Ação do Banco do Brasil pode disparar 68% (basta Bolsonaro e Guedes se entenderem)
O Banco Safra aproveitou a divulgação do balanço do segundo trimestre para atualizar suas estimativas para o Banco do Brasil (BBAS3). O saldo não poderia ser melhor. Com 2020 já próximo do fim, o Safra estabeleceu o primeiro preço-alvo das ações para 2021: vistosos R$ 56.
A cifra é maior que os R$ 51 do último preço-alvo proposto pelo Safra para 2020. Além disso, representa um potencial de valorização de 68% para as ações do Banco do Brasil até dezembro do ano que vem.
Para não deixar dúvidas da conta, Luis Azevedo e Silvio Dória, que assinam o relatório, afirmam: “considerando que o Banco do Brasil é uma das ações com maior potencial de alta em nossa cobertura, mantemos a nota de outperform para BBAS3”.
Os analistas reconhecem que não há, no radar, nenhum evento capaz de disparar tamanha valorização, mas argumentam que o papel tem um “imenso potencial de alta”, além de ser negociado, atualmente, por múltiplos “extremamente baixos”.
Em liquidação
Como exemplo, o Safra cita que o Banco do Brasil é cotado por 5,5 vezes o P/L 2021, muito abaixo da média dos últimos quatro anos, de 7,2 vezes. Os analistas acrescentam que as ações estão bastante descontadas, inclusive, quando comparadas com as dos grandes bancos brasileiros listados na B3.
Na média, essas instituições são cotadas por 9,9 vezes o P/L 2021. “Pelo nosso preço-alvo, o Banco do Brasil deveria negociar por um múltiplo de 9,3 vezes o P/L 2021”, afirmam os analistas.
Para o Safra, o Banco do Brasil é castigado por fatores que não são de sua responsabilidade, como o mau desempenho do setor bancário na Bolsa e as preocupações com a política fiscal do país.
“Em nossa opinião, a ação deverá apresentar um forte desempenho, no caso de a economia brasileira retomar o crescimento e as preocupações com a situação fiscal diminuírem”, diz o Safra.
Rescaldo da pandemia
O lucro líquido recorrente do Banco do Brasil, no segundo trimestre, caiu 25,3%, para R$ 3,311 bilhões, à medida que o banco aumentou as provisões para empréstimos inadimplentes em meio à crise desencadeada pelo coronavírus e uma taxa de impostos mais alta.
As provisões para perdas com empréstimos ficaram em R$ 5,907 bilhões, um aumento de 42,4% em relação ao ano anterior.
O índice de inadimplência de 90 dias caiu para 2,8% de 3,2%, uma vez que o banco deu aos clientes mais tempo para eles pagarem empréstimos como uma forma de ajudá-los a enfrentar as consequências da pandemia da economia.
Fonte: MONEY TIMES
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