sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ouro: mais quedas à frente?

Ouro: mais quedas à frente?
Parece que a recuperação do ouro, tão esperada, ainda não estará ocorrendo em 2013. Pelo menos é o que os analistas do Goldman Sachs acreditam. Segundo eles a projeção para o metal, em 2013, será de apenas $1.050 por onça troy. A culpa, segundo o GS, é principalmente,  a retirada do estímulo monetário pelo Federal Reserve.
Se estiverem certos e essa projeção se concretizar, muitos investidores irão realizar sérios prejuízos.
O ouro já havia ensaiado uma forte recuperação em 2013, após ter caído aos $1.200/oz, retornando em pouco mais de 1 mês aos patamares de $1.400/oz. Essa subida forte levou muitos investidores a comprar, acreditando em uma alta prolongada. Será a hora de vender?

Gigante das dragas de ouro nos garimpos do Madeira mira Amazonas e Pará

Gigante das dragas de ouro nos garimpos do Madeira mira Amazonas e Pará


Draga de ouro no Mutum Paraná, afluente do Madeira.
Chico Nery. Porto Velho, Rio Madeira – Dono de um faturamento estimado em mais de R$ 1,2 milhões, em média, o dragueiro Arão Rodrigues Mendes – que se intitula presidente da Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia (COOGAM) – que teria origem no Amazonas -  está prestes a renovar licença de operação junto a SEDAM (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental) e o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral).  A medida, que contaria com o aval da secretária Nanci Rodrigues, pode sair em desacordo com as recomendações do Ministério Público Federal de Rondônia, para que a SEDAM não renove as licenças dos empreendimentos sob a alegação de uma série de ações que ferem o Código Nacional de Mineração, a lei de conservação e preservação aquaviária e do subsolo da União, bem como “a extração sem a totalidade da comprovação de origem do ouro pelas dragas do acusado em áreas outorgadas a outras cooperativas no Rio Madeira e Mutum-Paraná”.


A suposta vistoria ocorrida nas áreas reclamadas pelo “empresário brasileiro-boliviano” – um jovem de pouco mais de 30 anos oriundo da fronteira com a Bolívia – em sete processos denunciados ao MPF, já estaria em curso na Coordenadoria de Recursos Minerais (COREM) da SEDAM a renovação da licença ambiental de Arão Mendes a pedido do técnico José Trajano, cujo procedimento pode ser considerado “mais um flagrante descumprimento do Governo Confúcio Moura a uma decisão já tomada por parte de um órgão vinculado à Justiça Federal, nesta parte da Amazônia Brasileira”.

Líder” na extração e venda do “vil metal” (ouro) no estado e região, sobretudo nos garimpos dos rios Guaporé - Iténez e Mamoré (Bolívia), Madeira e Mutum-Paraná, ele é acusado de operar em áreas que estão fora das poligonais dos Pedidos de Lavra Garimpeira (PLG), cujas liberações – tidas como duvidosas pelas entidades habilitadas. – são atribuídas ao DNPM e SEDAM. Em que pese haja acusações de que, “o ouro dele é vendido sem notas fiscais, que atestariam a origem, a ação não é combatida pelo Fisco Federal, Estadual ou Municipal”, diz um delegado federal aposentado, estupefato com o que considera crime de lesa-pátria. .  

Com exceção das cooperativas MINACOOP (Cooperativa de Garimpeiros, Mineração e Agro-florestal) e COOGARIMA, os empreendimentos de Arão Rodrigues Mendes parecem imunes à legislação do País, já que até agora “não sofreu nenhum tipo de interdição, seja da Marinha do Brasil, SEDAM, DNPM ou da Polícia Federal”; a não ser sanções tomadas pelo MPF e recomendadas à secretária Nanci Rodrigues, cotada pelas denúncias de garimpeiros da extração mineral familiar, “a descumprir, em breve, uma decisão judicial”, caso conceda a renovação da aludida licença ambiental ao empresário.

Apesar de insistir em liberar as licenças ambientais de seus empreendimentos junto a SEDAM, mesmo com parte deles em situação sub-judice, Arão Rodrigues Mendes, esnobaria nos bastidores do Sindicato dos Garimpeiros (SINGRO), na Capital Porto Velho, que, “não estou nem aí para os garimpos de Rondônia, já que estou indo para o Pará”. Contudo, investigações apontam, no entanto, que, “liberadas as licenças, ele pretende fazer da bióloga Creuza Kuster e da advogada Tânia Sena, respectivamente, suas potenciais pre-postas nos negócios dos garimpos dos rios Iténez-Mamoré, Madeira e Mutum-Paraná”.

DNPM NÃO AGE – A Portaria de nº 263, de 13 de Julho de 2010, do Ministério de Minas e Energia (DNPM), publicada no Diário Oficial da União (D.O.U), edição de 16 de Julho do mesmo ano, “disciplina  aplicação de paralisação e de interdição nas ações de fiscalização promovidas pelo DNPM”.

Apesar de gozar de poder de polícia, em que pese inúmeros pedidos de fiscalização em empreendimentos de Arão Rodrigues Mendes e de outros considerados ilegais em áreas invadidas das cooperativas habilitadas, “não é de hoje que Superintendentes do órgão alegam que o DNPM não tem esse poder”. O que são desmentidos pela portaria só divulgada, agora, nesta Capital, por fontes do setor de arrecadação do próprio órgão depois que o novo Superintendente, Deolindo de Carvalho Neto, assumiu em substituição ao antecessor Airton Nogueira, por recomendação do Ministério Público Federal (MPF).

Diz o documento que, “considerando a necessidade de aperfeiçoamento dos procedimentos de fiscalização, item 1.6 – Fiscalização das Normas Reguladoras de Mineração – NRM, do Anexo I da Portaria 237, de 18 de outubro de 2001, especialmente no que concerne à interdição total ou parcial de um empreendimento mineral; considerando a necessidade de estabelecimento de ação integrada com outras instituições que atuam na atividade mineral; considerando o interesse social no aproveitamento dos bens minerais, a minimização dos impactos ambientais decorrentes da atividade mineraria bem como a melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho, RESOLVE: Art. 1º Será lavrado AUTO DE PARALISAÇÃO de empreendimentos minerais quando durante a fiscalização forem constatadas as seguintes irregularidades: a) Extração mineral sem título autorizativo de lavra; b) Extração mineral executada fora da área determinada pelo título autorizativo e lavra, nos casos em que não se configurar erro de demarcação e possibilidade de retificação da POLIGONAL DA ÁREA titulada; c) Extração mineral na fase de alvará de pesquisa ou requerimento de lavra, sem Guia de Utilização; d) Lavra acima do limite estabelecido pela Guia de Utilização; ou e) Lavra com Guia de Utilização com prazo e validade vencido e sem requerimento de renovação ou com pedido de renovação intempestivo.

Por força do Art. 2º, “Será lavrado AUTO D EINTERDIÇÃO e áreas ou setores de empreendimentos minerais com título autorizativo e lavra outorgado, interditando parcial ou totalmente as atividades de extração mineral, quando durante a fiscalização forem constatadas as seguintes irregularidades: a) LAVRA AMBICIOSA, nas situações previstas no item 1.6, anexo I da Portaria nº 237, de 18 de outubro de 2001; b) Lavra com risco iminente; c) Lavra sem Licença Ambiental vigente, observado o disposto no subitem 1.6.5 do Anexo I da Portaria nº 237, de 2001; d) lavra executada pelo cessionário antes da averbação do contrato de cessão ou transferência de direitos minerários pelo DNPM; e) Lavra executada pelo novo titular, sem Licença Ambiental em seu nome, após averbação de contrato de cessão ou transferência de direitos minerários; ou f) Lavra executada dentro da área concedida e fora dos limites das reservas aprovadas. Parágrafo 1º NO ato da lavratura do auto serão efetuadas exigências para o SANEAMENTO da irregularidade que motivou a interdição da atividade. Parágrafo 2º A área ou setores do empreendimento mineral serão desinterditadas tão logo o titular comunique e comprove ao DNPM o saneamento de todas as irregularidades apontadas e o cumprimento das exigências determinadas no ato da interdição. 

garimpo de cristais

Mineração - Empresas chinesas invadem garimpos de cristal no Brasil

Mineração - Empresas chinesas invadem garimpos de cristal no Brasil

Segundo garimpeiros, chineses compram o cristal bruto sem nota fiscal, e legalização é feita por empresas brasileiras. Mesmo com a barreira do idioma, asiáticos ficam com 80% da produção das pedras em estado bruto e ditam as regras do comércio.
No refeitório do Bom Hotel, de Curvelo (a 160 Km de Belo Horizonte), cartazes avisam em chinês que é proibido cuspir no chão. Há quatro anos, compradores provenientes da China continental -onde é comum cuspir no chão, mesmo dentro de casa- descobriram o acesso aos garimpos de cristal de Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Pará e, gradualmente, dominaram o mercado.

Eles absorvem 80% da produção e ditam as regras no comércio. As pedras saem em estado bruto para serem lapidadas na China e de lá são recolocadas no mercado internacional -inclusive no Brasil-, na forma de jóias semipreciosas, de bijuterias e de artigos para decoração, esoterismo ou medicina oriental.
Com mão-de-obra e maquinários baratos, a China se tornou imbatível na industrialização de pedras semipreciosas de menor valor, como o cristal, e tomou conta do mercado mundial nesse segmento. Os lapidários de Minas Gerais entraram em declínio, com a valorização do real (que encarece o produto brasileiro no exterior) e a concorrência chinesa.
Alguns empresários abandonaram a lapidação e passaram a vender pedras brutas para os rivais asiáticos, que pagam em dinheiro e à vista. Outros terceirizaram a lapidação e passaram a contratar o serviços de fundo de quintal para reduzir custos.
""Recuamos aos tempos coloniais e voltamos a ser exportadores de matéria-prima e importadores do produto industrializado", queixa-se José Jesus Facuri, presidente da Associação Mineral do Centro de Minas e dono da empresa Quartzo Rosa, de Curvelo. Das 14 máquinas de lapidação que possui, 10 estão ociosas.
Sílvio Aparecido de Almeida, 31, dono da Sílvio Pedras do Brasil, também de Curvelo, percebeu o impacto da entrada dos chineses com antecedência e mudou de ramo: desativou a lapidação -que chegou a empregar 40 pessoas- em 2005 e passou apenas a intermediar a venda de cristal bruto. ""Das minhas vendas, 80% são para a China", diz ele, que está de viagem marcada para aquele país, a convite de importadores.
Chien Chiu Sheng, de Taiwan, um dos maiores compradores de cristal do país, faz coro com os brasileiros na queixa contra a competição da China comunista. Diz que sua empresa, a IAS do Brasil, sediada em Curvelo, chegou a empregar 140 pessoas, que trabalhavam na classificação e no beneficiamento de cristal exportado para a matriz, em Taiwan. Ele diz que já reduziu o número de empregados para 35 e que outros 20 estão sendo demitidos.
""Não dá para concorrer. A jornada de trabalho na China continental é de nove horas diárias, com um dia de folga por mês. Um empregado de lapidação custa o equivalente a US$ 230 por mês na China, semelhante ao custo no Brasil, mas não há os encargos trabalhistas daqui, e o maquinário custa 80% menos do que no Brasil."


Chien disse que sua empresa decidiu fazer a lapidação de cristal na China continental.
Sem nota
Segundo garimpeiros, os chineses compram o cristal bruto sem nota fiscal, diretamente nos garimpos, ou de intermediários. A legalização da mercadoria é feita por empresas brasileiras, que exportam o produto para empresas indicadas pelos chineses.
O que chama a atenção na ação dos chineses é a rapidez com que descobriram os canais de acesso aos garimpos, apesar da barreira da língua.
Segundo os comerciantes de cristal, a China tem reservas próprias, mas elas estão localizadas no norte do país, nas áreas mais geladas, e só ficam ativas poucos meses por ano. Os compradores de cristal são enviados pela indústria de lapidação chinesa.

PESQUISA “GARIMPO AZUL

PESQUISA “GARIMPO AZUL” PDF Imprimir
2603201101 PESQUISA “GARIMPO AZUL”
REALIZADA NO MUNICÍPIO DE TENENTE ANANIAS E
Pesquisadora: Maria Carlos

Tenente Ananias é um pequeno município situado no alto sertão nordestino, na região oeste do Estado do Rio Grande do Norte, semi-árido brasileiro. Com uma área de 272 Km² o município se encontra a uma distancia de 410 km da capital do Estado.
Sua população é de 9.300 habitantes, a maior parte vive na zona urbana, e a minoria se encontra de maneira dispersa pelas diversas comunidades rurais do município, sendo as comunidades da Vila Mata e do Sitio Santo Antonio as mais povoadas.

A maioria da população de Tenente Ananias vive da agricultura de subsistência, produzindo arroz, feijão e milho; e da agropecuária com a criação de bovinos, caprinos e suínos. Entretanto toda sua economia fica comprometida nos períodos de estiagem mais prolongada. O certo mesmo é que a maior parte da renda das famílias provêm de programas de transferência de renda do Governo Federal como o Bolsa Família e das Aposentadorias e Benefícios Rurais junto ao INSS. Atualmente o comércio do crediário se constitui como a maior fonte de renda para população local.

Tenente Ananias tem em sua história o marco do ciclo da mineração que nas décadas de 70 e 80 movimentou a economia do município, águas-marinhas era o principal minério extraído do subsolo, com o tempo a produção foi declinando e o garimpo fechou, deixando dezenas de famílias sem trabalho.

Fomos em busca dessa história, através de entrevistas face a face com populares que fizeram da mesma,  conseguimos relatos usamos para construção do texto intitulado “garimpo Azul”.

Há muitos anos atrás, aproximadamente, em 1948 existia em cima da terra do município de Tenente Ananias, isto é na zona rural, no sitio Gerimum muita pedra azul que a população chamava vidro da terra, mas para eles era apenas pedras bonitas usadas para enfeitar a terra, vale salientar, que “o povo vivia aqui / do outro mundo isolado/ não existia o asfalto/ o radio era novidade/ o transportes era um jumento/ ou um cavalo arreado/ ou então uma carroça/ por um boi gordo puxada. Mas um dia chegou um homem vindo de Campina Grande, cidade da Paraíba, seu José Florentino procurando “vidro da Terra”, (pedras preciosas) foi ao encontro de seu Manoel  Osório proprietário da fazenda Gerimum que disse: “ existe por aqui umas pedras de vidro”. Ouvindo a afirmação seu José Florentino falou: É eu soube que aqui no Gerimum podia ter mineiro”. Ambos seu Manoel Osório e Seu José Florentino encontraram muitos tubos de berílio em cima da terra, era tanto berilo que eles juntavam, enchiam caçuás e transportavam em lombos de animais até o destino da venda, em seguida seu Florentino foi trazendo gente de fora que ia levando os berilos; como era grande a quantidade e não existiam estradas para carros fizeram uma estrada toda em serviço braçal com picaretas para carros chamados FUBICAS passarem, depois passaram a destinar 10% do valor da venda das pedras aos proprietários da terra, as pedras eram vendidas a um grego na cidade de Recife – PE .  
 
Em 1950 chegaram outras pessoas enviadas por José Florentino, entre elas, seu José Soares, que dizia ter vindo pesquisar, mas na verdade eram uns exploradores de minério que se utilizavam da mão-de-obra infantil, davam para cada criança, uns mireis e estas juntavam os tubos de berilos pensando como seus pais, que eram pedras de vidro de pouco valor. Os ditos pesquisadores ficavam sentados debaixo de uns pés pereiros frondosos, recebiam os berilos e iam quebrando, retirando apenas as pedras preciosas de águas marinhas; os berilos que tinham 10% de ácido que misturando a chelita, eram utilizados na construção de peças para navio e avião.

Existia ali um homem chamado ‘Velho Amaro’, rezador, que com suas rezas curava quem era mordido de cobra, parava algumas tempestades que quisesse arrebentar o mundo. Uma vez a filha de seu Amaro foi buscar uma lenha e na areia do riacho encontrou um vidro da terra, muito bonito e pesado que passou a servir de peso para pesar algodão, mas o dito pesquisador ficou sabendo e procurou fazer amizade com Seu Amaro, convidou-o para ser padrinho do filho e conquistando a amizade do velho curador, mas um certo dia Seu Amaro foi chamado para curar uma pessoa mordida de cobra jararaca, malha de cascavel, no sitio jatobá e o esperto pesquisador quebrou o berilo, tirou as pedras de águas marinha, aproximadamente 30Kg, colocou numa mala e seguiu até a cidade paraibana do Lastro, isto se passou em um período de inverno e não dava pra chegar de Fubica, então seu Manoel Gonçalves mandou dois rapazes irem com ele de montaria, o pesquisador seguiu num burro chamado “Carão” até outra cidade paraibana, Sousa, seguindo de lá para Campina Grande e Rio de Janeiro, onde vendeu as pedras de águas marinha. Aqui ele nunca mais apareceu, deixando para trás apenas o facão, a lanterna e a capa de proteção.

O próximo explorador veio do ceará, começou a trabalhar, Seu Gonçalo Januário, arranjou sócios e começou a garimpar, já não se encontrava pedras em cima da terra, entretanto ainda era muito raso, trabalhavam com instrumentos manuais ( picareta, aço, marreta, pixote, carro de mão etc) e por muito tempo a exploração continuou, sendo encontrado muito minério e assim atraindo muitos outros garimpeiros que vinham de diversas localidades e aqui mesmo em Tenente Ananias as pessoas começaram a  se envolver na atividade.

Com o crescimento da atividade surgiu o Garimpo, na terra de Dona Quinquinha, que começou devido um certo dia dois rapazes terem cavado o chão a procura de capuchú de abelha e encontraram no local muita água marinha. Os sacos que tinham levado para trazerem o capuchú, trouxeram cheios de pedras preciosas de águas- marinhas, nasceu a grande exploração manual, foram vendendo as banquetas furando túneis, usando instrumentos rudimentares, vinha gente de todo canto as banquetas com extensão de 10 metros de alto a alto, que pareciam ondas do mar. A fase áurea do minério foi dos anos de 1970 a 1985. Eram cavados túneis horizontais de até 300 metros. As primeiras pesquisas foram financiadas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte com recursos da SUDENE (Superintendência de desenvolvimento do Nordeste), a fundo perdido, tudo desenvolvido pela CDM – Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais.

Na época o nordeste passava por uma grande seca, foram 5 anos seguidos de estiagem e aproximadamente 360 agricultores alistados nas frentes de emergência passaram a prestar serviços no garimpo sob a orientação dos geólogos da CDM, a produção aumentou, vieram compradores de todo país. Pessoas de Tenente Ananias enriqueceram com o minério.

Um fato que merece destaque foi a criação do Centro de lapidação, onde as pedras preciosas, os berilos que antes eram lapidados no estado de Minas gerais e/ou em outras capitais passaram a ser lapidados em Tenente Ananias, para tanto foram realizados vários cursos de lapidação, onde foram formadas  três turmas com 20 alunos cada, totalizando 60 pessoas a trabalhar no centro de lapidação do projeto garimpo, lapidando águas marinhas, ametistas e cristal. A lapidação aconteceu na cidade até o ano de 1987, ano que o Governo estadual, desativou o garimpo, levou todo o maquinário e o minério foi desativado, permanecendo apenas exploradores individuais de pequeno porte.

A reativação do garimpo é a continuidade da exploração, com preocupação clara da preservação ambiental, numa política de exploração sem degradação ambiental, promovendo também um resgate histórico da mineração.

Apesar de toda essa história, a população nunca teve acesso a um acervo técnico sobre a mineração e seria interessante que as escolas desenvolvessem um estudo e pesquisas sobre a história da mineração no município.