr., um dos pesquisadores, em comunicado a imprensa. 
Base bifurcada das antenas diferencia espécie de outras já conhecidas
Setas apontam para alguns dos parasitas encontrados
Larva de besouro parasita
As bolinhas são pólen preso nos pelos do inseto
Os polinizadores de insetos ajudam na reprodução de plantas e flores ao redor do mundo e também são fundamentais como promotores da biodiversidade. As abelhas, em particular, são muito importantes para o meio ambiente porque existem em maior quantidade e são o único grupo de polinizadores que se alimenta exclusivamente de néctar e pólen durante todo o seu ciclo de vida.


A equipe espera que o inseto presente no âmbar nos ajude a compreender melhor a evolução desses bichinhos pois, segundo os biólogos, esses animais evoluíram a partir de vespas carnívoras — e pouco se sabe sobre as mudanças sofridas pelas vespas durante essa fase de transição alimentar, que resultou no aparecimento das abelhas.

Fonte: Seleções

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