sexta-feira, 21 de junho de 2013

Maior pedra de água-marinha é brasileira e ficará exposta nos EUA

Maior pedra de água-marinha é brasileira e ficará exposta nos EUA

Peça batizada de Dom Pedro foi extraída em Minas Gerais nos anos 1980.
Joia de 2 quilos foi doada por casal da Flórida ao Museu de História Natural.

Da EFE
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A maior pedra preciosa de água-marinha do mundo, batizada de Dom Pedro e extraída em Minas Gerais na década de 1980, foi doada nesta quinta-feira (6) por um casal de americanos para o Museu de História Natural de Washington e fará parte da exibição permanente da instituição.
A água-marinha é a variedade azulada do mineral berilo. O cristal bruto, lapidado em forma de obelisco, foi concedido ao museu por um casal da Flórida. A peça pesa pouco mais de 2 quilos e mede 36 centímetros de altura. Seu nome é uma homenagem aos dois imperadores que o Brasil já teve.
Pedra preciosa água-marinha (Foto: Donald E. Hurlbert/Smithsonian's National Museum of Natural History)Pedra preciosa de água-marinha (Foto: Donald E. Hurlbert/Smithsonian's National Museum of Natural History)
"Após passar por várias mãos e museus na Europa, (a pedra) ficou em propriedade do casal, com quem fiz contato e acertamos sua doação ao museu para que todo mundo possa contemplar essa maravilha tão especial", disse em entrevista à Agência EFE o curador da exibição, Jeffrey Post.
Segundo Post, o cristal original, quando foi extraído da mina, pesava cerca de 45 quilos, mas acabou se rompendo em três partes, e da maior, com pouco menos de 30 quilos, foi esculpido "Dom Pedro".
"Desconhecemos seu valor de mercado, fundamentalmente porque se trata de uma peça única e, portanto, incomparável. A única maneira de obter um preço aproximado seria colocando em leilão", afirmou o curador.
"A água-marinha é uma variedade do berilo, mineral que se fosse desenvolvido em laboratório seria incolor", explicou Post. "No entanto, como os cristais são gerados em lugares 'sujos', sempre há certas impurezas ao redor, como nesse caso, no qual o berilo incorporou pequenas quantidades de ferro", prosseguiu.
É justamente o ferro que, em interação com a luz, dá ao berilo o precioso tom turquesa que caracteriza a água-marinha. "São as impurezas que fazem essas gemas tão especiais", explicou o curador da exposição.
A maioria de cristais de água-marinha provém de depósitos geológicos de rocha pegmatito, muitos dos quais se encontram no Brasil, o que transforma o país na maior fonte de água-marinha do mundo.
A cada ano, quase sete milhões e meio de visitantes passam pelo Museu de História Natural, que pertence ao Instituto Smithsonian.

Histórias :: Pedras Preciosas

Histórias :: Pedras Preciosas

Fotos de João Marcos Rosa
Texto de Pedro Penido

“A gente é bicho em extinção”, ironiza Seu Ida, 55 anos (desde os 12 na lavra garimpeira).
Longe das grandes minas de ouro, o garimpo de pedras preciosas no norte do estado de Minas Gerais reúne um número menor de trabalhadores, mas exige muito da paciência, resistência e habilidade do garimpeiro.
Herdeiro e perpetuador de um modus operandi milenar, o garimpo coloca os homens em uma busca angustiante pelo brilho das pedras preciosas. Às margens dos rios, por exemplo, passam dias inteiros procurando qualquer coisa que brilhe no meio da areia e do cascalho que arrancam dos cursos d’água. Ao separarem as pedras na peneira, procuram por aquelas que mais faíscam à luz do sol.  Daí, inclusive, a origem do termo “faisqueiro”.
Mas o trabalho pesado do garimpeiro nem é sua maior preocupação. A falta de regulamentação, fiscalização pouco eficiente e a incompatibilidade da legislação do garimpo com a vida desses trabalhadores são os grandes problemas. Conseguir a Permissão para Lavra Garimpeira é uma aventura mais cara e desgastante que a própria labuta diária, afirmam alguns garimpeiros.
Assim, aos poucos, a atividade garimpeira perde força, mão-de-obra, espaço e memória. Muitas cidades pequenas no norte mineiro já lidam com marcas da decadência da atividade de extração mineral. No século XVIII, o Brasil foi o maior fornecedor de ouro do mundo, enviando quase 1 milhão de toneladas para Portugal. Atualmente, a maior parte da produção vem de grandes empresas mineradoras, enquanto os garimpeiros transformam-se em bastiões da memória do garimpo tradicional.
De Diamantina a Grão Mogol, na região Norte de Minas Gerais, garimpeiros contaram suas histórias e dilemas ao jornalista José Augusto Bezerra, para a Revista Globo Rural, de Outubro de 2007. As imagens são do fotógrafo João Marcos Rosa.
Diamante em meio aos “satélites”, pequenas pedras escuras que são um indicativo para os garimpeiros que podem estar próximos de encontrar um diamante.
Diamante lapidado na sede da indústria de jóias Manoel Bernardes.
Valdomiro com a picareta alargando o túnel em busca de águas marinhas em Teófilo Otoni.
Garimpeiro em busca de diamantes num pequeno afluente do rio Jequitinhonha.
Em Couto de Magalhães, a casa antiga em péssimo estado de conservação é a face da decadência atual do garimpo no Vale do Jequitinhonha.
“Diamantina já não tem mais o mesmo brilho sem o garimpo”, lamenta Seu Antônio, ourives da Joalheria Pádua, a mais antiga do país que fica nstalada no centro histórico da cidade desde 1883.
Diversos tipos de gemas expostas durante a Feira Internacional de Pedras Preciosas (FIP) em Teófilo Otoni.
Feira livre em Teófilo Otoni: ao invés de frutas e hortaliças, mais de 100 barracas com pedras preciosas, bijuterias e artefatos variados.
Pé do garimpeiro Seu Marão no ribeirão do Inferno em Grão Mogol.
Seu Tibúrcio, em sua casa em Novo Oriente de Minas, triste com sua sina, afastado do garimpo por doença e do seu passado de glórias pelo tempo. Em 1957 ele encontrou um água marinha com 35 quilos (175 mil quilates)
Dona Lia e Seu Marão, casal de garimpeiros de Grão Mogol, se divertem relembrando as histórias dos velhos tempo do garimpo na região.
De escafandro, Seu Clarindo ou Totôca, como é conhecido, lamenta: “Diamante agora é agua”. Referindo-se ao trecho de 115 Km do rio Jequitinhonha que foi inundado pela Usina Hidrelétrica de Irapé.
Seu Ida prepara uma fogueira às margens do Ribeirão do Guinda em Diamantina.
Carne de garimpeiro é sempre defumada. Na foto, uma corimba pescada no rio Itacambiraçu em Grão Mogol, seca na fumaça do fogão à lenha.
Acampamento garimpeiro montado em uma laje de pedra.
Seu Ida peneira o gorgulho no Ribeirão do Guinda, em Diamantina, à cata de diamantes.
Conheça também as histórias Sonhos do Ouro e Órfãos do Ouro, com imagens de Bruno Magalhães.
Pé do garimpeiro Seu Marão no ribeirão do Inferno em Grão Mogol.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ametista com mais de 7 toneladas é encontrada em em garimpo de Ametista do Sul

Ametista com mais de 7 toneladas é encontrada em em garimpo de Ametista do Sul

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Uma ametista de 7,2 toneladas foi encontrada no garimpo de propriedade dos irmãos Nadir e Célio Capra, na localidade de Linha Barreirinho, em Ametista do Sul, no Médio Uruguai. É a maior extraída até agora nas jazidas de pedras preciosas localizadas no município e em mais sete cidades da região. Antes, chegou a ser achada uma com 3 toneladas. Segundo Nadir, a peça tem 3 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e 1 metro de altura. Ele informa que dois garimpeiros trabalharam 40 dias para retirar o geodo, em forma de coração.
No seu interior, a peça é oca e suas paredes são formadas por pontas de ametistas, de cor lilás. Nadir diz que o material será comercializado como está, bruto. “Essa ametista pode parar até em outro país”, afirma. Os irmãos possuem a jazida há 20 anos, e a maior pedra retirada do local pesou 2 toneladas. A ametista virou atração, e muitas pessoas chegam à propriedade para vê-la.
Nos oito municípios da Cooperativa de Garimpeiros do Médio Uruguai, encontram-se 510 garimpos, dos quais 200 estão ativos. Segundo o engenheiro de minas da Coogamai Anderson Oliveira, 53% dos garimpos estão situados em Ametista do Sul, conhecida como a capital mundial dessa pedra. A extração da ametista é realizada de forma subterrânea, em galerias ou furnas horizontais com altura de quase 2 metros e largura de 3 metros. Os túneis podem chegar a ter 400 metros de profundidade. (Foto: GIOVANE SABINO/O ALTO URUGUAI).

O Estado do Pará é o segundo produtor brasileiro de minérios


Estado incentiva a verticalização da produção mineral
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O Estado do Pará é o segundo produtor brasileiro de minérios, com francas possibilidades de atingir, nos próximos anos, o topo da produção nacional, uma das maiores do Ocidente. Em 1997, o valor de sua produção mineral foi de US$ 2,149 bilhões. E as exportações - a maioria de minério beneficiado - alcançaram US$ 1,762 bilhão, ou cerca de 80% do total das exportações do Estado.
No território paraense está a maior jazida mundial de ferro, que apresenta alto teor de Fe2O3, e responde por 31% das reservas brasileiras, com 17,4 bilhões de toneladas. O Pará detém a terceira concentração mundial de bauxita, com 2,4 bilhões de toneladas, ou 80% das reservas existentes no país. É o maior produtor nacional de ouro (30%), com reservas estimadas em 300 toneladas.

mine02.jpg (4319 bytes)Possui as maiores reservas nacionais de cobre (77%), gipsita (43%), caulim (43%) e participação expressiva nas de manganês (36%), níquel (16%) e tungstênio (33%). Apresenta, ainda, importantes concentrações de estanho (41,8 milhões de m3) e calcário (1,7 bilhão de toneladas). Seu mapa gemológico identifica 256 ocorrências - diamante, água marinha, ametista, berilo, calcedônia, citrino, cristal de rocha, fluorita, granada, malaquita, opala, quartzo, rutilo, turmalina, topázio, entre outras.
mine03.jpg (7340 bytes)A produção mineral paraense está concentrada em poucas empresas, há intensa atividade garimpeira e minas que operam sobre depósitos superficiais (fase que antecede a lavra de jazidas subterrâneas). As cinco áreas de extração garimpeira de ouro perfazem cerca de 100 mil km2. A mais importante é a região do Tapajós, no Oeste do Estado, explorada desde 1958 e é a maior produtora aurífera do país. Entre 1980 e 1997, os garimpos tapajônicos responderam por 46,8% das 308,9 toneladas de ouro extraídas do solo paraense. Nesse período, a produção do Pará representou 1/3 da brasileira, que ficou em 927 toneladas. Ou seja: o Tapajós foi responsável por 15,6% da produção aurífera nacional.
Exportações Minerais Paraenses / 1997
BEM
MINERAL
VOLUME
(Mil t)
VALOR
Milhões
    -Ferro.....................................................40.494,0..............................................727,0
    -Ouro............................................................11,6*.............................................124,0
    -Alumínio.....................................................357,0..............................................553,0
    -Bauxita....................................................4.267,0..............................................100,0
    -Caulim.......................................................755,0.................................................83,0
    -Manganês..................................................583,0.................................................30,0
    -Silício..........................................................26,0.................................................28,0
    -Alumina......................................................326,0................................................64,0
    -Outros................................................................-...............................................53,0
    -TOTAL.....................................................46.819,6..........................................1.762,0.
mine04.jpg (6943 bytes)Hoje, seis empresas estrangeiras, algumas delas com larga tradição em prospecção, lavra e beneficiamento de ouro, efetuam pesquisa geológica no EstadoNem só o ouro, porém, oferece excelentes oportunidades de investimentos: o Governo do Estado incentiva, também, a exploração de fosfato, calcário, gipsita, pedras ornamentais, cobre, zinco níquel e Wolfrâmio. A idéia é verticalizar a produção, através da criação de pólos industriais, para internalizar riqueza, além de articular o setor com o projeto global de desenvolvimento do Estado. O Pará produz 13 substâncias minerais: água, areia, argila, bauxita, calcário, caulim, diamante, ferro, gemas (ametista, opala, topázio, turmalina), manganês, ouro, pedras britadas e ornamentais e quartzo (silício metálico).
mine06.jpg (6244 bytes)A produção é basicamente alicerçada em sete projetos de extração e beneficiamento, capitaneados por pesos-pesados da indústria nacional e internacional como, por exemplo, a Companhia Vale do Rio Doce, Grupo Cadam, Albras/Alunorte e Camargo Corrêa Metais. Juntos, esses projetos correspondem a investimentos em torno de US$ 6 bilhões.
Pólo Joalheiro - Segundo maior produtor nacional de gemas, o Pará prepara-se, agora, para aproveitar esse imenso potencial, através da criação de três pólos joalheiros, em Belém, Itaituba (oeste do Estado) e Marabá (no sudeste). O Plano Diretor para a criação desses pólos é o resultado de uma parceria entre o Governo do Estado - através das Secretarias de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) e do Trabalho e Promoção Social (Seteps) - com o Sebrae, Escola Técnica e Universidade Federal do Pará. Já em implantação, sua primeira fase consistiu no incentivo ao associativismo entre os joalheiros do Estado, visando a formação de cooperativas. O segundo passo será o aperfeiçoamento da tecnologia de produção.

mine05.jpg (5391 bytes)"Estamos melhorando o design e o acabamento das pedras, para atender às exigências do mercado internacional", informa o diretor de Mineração da Seicom, Alberto Rogério Benedito da Silva. Com a mesma finalidade, Governo e empresariado apostam, inclusive, na criação de um "apelo amazônico" para incrementar o comércio da produção local. Esse apelo deverá se traduzir na utilização da pedraria regional para a confecção de jóias temáticas, a partir das lendas, mitos, flora e fauna da Amazônia. "Queremos entrar no mercado", acentua Rogério, " não para disputar com os indianos e italianos, que dispõem de um know-how de centenas de anos.
mine07.jpg (6756 bytes)Mas para correr numa faixa, com um produto novo".
A excelente qualidade das gemas produzidas no Pará tem impulsionado os preços no mercado internacional - a ametista de Pau D'Arco, por exemplo, é considerada a melhor do mundo. Os empresários que estiverem interessados em participar da criação dos pólos joalheiros, devem, antes de mais nada, ter experiência no ramo e um certo domínio do funcionamento do mercado. A partir daí, é procurar a Seicom, que os encaminhará às associações existentes, para negociações.
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Teófilo Otoni é conhecida mundialmente como a “Capital das Pedras Preciosas”.


Maior cidade do nordeste mineiro, Teófilo Otoni é conhecida mundialmente como a “Capital das Pedras Preciosas”. Apesar de não serem extraídas gemas de seu subsolo, é pra cá que são enviadas e comercializadas todas as pedras encontradas na região. Ao longo do ano e principalmente durante a FIPP-Feira internacional de Pedras Preciosas, realizada sempre no mês de agosto, Teófilo Otoni recebe a visita de milhares de turistas que vem buscar na fonte as riquezas desta terra, que é mesmo uma preciosidade.

E se você já começou a se interessar por estas peculiaridades, então prepare-se,  a história deste lugar é um capítulo a parte. O município nasceu do sonho e da obstinação de seu fundador, o estadista Teóphilo Benedicto Ottoni, que em meados do Século XIX,  buscava um caminho para ligar Minas  Gerais ao mar da Bahia. Hoje, mais de 150 anos depois, ainda podem ser vistas na cidade a marca desta colonização heróica e progressista. A Praça Germânica, localizada bem no centro de Teófilo Otoni e com um belíssimo prédio do século passado onde hoje funciona a CEMIG, homenageia os primeiros habitantes locais que vieram da Alemanha, e trouxeram as técnicas de lapidações até hoje diferenciadas de outras regiões do Brasil. Também no centro estão outras atrações como a Igrejas Matriz; o prédio da Câmara Municipal- antigo fórum do município e a Praça Tiradentes com a sua locomotiva Poxichá, usada para puxar os vagões da extinta Ferrovia Bahia-Minas e os simpáticos bichos-preguiça, que habitam as copas das árvores e vez por outra descem para fazer a alegria dos visitantes. Mas nesta Praça cheia de vida também está o efervescente comércio informal de pedras preciosas, que reúne diariamente inúmeras pessoas interessadas em vender e comprar os minerais extraídos desta área, que é tida como a maior província gemológica do planeta.

Com tantos superlativos fica fácil entender porque Teófilo Otoni  construiu uma cultura tão fascinante. Não dá pra sair daqui sem antes provar a deliciosa carne-de-sol, que é servida na Feira Coberta do Bairro Bela Vista, e vem acompanhada de uma mandioca bem cozidinha e aquela cachaça tipicamente mineira. Outra dica imperdível são as lojas de artesanato mineral localizadas próximas a Praça Tiradentes, que também comercializam jóias e pedras preciosas. Já durante a noite não faltam opções para lazer e entretenimento de turistas e moradores. A cidade oferece uma combinação variada de bares, restaurantes, pizzarias e até mesmo um pub em estilo inglês, que abre suas portas todos os finais de semana. Gostou? Então agora é só fazer as malas e vir conferir de perto todo o brilho e os encantos  Teófilootonense. Para saber mais onde ficar e onde comer em Teófilo Otoni, bem como ver algumas imagens dos atrativos locais basta consultar ao lado “Informações Dessa Cidade”.



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