Que tal comprar uma mina de diamantes? A Rio Tinto estará vendendo várias...
Sam Walsh, o CEO da Rio Tinto está fazendo uma enorme
faxina na empresa. Entre vendas, demissões e cortes de custo agora a
notícia de que ele está considerando a venda de 12 projetos de
diamantes. Do jeito que vai a Rio deverá ficar somente com o seu
megadepósito de diamantes Argyle na Australia.
Com as vendas a empresa espera arrecadar mais de 2 bilhões de dólares.
Acontece que as vendas que a Rio Tinto e outras major companies estão
promovendo refletem um processo depurativo onde todos os ativos
duvidosos, marginais, com problemas tecnológicos ou ambientais estão
sendo vendidos aos incautos e vorazes compradores.
Com certeza a Rio não irá vender os diamantes de Argyle , o cobre de Bingham Canyon, ou o ferro de Pilbara.
Essas vendas de ativos tóxicos, juntamente com a paralisação de
investimentos em projetos sensíveis como Simandou, poderá criar uma
pressão altista nos preços das commodities já que uma parte da produção
dessas minas e projetos demorará a chegar ao mercado.
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quarta-feira, 3 de julho de 2013
Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do mundo?
Controvérsia: a cratera de Popigai tem a maior reserva de diamantes do
mundo?
Por Pedro Jacobi
Popigai é uma cratera de impacto de meteorito listada entre as mais famosas do mundo. Ela se localiza a 880 km de Norilsk, outra estrutura de impacto famosa. Popigai tem 100 km de diâmetro é a sétima maior cratera em tamanho.
O impacto ocorreu a 35 milhões de anos, no Eoceno, quando um meteorito condrítico de 8km de diâmetro se chocou contra o solo causando uma enorme devastação.
O mais interessante é que este astroblema é tido como o maior depósito de diamantes do mundo.
Muitos cientistas Russos afirmam que lá existem trilhões de quilates de diamantes um número quase inimaginável em se tratando de um mineral raro como o diamante.
O diamante de Popigai já foi explorado no passado por prisioneiros dos Gulags durante a época de Stalin e é cercado de mistérios e de controvérsias.
O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita, stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão.
A pressão e temperatura geradas no impacto foram extraordinárias possivelmente excedendo aquelas necessárias à formação do diamante, na zona do impacto. Calcula-se que a energia liberada foi equivalente a milhões de artefatos nucleares o que causou a fusão de 1.750 quilômetros cúbicos de rocha. Essa rocha fundida é encontrada na área, 35 milhões de anos após o impacto, e é chamada de tagamito.
O impacto, a uns doze quilômetros de distância do centro, transformou a grafita dos gnaisses em diamantes. Esta transformação não ocorreu em toda a área afetada, mas apenas na região cujas condições de P e T foram compatíveis com a transformação da grafita em diamante. Mesmo com essas restrições um grande volume de diamantes foi formado e, possivelmente, Popigai deve conter o maior volume de diamantes do mundo como os Russos apregoam.
Infelizmente as condições para a formação do diamante não foram duradouras. Tudo ocorreu em um tempo bastante pequeno o que não foi o suficiente para que o diamante pudesse crescer e atingir tamanho e qualidade que caracterizam as gemas de grande valor econômico. Estudos geoquímicos mostram que o agente controlador da formação de diamantes nos tagamitos era a água e não necessariamente a grafita. Quanto menor a quantidade de água na rocha maior a chance de formação do diamante.
Os russos, ufanistas, imaginavam que Popigai iria mudar completamente o cenário mundial do diamante e tentaram manter a informação sob segredo, desde as primeiras expedições científicas em 1970.
A maioria dos diamantes ainda tem o formato dos flocos de grafita e são muito pequenos, abaixo de dois milímetros de diâmetro, sendo classificados como micro diamantes.
Bons para abrasivos, mas não para a joalheria.
Os diamantes de Popigai tem características distintas dos demais sendo mais duros e com uma cristalografia própria como os hexagonais (lonsdaleita) descritos em meteoritos
Por Pedro Jacobi
Popigai é uma cratera de impacto de meteorito listada entre as mais famosas do mundo. Ela se localiza a 880 km de Norilsk, outra estrutura de impacto famosa. Popigai tem 100 km de diâmetro é a sétima maior cratera em tamanho.
O impacto ocorreu a 35 milhões de anos, no Eoceno, quando um meteorito condrítico de 8km de diâmetro se chocou contra o solo causando uma enorme devastação.
O mais interessante é que este astroblema é tido como o maior depósito de diamantes do mundo.
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| Cratera de Popigai com 100km de diâmetro |
Muitos cientistas Russos afirmam que lá existem trilhões de quilates de diamantes um número quase inimaginável em se tratando de um mineral raro como o diamante.
O diamante de Popigai já foi explorado no passado por prisioneiros dos Gulags durante a época de Stalin e é cercado de mistérios e de controvérsias.
O diamante de Popigai foi formado no impacto do meteorito sobre um granada-grafita-gnaisse Arqueano, rocha metamórfica que aflora regionalmente na área e apresenta extensas evidências de impacto como shatter-cones, coesita, stishovita e outras variedades de quartzo de altíssima pressão.
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| Geologia da cratera de Popigai mostrando a área de influência dos tagamitos, brechas e ejectas |
A pressão e temperatura geradas no impacto foram extraordinárias possivelmente excedendo aquelas necessárias à formação do diamante, na zona do impacto. Calcula-se que a energia liberada foi equivalente a milhões de artefatos nucleares o que causou a fusão de 1.750 quilômetros cúbicos de rocha. Essa rocha fundida é encontrada na área, 35 milhões de anos após o impacto, e é chamada de tagamito.
O impacto, a uns doze quilômetros de distância do centro, transformou a grafita dos gnaisses em diamantes. Esta transformação não ocorreu em toda a área afetada, mas apenas na região cujas condições de P e T foram compatíveis com a transformação da grafita em diamante. Mesmo com essas restrições um grande volume de diamantes foi formado e, possivelmente, Popigai deve conter o maior volume de diamantes do mundo como os Russos apregoam.
Infelizmente as condições para a formação do diamante não foram duradouras. Tudo ocorreu em um tempo bastante pequeno o que não foi o suficiente para que o diamante pudesse crescer e atingir tamanho e qualidade que caracterizam as gemas de grande valor econômico. Estudos geoquímicos mostram que o agente controlador da formação de diamantes nos tagamitos era a água e não necessariamente a grafita. Quanto menor a quantidade de água na rocha maior a chance de formação do diamante.
Os russos, ufanistas, imaginavam que Popigai iria mudar completamente o cenário mundial do diamante e tentaram manter a informação sob segredo, desde as primeiras expedições científicas em 1970.
A maioria dos diamantes ainda tem o formato dos flocos de grafita e são muito pequenos, abaixo de dois milímetros de diâmetro, sendo classificados como micro diamantes.
Bons para abrasivos, mas não para a joalheria.
Os diamantes de Popigai tem características distintas dos demais sendo mais duros e com uma cristalografia própria como os hexagonais (lonsdaleita) descritos em meteoritos
Tálio: o que fazer com as jazidas Baianas?
Tálio: o que fazer com as jazidas Baianas?
As notícias das descobertas de enormes jazimentos de tálio (Tl) na região de Barreiras, Bahia deixou muitos, surpresos, outros, perplexos e alguns ufanistas.
À medida que a notícia atingia a mídia, no que tange ao tálio, passamos de meros espectadores para protagonistas. O Brasil deve ter uma das maiores jazidas deste metal no mundo segundo a Itaoeste, empresa que descobriu esses jazimentos.
Afinal para que serve o tálio e como ele irá influenciar o futuro de Barreiras?
As notícias das descobertas de enormes jazimentos de tálio (Tl) na região de Barreiras, Bahia deixou muitos, surpresos, outros, perplexos e alguns ufanistas.
À medida que a notícia atingia a mídia, no que tange ao tálio, passamos de meros espectadores para protagonistas. O Brasil deve ter uma das maiores jazidas deste metal no mundo segundo a Itaoeste, empresa que descobriu esses jazimentos.
Afinal para que serve o tálio e como ele irá influenciar o futuro de Barreiras?
A Itaoeste diz ter a maior jazida de tálio do mundo, associada a
minerais de manganês, com recursos totais equivalentes a 60 toneladas de Tl.
O preço do Tl, coisa difícil de encontrar, pois só são comercializadas 10
toneladas por ano de tálio no mundo, é de US$6 por grama, ou seja o
valor total da jazida da Itaoeste é de US$360 milhões.
Os minerais próprios de tálio são
raridades e o elemento é extraído como subproduto de jazimentos sulfetados.
Muito tóxico, apenas meia grama de tálio é suficiente para matar uma pessoa
normal. O Tálio já foi usado como veneno de ratos, e em inseticidas e é
reportado como cancerígeno. Existem usos mais nobres para o
Tálio como na medicina nuclear, em semicondutores e em detectores de radiações.
Será o tálio a redenção desta região? Acreditamos que em
função dos pontos abaixo isso é pouco provável que aconteça:
- O mercado do tálio é fechado e totalmente controlado por poucos com difícil penetração para novos produtores.
- A indústria mundial quase não usa o tálio e se houver uma produção maior os preços deverão cair a não ser que exista um uso muito nobre que só o Tálio possa suprir.
- O consumo de tálio já está limitado a 10 toneladas por ano. Um faturamento bruto máximo de apenas 60 milhões de dólares por ano. Ou seja o mercado mundial de tálio é de quase nada quando comparamos com outros metais como o ferro, ouro e outros metais básicos.
- Um outro ponto que não ajuda a economicidade do Tl é que estão começando a usar um substituto para ele: o W, que não é tóxico e muito mais barato.
Extraída no Brasil, maior esmeralda do mundo vai a leilão no Canadá
Extraída no Brasil, maior esmeralda do mundo vai a leilão no Canadá
A casa de leilões Western Star, em Kelowna (Canadá) coloca hoje à venda aquela que é considerada a maior esmeralda lapidada do mundo; do tamanho de uma melancia e pesando 57,5 mil quilates (11,5 quilos), a pedra, batizada Teodora, teria sido extraída no Brasil (embora seu atual proprietário, o vendedor de gemas Reagan Reaney, não tenha dito de que região) e lapidada na Índia.
Segundo o “Daily Mail”, gemólogos divergem sobre a autenticidade da esmeralda, afirmando que pode haver berilo branco em sua composição, o que a descaracterizaria – o que o proprietário nega.
A casa de leilões Western Star, em Kelowna (Canadá) coloca hoje à venda aquela que é considerada a maior esmeralda lapidada do mundo; do tamanho de uma melancia e pesando 57,5 mil quilates (11,5 quilos), a pedra, batizada Teodora, teria sido extraída no Brasil (embora seu atual proprietário, o vendedor de gemas Reagan Reaney, não tenha dito de que região) e lapidada na Índia.
Segundo o “Daily Mail”, gemólogos divergem sobre a autenticidade da esmeralda, afirmando que pode haver berilo branco em sua composição, o que a descaracterizaria – o que o proprietário nega.
Você deve saber...
Você deve saber...
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Por Pedro
Jacobi
Gossan, segundo a definição original é o produto do intemperismo
sobre sulfetos maciços de minérios econômicos. Um sulfeto maciço, por sua vez
tem que ter mais de 50% do peso em sulfetos... Esta é a definição inicial, que
está sendo abandonada. Hoje, a visão dos Geólogos de Exploração sobre
os gossans evoluiu: gossans são produtos de intemperismo de rochas sulfetadas não
necessariamente maciças e não necessariamente derivados de sulfetos
economicamente interessantes. Eles são também chamados de chapéus de ferro
(Francês). Em alguns casos são chamados de gossans os ironstones derivados do
intemperismo sobre carbonatos ricos em ferro como a siderita.
Os principais minerais de um gossan são a goethita e
hematita. Outros hidróxidos de ferro comuns são geralmente agrupados como limonitas.
Estes óxidos
conferem à rocha a sua característica ferruginosa com cores fortes, ocre
vermelho-amareladas. A rocha encontra-se na superfície podendo ou não estar em
cima dos sulfetos originais. Gossans podem ser transportados. Neste caso os
óxidos migraram e se precipitaram longe dos sulfetos de orígem.
Em geral um gossan é poroso e pulverulento. Seus
minerais são formados pela decomposição dos sulfetos com formação de ácido
sulfúrico. O ácido acelera sobremaneira a decomposição dos minerais, lixiviando
parcial ou totalmente os elementos solúveis. A lixiviação pode ser tão intensa
que os elementos solúveis como zinco ou até mesmo o cobre podem não mais estar
presentes no gossan. Portanto a simples avaliação química de um deve levar em
conta, também, aqueles elementos traços menos móveis que talvez estejam ainda
presentes e que possam caracterizar a rocha como interessante. Esses estudos de
fingerprinting são fundamentais quando o assunto é gossan.
Durante o processo de decomposição é comum que a textura
original dos sulfetos se mantenha de uma forma reliquial: as chamadas boxwork
textures. Texturas boxworks são entendidas por um pequeno e seleto grupo de
geólogos. Elas indicam, em um grande número de casos, qual foi o sulfeto
original. Em muitos gossans os boxworks só podem ser vistos ao microscópio
petrográfico.
Foi essa correlação entre textura boxwork e o sulfeto
original que gerou trabalhos clássicos sobre gossans, como o do pioneiro
Ronald Blanchard ou o do colega Ross Andrew, possivelmente inexistentes
nas bibliotecas das escolas de geologia. A determinação dos sulfetos a partir
das texturas é uma arte que está sendo perdida nos nossos dias e tende a
desaparecer com a chegada dos equipamentos de raio x portáteis.
Foi através da descoberta de gossans na superfície que
foram descobertas a maioria das jazidas de níquel sulfetado tipo Kambalda na
Austrália na década de 60 e 70. Nesta época, a capacidade do Geólogo de
distinguir entre gossans derivados de sulfetos de Cu-Ni dos derivados de
sulfetos estéreis como a pirita e pirrotita foi o diferencial entre os bem
sucedidos e os losers. Foi nesta época que se desenvolveu a microscopia de
gossans pois, como dissemos acima, muitos gossans tiveram seus elementos
econômicos lixiviados quase que totalmente restando somente o estudo de boxworks
para a identificação dos sulfetos originais.
A determinação e estudo de gossans e de boxwork textures
levou à descoberta de inúmeros porphyry coppers como muitos dos gigantescos
depósitos de Cu-Au-Mo dos Estados Unidos, Andes e mesmo na Ásia.
No Brasil é clássico o gossan de Igarapé Bahia, que foi
lavrado por anos a céu aberto como um minério de ouro apenas...até a descoberta
de calcopirita (Depósito Alemão) associada a magnetita, em profundidades de 100m. Se os Geólogos da
Vale entendessem de gossans, naquela época, a descoberta do Alemão não seria
feita por geofísica com décadas de atraso como foi o caso.
Mesmo descobertas como o depósito de Cobre de alto teor
Mountain City em Nevada, 1919, foi uma decorrência de um estudo feito por um
prospector de 68 anos chamado Hunt em um gossan tido como estéril. O gossan, que
não tinha traços de cobre, jazia poucos metros acima de um rico manto de
calcocita...O Hunt não sabia o que era um gossan mas acreditava que a rocha era
um leached cap ou um produto de lixiviação de sulfetos. Ele tinha o feeling,
coisa que todo o Geólogo de Exploração deve ter. Exemplos como estes devem
bastar para que você se convença da importância dos gossans na pesquisa mineral.
A foto do gossan silicoso é um excelente exemplo. Eu
coletei essa amostra exatamente sobre um sulfeto maciço de Cu-Ni no Limpopo Belt
em Botswana (Mina de Selebi Phikwee) minutos antes do gossan ser lavrado. O
gossan estava 5 metros acima do sulfeto fresco...Neste caso o gossan é
constituído quase que exclusivamente por sílica (calcedônia) de baixa densidade
(devido aos poros microscópicos). Até o ferro foi remobilizado desta amostra. A
cor amarelada da amostra se mesclava com cores avermelhadas no afloramento. Somente ao microscópio que aparecem os
boxworks de calcopirita e de pirrotita e pentlandita. Selebi-Phikwe em produção
desde 1966 deverá ser fechada ainda este ano.
Com certeza esse foi o último opaline gossan
de Selebi-Phikwe. O mais interessante é que as análises que eu fiz no Brasil
mostraram cobre abaixo de 100ppm e níquel em torno de 150ppm. Em outras palavras
qualquer um que coletar uma amostra em ambiente ultramáfico que analise 70 ppm
de Cu e 150ppm de Ni não vai soltar foguetes. Vai simplesmente desconsiderar a
amostra e partir para outra. Ele poderá estar perdendo uma oportunidade
extraordinária por desconhecer o que um gossan.
Se você ainda não está convencido da importância dos
gossans entre no Google e pesquise duas palavras: gossan discovery. O Google vai
listar milhares de papers sobre descobertas minerais feitas a partir de um
afloramento de gossan.
Fique atento e estude: Você é o que você sabe!!
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A pequena cidade de Juína, no Mato Grosso, viu desde a década de 1990 o movimento em torno de seu subsolo ganhar tamanho e relevância, graça...