A empresa canadense South Atlantic Gold está investindo R$ 13 milhões em pesquisa mineral para verificar se há viabilidade econômica para explorar ouro em algumas localidades de Pedra Branca e Tauá, no Sertão Central cearense. Um grupo de 15 geólogos e técnicos está em campo, realizando estudos em uma área de 40.000 hectares, o equivalente a 56 mil campos de futebol. As informações são do jornal Diário do Nordeste.
Os estudos iniciais devem ser concluídos até a metade de 2022 e, a depender dos resultados, o projeto pode ser o início de um marco histórico para o Ceará, onde o ouro nunca foi comercialmente explorado.
Análise da viabilidade do ouro no Ceará
Somente após a conclusão da análise, será possível identificar se a exploração de ouro na região é continuadamente exequível para a mineradora. Para que o empreendimento se concretize, não basta haver ouro na região. O projeto precisa preencher uma série de requisitos para se tornar viável, explica Eduardo Leão, diretor de relações institucionais da mineradora.
Especificamente naquela região, no semiárido do Ceará, a escassez de água é um provável gargalo. Caso o projeto avance à fase de extração, por exemplo, seriam estimados entre 500 e 1.000 metros cúbicos de água por dia na extração do ouro, o que demandaria alto investimento na captação de água de maneira sustentável.
Segundo o mesmo diretor citado acima, o minério ocorre junto com o mineral quartzo a 300-400 metros abaixo da superfície. No cenário mais otimista, podem ser gerados de 300 a até mais de 1.000 empregos diretos e indiretos.
A South Atlantic Gold, que possui o projeto de Pedra Branca, tem apenas ele no Brasil. A empresa, listada na Bolsa de Toronto, dedica-se à aquisição e promoção de propriedades minerais localizadas nas Américas e tem também um projeto de cobre e ouro no Canadá, o Big Kidd Project, na província de British Columbia.
Fonte: Geoscan
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