quarta-feira, 3 de julho de 2013

Conheça a Lonsdaleita, um mineral mais duro que o diamante

Conheça a Lonsdaleita, um mineral mais duro que o diamante
Descrita pela primeira vez por Kathleen Lonsdale uma mineralogista inglesa a Lonsdaleita é um mineral raríssimo.
  Composta exclusivamente de carbono a Lonsdaleita não é um diamante, ao contrário do que muitos falam. É uma variedade de carbono que cristaliza no sistema hexagonal a hexagonal-bi-piramidal: o diamante é cúbico. A sua dureza, quando pura, excede a do diamante em 58% na sua face 100. Ou seja, este mineral tem uma dureza 11 na escala de Mohs...

A Lonsdaleita  foi vista pela primeira vez em 1967 no meteorito de Canyon Diablo. Desde então esse mineral vem sendo descrito, sempre, associado a impactos de meteoritos como Popigai e na superfície K/T. A Lonsdaleita  parece derivar do impacto de meteoritos sobre rochas portadoras de grafita como os grafita gnaisses de Popigai.  
  No entanto a lonsdaleita foi encontrada no sítio de Tunguska o que causa uma interessante reflexão. Muitos estudiosos acreditam que  o meteoro de Tunguska nunca atingiu o solo, desintegrando-se no ar e causando uma devastadora onda de choque. 

Como explicar a Lonsdaleita presente nos solos de Tunguska? 

tunguska
A onda de choque de Tunguska devastou milhares de quilômetros quadrados em uma explosão com potência acima de 5 quilotons

Seria ela um mineral constituinte do meteoro de Tunguska? Ou Tunguska atingiu o solo formando lonsdaleita no impacto e os Russos nunca descobriram o ponto do impacto? 

Tudo por uma esmeralda

Tudo por uma esmeralda



Essa aventura começou debaixo da terra, no fundo dos buracos abertos pelas próprias mãos. O repórter José Raimundo desceu as minas da Chapada Diamantina, na Bahia, e hoje lembra o perigo e o fascínio da vida dos garimpeiros. “A gente sempre soube que a vida do garimpeiro é difícil, cheia de incertezas. Mas confesso que eu não sabia que ela é tão arriscada”, conta o repórter.Durante a reportagem, o que mais me impressionou a equipe foi a coragem daqueles homens diante do perigo. “Pendurados em cordas de aço, eles descem sem proteção, desafiando o perigo, e vão a 50 metros e até a 100 metros de profundidade Eles não se protegem nem da sílica, um pó que se espalha pelos túneis apertados e afeta os pulmões”, lembra José Raimundo.Nas minas subterrâneas, uma experiência assustadora: o momento em que galerias são abertas com explosivos. São 150 kg de dinamite por dia. Na hora de explodir, os garimpeiros permanecem dentro de buracos, há apenas 20 metros de distância.“É pavoroso, estremece tudo, parece um terremoto”, garante o repórter. Histórias de vida dos garimpeiros também foram marcantes durante a matéria, como a de Luiz Sérgio, que já tinha encontrado uma pedra e faturado R$ 1,5 milhão. Passou três anos fora dos garimpos, mas foi obrigado a voltar. “Fiquei gastando com mulher, bebida, farra, festas e o dinheiro acabou. Fiquei pobre de novo”, contou.A lição ficou por conta da perseverança de Seu João, que era agricultor e trocou a roça pela esperança de enriquecer no garimpo. Ele fazia tudo sozinho: sem corda, descia e subia o buraco, equilibrando-se. Muito risco para um homem de 63 anos.“Seu João nos mostrou que o objetivo precisa sempre ser perseguido. Desistir é uma palavra que não está no dicionário dos aventureiros do garimpo”, conclui o repórter.

GARIMPO DE OURO JÁ ATRAIU 4.000 PESSOAS PARA O SUL DO AMAZONAS

GARIMPO DE OURO JÁ ATRAIU 4.000 PESSOAS PARA O SUL DO AMAZONAS

Apesar da procura, Garimpo do Juma ainda não é legalizado.
Para preservar o meio ambiente, não é permitido usar máquinas.

Foto: Ivani Valentim/A Crítica
Novo garimpo fica a 453 km de Manaus
Um garimpo de ouro localizado em uma região de difícil acesso no Sul do Amazonas já atraiu cerca de 4.000 pessoas. São trabalhadores que atuam não apenas na extração de ouro, mas também nas atividades indiretas. O Garimpo do Juma, como vem sendo chamado, numa referência ao rio de mesmo nome, abrange uma área de menos de um quilômetro próxima aos municípios de Novo Aripuanã e de Apuí, a 453 quilômetros de Manaus, de acordo com informações da Agência Brasil.
Segundo o diretor de fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Walter Arcoverde, o local ainda não está legalizado, mas a perspectiva é que a área seja regularizada em breve. Para tanto, uma comissão criada pelo governo federal e coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério de Minas e Energia determinou que os garimpeiros se organizem em uma cooperativa.
Para impedir a exploração predatória e os prejuízos ao meio ambiente, a comissão também determinou que somente será permitida a extração manual, proibindo o acesso a máquinas. Segundo Arcoverde, estão previstas as instalações de postos da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e de órgãos municipais de saúde que irão monitorar as condições dos garimpeiros e da população local.
No último dia 11, por meio de uma portaria do DNPM, a União bloqueou a concessão de novas autorizações de estudos de viabilidade e de direito de exploração numa área de 390 mil hectares, onde o departamento realiza estudos socioambientais e geológicos a fim de checar a viabilidade de criar uma reserva extrativista mineral. A intenção é saber, ainda, quanto de ouro já foi extraído do local.
A portaria não impedirá a exploração das cinco grotas já abertas, mas visa a desestimular a ida de novos garimpeiros. Arcoverde destaca que, diferentemente de outras reservas, a intenção é criar um modelo sustentável.
"Novo Eldorado da Amazônia"A região onde foi encontrado o Garimpo do Juma já desperta interesse há muito tempo. Localiza-se próximo ao Rio Tapajós, área onde existem diversos pontos de extração de ouro. No início do mês passado, garimpeiros procedentes de outro local descobriram a nova grota que vem sendo explorada. A notícia correu e logo o ponto passou a ser conhecido como o “novo Eldorado da Amazônia”.   
Apesar de estar sendo chamada de o “o novo Eldorado da Amazônia”, a Gruta do Juma não deverá se tornar uma nova Serra Pelada, diz Arcoverde. Serra Pelada, no Sul do Pará, ficou famosa na década de 1980 por ser o maior garimpo a céu aberto do mundo.
De acordo com o diretor de fiscalização do DNPM, garimpeiros experientes afirmam que a Gruta não deve durar mais do que dois meses. “Pelas próprias condições geológicas, a Gruta do Juma não será uma nova Serra Pelada. Na área já conhecida, só há ouro até apenas dois metros de profundidade. Depois, o que há são rochas e nenhum ouro. Além disso, as prospecções já revelaram que, nas montanhas em volta, também não há ouro além da ‘grota rica’”.
Após visitar o garimpo no último fim de semana, Arcoverde considera-o diferente dos demais que já conheceu. “É diferente dos outros devido à mistura da população que vive na área. Além de garimpeiros tradicionais, há pessoas que nunca haviam trabalhado em uma mina. Há uma outra cultura. Tanto que, até o momento, não houve conflitos”. 

O caso de amor entre chineses e diamantes

O caso de amor entre chineses e diamantes


Bloomberg / BloombergAdoção de hábitos de consumo ocidentais na China, que até 10 anos atrás não comemorava datas como o Dia dos Namorados, tem pressionado os preços do diamante no mercado internacional
Chineses e indianos não costumavam comemorar o Dia dos Namorados até 5 ou 10 anos atrás. Também não oficializavam noivado com anel de compromisso. Nem comemoravam bodas ou prometiam amor eterno com joias feitas de brilhantes. O crescimento econômico desses emergentes e a internacionalização de seus respectivos mercados, porém, acabaram aproximando-os de hábitos culturais e de consumo ocidentais - usar diamantes para presentear, por exemplo. De acordo com uma pesquisa recente da consultoria Bain & Company, feita em parceria com o Antwerp World Diamond Centre (AWDC), China e Índia serão responsáveis por metade do crescimento da demanda por diamante bruto nos próximos 20 anos. Até 2020, segundo o estudo, os dois países absorverão 36% da produção de US$ 26,1 bilhões (157 milhões de quilates) e, juntos, serão o maior consumidor de diamantes do planeta. No mesmo intervalo, os Estados Unidos devem diminuir a participação no mercado dos atuais 39% para 30%. Em 2011, China e Índia consumiram 25% dos US$ 15,6 bilhões produzidos.
A Bain calcula que a oferta de diamantes até 2020 crescerá em valor a um ritmo de 2,5% ao ano, enquanto a demanda terá incremento anual de 5,9%. A tendência, portanto, é que o preço da gema bruta continue a subir, como ocorreu em 2011, quando houve aumento de 31% em relação ao período anterior. O principal indutor da escalada na demanda, afirma o estudo, são as joias feitas com diamantes, que movimentaram US$ 71 bilhões em 2011. Na China, atualmente o segundo maior mercado consumidor desses bens, a venda cresceu 18% em 2011, ante 2010, e chegou a US$ 9,2 bilhões. Os Estados Unidos lideram o ranking, com US$ 26,9 bilhões em vendas, mas tiveram avanço mais modesto no mesmo período, de 7%. Índia, terceiro lugar, assistiu a um crescimento de 17% no consumo de joias com brilhantes no ano passado, um total de US$ 8,5 bilhões.
A indústria de diamantes tem passado pela crise como o mercado de luxo, de maneira resiliente - e até melhor. Em 2010, a consultoria projetou que as vendas de joias com brilhantes iriam voltar em 2013 aos patamares de 2007 - isso aconteceu ainda em 2011. "A raça humana não criou uma linguagem comum e provavelmente nunca o fará, mas existe uma maneira de dizer 'amor' que mulheres no mundo inteiro entendem: diamantes", brincam os autores do estudo. Pela primeira vez, o relatório, publicado desde 2011, investigou as preferências dos consumidores. Cinco mil entrevistas revelaram que os diamantes são o presente favorito das moças em 6 dos 8 países pesquisados, entre eles China, Índia, Rússia, Alemanha e França. As americanas e italianas colocam as gemas entre os top 3, mas preferem dinheiro e viagens, respectivamente.
Na China, os diamantes são o segmento que mais cresce dentro do setor joalheiro, que movimenta US$ 65 bilhões. Sua participação no mercado subiu de 10% em 2005 para quase 15% em 2011. Ouro e jade, associados a valores como fortuna e prosperidade na cultura chinesa, continuam entre as preferências dos consumidores, com 60% de share, mas estão perdendo espaço rapidamente para os diamantes. Com uma taxa de crescimento anual de 32%, a categoria avança em vendas no país com velocidade maior que as bolsas de luxo (25%), automóveis (22%) e viagens (18%). Os varejistas acompanham o apetite dos consumidores. Lao Feng Xiang, uma das maiores joalherias do país, abriu quase 1,2 mil lojas desde 2009 e tem atualmente dois mil pontos de venda. Chow Tai Fook possui 1.450 lojas e planeja outras 200 para até 2016. A marca é uma das mais conhecidas no país e forjou parceria com a Diamond Trading Company, distribuidora da De Beers, gigante do setor (autora do bordão "diamonds are forever"), para ter acesso a pedras de melhor qualidade.
O mercado indiano é bastante pulverizado. As vendas no país se dividem entre 300 mil lojas, sete vezes mais que nos Estados Unidos e seis vezes mais que na China. Marcas independentes e empresas familiares respondem por 95% do total, mas já existe um esforço de algumas empresas para ganhar reconhecimento em escala. Uma delas é a Tanishq, que pertence ao Tata, maior grupo empresarial privado na Índia, com negócios em áreas que vão de chá e tecidos a aço e automóveis.
Nos dois países, a taxa de penetração dos diamantes oscila entre 20% e 55%, contra uma média de 80% em economias "maduras" como a americana, a britânica e a italiana. A pesquisa afirma que as pedras, na China e na Índia, ainda estão bastante restritas às classes mais abastadas em grandes metrópoles e que o grande potencial de crescimento nesses mercados está na classe média de centros menores, cidades chamadas de "tier 2" e "tier 3" - Chongqing e Tianjin na China; Coimbatore, Nagpur e Vadodara na Índia. Na disputa pela preferência do consumidor, têm levado vantagem marcas internacionais como a americana Tiffany e a francesa Cartier, que, como mostra o relatório, têm uma lembrança de marca forte inclusive em países emergentes.
O mercado de diamantes brutos é extremamente concentrado. A russa Alrosa, a De Beers e a anglo-australiana Rio Tinto controlam cerca de 60% da produção mundial. Com os preços em tendência de alta, as multinacionais da joalheria têm investido em estratégias para garantir o abastecimento. Luciano Rodembusch, vice-presidente da Tiffany & Co para a America Latina e Caribe, disse ao Valor que há muitos anos a empresa tem uma subsidiária que se dedica apenas ao processo de aquisição, corte, polimento e qualificação de diamantes. Para garantir um suprimento de alta qualidade, a grife procura selar parcerias com as maiores minas do mercado. "É verdade que demanda tem superado a oferta. E isso deve continuar a acontecer nos próximos anos, caso novas áreas de produção não sejam descobertas", completa.

Brilho de princesa

Brilho de princesa

Por Suzana Liskauskas
Em sentido horário, no alto, anel Amazonas Esmeraldas, da Amsterdam Sauer, R$ 50 mil; anel Mario Pantalena, R$ 5.900; Rua das Pedras, H.Stern, R$ 9.790; anel Silvia Furmanovich, preço sob consulta; Anel de três dedos Ara Vartanian, preço sob consulta
A atriz Grace Kelly inspirou muitas mulheres ao sair dos glamourosos estúdios de Hollywood no fim dos anos 1950 para se tornar a eleita do príncipe Rainier e desempenhar com elegância o maior papel de sua vida, o de princesa de Mônaco. Despertou ainda maior inveja ao receber, no ato do pedido de casamento, um anel Cartier com um diamante de dez quilates. A futura princesa ficou tão encantada pela joia que fez questão de incorporá-la ao figurino da personagem do último filme de sua carreira, "Hight Society - Alta Sociedade", de 1956.
A paixão por anéis de diamantes, os famosos solitários, não é privilégio de princesas ou divas do cinema, dos palcos e das passarelas. Este modelo é o mais vendido nas joalherias mais famosas do mundo, como Tiffany & Co. e Cartier. Luciana Marsicano, diretora geral da Tiffany & Co. no Brasil, confirma que estes são também os anéis de mais interesses das brasileiras, desde que a marca entrou no país em 2001, no Shopping Iguatemi, São Paulo - hoje, a marca está presente em duas lojas paulistanas, em Brasília, no Rio de Janeiro e, em junho, chega a Curitiba.
O preço dos modelos mais tradicionais de solitários começa em R$ 6 mil e pode ultrapassar, e muito, a barreira dos R$ 500 mil, para joias com diamantes de mais de 3 quilates. "Nosso carro-chefe é o tradicional Tiffany Setting Engagement Ring, que foi desenhado por Mr. Tiffany (Louis Comfort Tiffany, fundador da joalheria) no fim do século XIX, e até hoje é um campeão de venda", conta Luciana.
Diamond Rings, da Tiffany, sob consulta
Maxime Tarneaud, "country manager" da Cartier no Brasil, conta que a marca, com loja no shopping paulistano Cidade Jardim, está fazendo grande aposta na linha de anéis de diamantes no mercado brasileiro. "Acaba de chegar a coleção Destinée, com nosso novo modelo de solitário", informa. Com a globalização, a cultura de presentear a futura noiva com o famoso "engagement ring" - o anel de noivado - vem ganhando cada vez mais adeptos entre os brasileiros.
A releitura de clássicos para encantar as amantes de pedras coloridas, em tamanhos significativos, é a receita de sucesso de algumas joalherias brasileiras. Com trabalho reconhecido sobretudo em peças com esmeraldas, a Amsterdam Sauer ganhou, em 1966, com o Anel Constellation, de ouro branco e diamantes, o Beers Diamonds-Internacional Awards, maior prêmio da joalheria mundial. Daniel Sauer, diretor da marca, explica que a cliente dá prioridade à qualidade da joia, à exclusividade e à confiança na procedência da gema. "O anel é a nossa peça mais vendida, com cerca de 50% das vendas."
Para Christian Hallot, embaixador da H.Stern, a tendência, hoje, é de a cliente comprar suas próprias joias. Trata-se de uma mulher que gosta de usar anéis grandes como símbolo de poder. "A brasileira prefere pedras coloridas e grandes, mas os diamantes são sempre os campeões", comenta Hallot.
A turmalina paraíba, pedra de um tom azul claro, que se assemelha ao azul turquesa e tem um brilho neon, é uma das estrelas da coleção da joalheira Silvia Furmanovich, que montou seu ateliê em 1997, em São Paulo, e trabalha com peças exclusivas.
O tradicional trabalho do joalheiro Mario Pantalena também traz em sua nova coleção anéis com gemas raras, usadas em formatos máxi.