Você já deve ter se perguntado quem é essa turmalina-paraíba e porque ela é uma das gemas mais caras do mundo certo? A resposta, é lógico, está na sua raridade e beleza, principalmente pela sua cor brilhante e vívida, quase um neon.

 

O nome Paraíba vem da primeira localidade onde essa turmalina foi descoberta. Segundo a lenda, a turmalina-paraíba foi descoberta por Heitor Dimas Barbosa em 1981. Heitor passou anos escavando um pegmatito próximo da Vila de São José da Batalha, acreditando que debaixo do morro chamado Paraíba existia algo diferente. Somente em 1989, Heitor conseguiu o 1º lote de pedras de qualidade. As cores eram extraordinárias e nunca antes vistas em nenhuma outra turmalina: estava descoberta uma das gemas mais preciosas do mundo.

 

Mas uma nova descoberta está fazendo as paraíbas mudarem de continente…

 

No início dos anos 2000, com a descoberta de turmalinas de cor e composição semelhante na Nigéria e, posteriormente em Moçambique em 2005, o termo turmalina-paraíba foi comumente usado como um nome comercial para turmalinas elbaítas de cobre, independente da origem. A American Gem Trade Association (AGTA) e outras importantes associações gemológicas adotaram o novo termo.


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As cores das turmalinas africanas são espetaculares e de extrema qualidade, mas é comum que sejam aquecidas, assim como as brasileiras. O aquecimento torna os exemplares mais claros, com tendência a produzir uma cor mais uniforme através das pedras, além de realçar os tons do neon.

 

As turmalinas vindas da África  podem ser diferenciadas das brasileiras através de análises laboratoriais, onde é possível identificar a “digital química” destas turmalinas que tem alguns traços bem diferentes. Análises químicas revelaram que as turmalinas da Nigéria têm concentrações surpreendentemente altas de cobre (até 2,18% de CuO), muito similares ao das encontradas no Brasil.

 

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É importante destacar um fenômeno: as turmalinas africanas são normalmente muito maiores que as brasileiras e podem ser produzidas em maior quantidade, o que pode acabar afetando os preços do quilate. Aqui é raro encontrar uma turmalina-paraíba com mais de 5 quilates, enquanto que na África já existem alguns exemplares com pesos acima dos 10 quilates, sendo que é de Moçambique a maior paraíba lapidada do mundo.

 

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Fonte: CPRM