Projeto Ox: intersecção de 275m@0,48% Cu aumenta os recursos
A canadense Gold Reach Resources intersectou em seu Projeto Ox, 275m com
um teor médio de 0,48% de cobre. Ox está situado na Colúmbia Briânica.
Trata-se de um depósito tipo pórfiro a Cu-Au-Mo-Ag onde os geólogos
inferem um recurso de 52,7 milhões de toneladas. Ox é um de 3 depósitos
situados em um raio de 5km
cujas estimativas iniciais de recursos ficam em torno de 411Mt. A
Colúmbia Britânica é famosa pelos seus pórfiros de cobre e ouro como Highland Valley, Gibraltar, Copper Mountain e Hucleberry.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Mineração de ouro tem um impacto de 210 bilhões de dólares na economia global
Mineração de ouro tem um impacto de 210 bilhões de dólares na economia global
Um
estudo feito pela
Price
Waterhouse Coopers mostra que a
mineração de ouro tem um impacto maior na economia mundial do que muitos países.
Se a mineração de ouro fosse um país o seu PIB estaria entre os 53 maiores do
mundo na frente da Dinamarca, Finlândia, Marrocos, e outros como os Sul
Americanos Bolívia e Uruguai.
|
Maiores produtores– 2012
|
||
|
País
|
Produção (t)
|
Participação na produção
mundial(%)
|
|
China
|
413
|
14.4
|
|
Australia
|
250
|
8.7
|
|
USA
|
231
|
8.1
|
|
Russia
|
230
|
8.0
|
|
Peru
|
185
|
6.5
|
|
South Africa
|
178
|
6.2
|
|
Canada
|
108
|
3.8
|
|
Ghana
|
96
|
3.3
|
|
Mexico
|
95
|
3.3
|
|
Indonesia
|
89
|
3.1
|
|
Uzbekistan
|
73
|
2.6
|
|
Brazil
|
67
|
2.4
|
|
Papua New Guinea
|
57
|
2.0
|
|
Argentina
|
55
|
1.0
|
|
Tanzania
|
49
|
1.7
|
|
total
|
2,177
|
76.0
|
O Brasil, que já foi o terceiro maior produtor está na décima primeira posição.
O relatório do World Gold Council revela interessantes aspectos da mineração do
ouro e sua influência e deve ser visto por todos que trabalham na área:
Leilão de Libra: grandes petroleiras fogem do Pré-sal para investir nos folhelhos norte-americanos
Leilão de Libra: grandes petroleiras
fogem do Pré-sal para investir nos folhelhos norte-americanos enquanto
temos uma das maiores reservas inexploradas do mundo...
A mais recente demonstração de que o petróleo do pré-sal está perdendo interesse nos foi apresentada, de forma dramática, no leilão de Libra quando as grandes petroleiras preferiram investir nos folhelhos betuminosos americanos. Veja abaixo o que os folhelhos poderão representar para o Brasil se o Governo Brasileiro incentivar os investimentos e tirar do limbo uma das nossas maiores riquezas. É chegada a hora e a vez de extrairmos a energia do futuro de uma rocha ainda pouco conhecida do brasileiro, o folhelho. O folhelho (veja definição) também é chamado de xisto por muitos o que para nós, simples Geólogos, é mais uma heresia entre as tantas publicadas. Trata-se de uma rocha sedimentar, fina, com um mínimo de metamorfismo apresentando uma laminação característica que lhe dá um aspecto folhado. É chegada a hora de mudar o nome xisto betuminoso para folhelho oleígeno. O folhelho quando tiver na sua composição proporções de betume ou querogênio deverá ser chamado de folhelho betuminoso, ou pirobetuminoso. O folhelho oleígeno tem quantidades de hidrocarbonetos que podem ser extraídos por um processo de destilação razoavelmente simples o que irá produzir óleo combustível, gasolina, nafta, enxofre e gás.. O conteúdo de querogênio nos folhelhos interessantes varia de 5 a 25%. Esta rocha está revolucionando a economia e a indústria de gigantes como os Estados Unidos e poderá afetar positivamente a nossa também. A extração de óleo dos folhelhos é antiga. Já no século 18 existiam mais de 200 usinas, só nos Estados Unidos extraindo o óleo dos folhelhos. Em 1859, quando foi perfurado o primeiro poço de petróleo nos Estados Unidos os folhelhos foram imediatamente abandonados como fonte de óleo por terem um custo de extração maior do que o petróleo. Deste momento em diante até uma década atrás, pouco se fez para viabilizar os folhelhos betuminosos no resto do mundo. No Brasil o "namoro" com o folhelho é antigo. A primeira lavra de folhelhos no Brasil foi em 1884, na Bahia. Somente em 1935, em São Mateus do Sul, Paraná, a produção atingiu 318 litros de óleo por dia. O Governo a partir de 1949 investiu na pesquisa do potencial econômico dos folhelhos. A Petrobras está desenvolvendo pesquisas com folhelhos da Bacia do Paraná, desde 1954 e em 1972 inaugurou a planta de S. Mateus do Sul no Paraná. Esta planta usa o processo Petrosix patenteado pela própria Petrobras e exportado para Jordânia, Marrocos, Estados Unidos e China. O processo usa a pirólise a 500 graus para separar o óleo e o gás por meio de ciclones e precipitadores eletrostáticos. Em S. Mateus é recuperado o óleo pesado, o leve, o gás de cozinha, a nafta e o enxofre. O óleo é processado posteriormente, em refinarias de petróleo. Um ponto interessante é que o processo permite a adição de até 5% de pneus triturados à carga de folhelhos. Desta forma a Petrobras já utilizou mais de 12 milhões de pneus em S. Mateus. Adicionalmente a Petrobras desenvolve outros processos que aumentarão a recuperação de óleo e reduzirão o custo operacional aprimorando a viabilidade econômica dos folhelhos oleígenos. No momento a lavra da Petrobras ocorre em duas camadas de folhelho oleígeno da Formação Irati. Os teores médios de óleo são de respectivamente 9,1% para a camada inferior com 3,2 metros de espessura e de 6,4% para a camada superior com 6,4 metros de espessura. O óleo do folhelho betuminoso é um combustível de alto poder calorífico que se apresenta como uma melhor alternativa para os óleos combustíveis derivados de petróleo. Ele tem uma maior fluidez, o que permite custos menores eliminando o aquecimento para o transporte o que permite o bombeio a temperatura ambiente, e tem características técnicas superiores aos óleos pesados derivados de petróleo. O óleo do folhelho tem baixo teor de enxofre sendo bem menos agressivo ao meio ambiente que o petróleo normal. A produção anual da mina de S. Mateus, em 2010 foi de mais de 2.169.197 m3 de folhelho. Deste volume lavrado foi recuperado um total de 16.3% de produtos econômicos. O principal produto deste processo (13% do total) corresponde ao óleo combustível: 281.779 m3. Calcula-se que o custo do barril de óleo produzido pelo processo Petrosix seja de menos de US$25/barril o que torna o processo, ao contrário do que é propalado pela mídia desinformada, altamente econômico nos preços atuais do barril do petróleo, acima de US$100/barril. Na verdade como se pode ver no gráfico abaixo desde o ano 2000 o processo de extração de óleo dos folhelhos, a US$25/barril, já é economicamente viável. Onde ficam os " analistas " de plantão que dizem que o ólero dos folhelhos é " mais caro, trabalhoso e poluente e que não é viável economicamente" ? A verdade é que se tivermos empresas privadas produzindo óleo a partir dos folhelhos possivelmente os custos de produção irão baixar viabilizando ainda mais o óleo dos folhelhos.
Nos Estados Unidos a produção de óleo vinha caindo ate 2008 (6.9milhões de barris por dia) passou para 8.1 milhões de barris/dia em 2011 e deverá atingir 11,1 milhões de barris por dia até 2020. Tudo isso graças ao óleo extraído dos folhelhos (oil shales) por meio do fracking. Este óleo ainda é produzido com um custo razoavelmente elevado entre US$35-70 conforme a tabela abaixo. No caso da tabela os preços são os break even costs ou preços de empate que estão atrelados a uma taxa interna de retorno de 15%, Consequentemente o custo de produção pode ser bastante inferior. Mesmo com custos elevados os Estados Unidos poderão se tornar no maior produtor de óleo do mundo graças ao óleo de folhelhos. Eles passarão da Arábia Saudita que em 2020 deverá produzir 10.6 milhões de barris de petróleo por dia. Uma revolução econômico-industrial a base do betume em folhelhos.
O custo de produção dos oil sands como visto acima gira em torno dos US$35/barril pois implica em um enorme investimento (CAPEX) e custos adicionais para transformar o betume em óleo cru sintético. Os custos de lavra, embutidos neste custo final, são razoavelmente baratos. Entretanto os Canadenses tem que conviver com um desconto variável, que hoje é de US$48/barril calculado sobre o preço do Brent que está em torno de US$107/barril. Ou seja os produtores canadenses de óleo dos oil sands recebem apenas US$60/barril produzido. É essa a maior barreira ao superdesenvolvimento da extração dos oil sands canandenses. A margem final é de apenas US$25/barril, o que não ocorre no caso do óleo dos folhelhos oleígenos que são mais baratos para extrair, para processar e transportar. No caso canadense estima-se que os novos campos de oil sands onde o betume será extraído pela adição de gás natural, terão os seus custos operacionais variando entre $65-70/barril. Estes custos elevados deverão impedir a entrada de produção de muitos destes novos jazimentos enquanto o preço do petróleo permaneça no patamar de US$100/barril. O Folhelho e o gás natural As principais riquezas extraídas hoje destes folhelhos são o óleo e, também, o gás natural. A extração do gás natural dos folhelhos é feita por intermédio de furos horizontais e do fraturamento hidráulico, o fracking, que está revolucionando a indústria americana. Os EUA, que são o maior consumidor de gás do mundo, estão no meio de uma nova revolução industrial que tem a sua origem exatamente nos mesmos folhelhos que estamos falando. É a revolução do shale gas. Somente nos Estados Unidos as reservas são estimadas em 24 trilhões de m3. Uma riqueza simplesmente extraordinária que está revitalizando a indústria americana. No gráfico abaixo é possível ver em preto, a proporção que o gás dos folhelhos terá no futuro próximo dos Estados Unidos.
O Folhelho e o Brasil Será que nós também teremos a oportunidade de extrair enormes quantidades de gás e óleo dos folhelhos aumentando as riquezas do país de forma exponencial como está ocorrendo nos EUA? A resposta é sim! Temos apenas que iniciar a nossa revolução do folhelho flexibilizando a legislação e atraindo investidores privados e fundos que possam investir em grandes projetos de extração de gás e óleo. As reservas de folhelhos do Brasil são simplesmente enormes. Ainda não temos nenhum número confiável pois os nossos folhelhos ocupam imensas áreas nas bacias sedimentares do Paraná, do Amazonas e do Parnaíba. Folhelhos com potencial econômico ocorrem em vários estados da Federação como , Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, S. Paulo, Maranhão, Amazonas, Pará, Amapá, Ceará, Alagoas e Bahia. Apenas os estudos preliminares da Petrobras, no Sul do País, identificaram recursos de 2,8 bilhões de barris de óleo, 19,7 milhões de toneladas de gás liquefeito de folhelho (GLX), 95,8 milhões de metros cúbicos de gás combustível e 43,6 milhões de toneladas de enxofre. Estudos muito preliminares, da década de 70-80 calcularam que o Brasil teria reservas equivalentes a 800 bilhões de barris de óleo (Barros & Ramos, 1982). Ou seja, temos 10 vezes mais óleo em folhelhos do que no Pré-Sal. Esses estudos são bastante preliminares sem sondagens, testes de produção e uma grande densidade de pontos e de dados e não devem ser considerados como números finais. Se usarmos o conhecimento geológico atual é possível prever que os recursos finais dos folhelhos do Brasil sejam maiores do que estes 800 bilhões de barris, já que novas tecnologias permitem o aproveitamento de folhelhos situados em maiores profundidades, no interior de bacias sedimentares o que não foi considerado nas avaliações anteriores. O fator determinante para a extração desse óleo e gás é, como sempre, o econômico. É fundamental que o DNPM e a CPRM iniciem um estudo de mapeamento e de quantificação dos melhores jazimentos de folhelhos do Brasil e que esses depósitos sejam colocados a leilão para a iniciativa privada. O Governo muito fala no Marco Regulatório e em leilões de jazimentos de fosfato, terras raras e potássio mas esquece dos folhelhos oleígenos. Estes terão um impacto econômico maior e mais duradouro. O Folhelho e o futuro Folhelhos oleígenos são uma fonte gigantesca de energia e riqueza que no Brasil permanece intocada. Se formos quantificar todo o potencial energético dos folhelhos veremos, que eles tem muito mais volume de óleo e gás do que os existentes em todos os nossos campos de petróleo convencionais. É claro que podemos, como nos Estados Unidos, iniciar uma revolução industrial, tecnológica e social calcada na energia armazenada nestes folhelhos oleígenos. Não estaremos criando nada de novo pois a tecnologia e os exemplos já existem. A existência das imensas reservas de óleo e gás em folhelhos e oil sands, é tão relevante que os grandes produtores de petróleo do mundo, unidos no cartel da OPEP, que antes só pensavam em aumentar os preços do petróleo, colocando as economias mundiais de joelhos, agora são obrigados a aumentar a produção e baixar preços. Se eles não fizerem isso e o preço do petróleo continuar acima dos US$100/barril, serão viabilizados a maioria dos projetos de óleo alternativo do mundo o que, naturalmente, vai reduzir os lucros e influência da OPEP. Será o fim do Cartel . No nosso caso, com um custo por barril de óleo de folhelho em torno de US$25 não há como errar, temos que começar imediatamente esta revolução. Não podemos deixar essas riquezas no subsolo enquanto ainda lidamos com a fome, o analfabetismo, doenças, falta de infraestrutura e uma educação de terceiro mundo. Leve essa idéia ao seu Político e exija que ele aja! É o nosso futuro que está em jogo. |
Mineração já não é um 'negócio da China' para os governos
Mineração já não é um 'negócio da China' para os governos
O projeto de reforma de mineração do Brasil, que elevaria os impostos do setor, já levou a uma queda no investimento
Nos últimos anos, governos que vão da Austrália ao México lançaram iniciativas para aumentar sua participação nos lucros do setor, de forma a aproveitar o impulso que o aumento da demanda chinesa por metais deu às mineradoras globais.
Agora, no entanto, as perspectivas para a economia da China nublaram. O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, está se preparando para encerrar um programa de estímulo que ajudou a gerar investimentos para o setor e as companhias de mineração estão com pouco dinheiro em caixa. Isso significa que as autoridades precisam encontrar um equilíbrio entre perder as receitas provenientes dos recursos naturais e afugentar os investidores.
"Os governos estão três anos atrás da curva da indústria", diz Harry Robinson, consultor especializado em mineração da consultoria McKinsey & Co. "Estamos hoje em um período em que vamos registrar margens mais baixas de forma estável."
Os preços do ouro, cobre, minério de ferro e outros metais têm tido dificuldade para se estabilizar despois do auge atingido em 2011. As mineradoras globais pagaram preços muito altos por ativos durante o boom que depois se traduziram em baixas contábeis e perdas multibilionárias. As empresas responderam com redução de custos, venda de ativos não essenciais e concentração de gastos de capital em seus projetos mais promissores.
Mas os tempos estão especialmente difíceis para as chamadas mineradoras juniores, empresas mais novas que muitas vezes negociam suas ações em Toronto e Londres para levantar capital para projetos de exploração, na esperança de encontrar jazidas que as enriqueçam. Essas empresas levantaram 889,2 milhões de dólares canadenses (US$ 863,1 milhões) na bolsa TSX Venture de Toronto até agosto, menos da metade dos 1,9 bilhão de dólares canadenses captados um ano antes. No mesmo período de 2011, elas arrecadaram quase 5 bilhões de dólares canadenses.
"Para nós, é mais fácil investir na internet ou em telefonia celular, porque o capital inicial é menor do que na mineração ", diz Siegberto Schenk, sócio da Gávea Angels, um grupo de investimento com sede no Rio de Janeiro. A empresa está considerando investir entre US$ 1,5 bilhão e US$ 3 bilhões em um projeto para procurar minerais de terras raras ou ouro, mas está preocupada com um projeto de lei no Brasil que elevaria os royalties do governo.
"Depois dessas regras que estão propondo, acho que a mineração será [um negócio] só para os grandes participantes", diz.
Vários países africanos estão considerando a aplicação de impostos extraordinários. E a Austrália introduziu um imposto sobre os lucros da mineração no ano passado que Mark Cutifani, diretor-presidente da Anglo American PLC, acusou, em um discurso recente, de ser parcialmente responsável pelo engavetamento de 70% dos projetos que as mineradoras tinham em fase de planejamento três anos atrás.
No desenvolvimento de
regiões como a América Latina, a classe média em expansão está exigindo uma melhor aplicação da legislação ambiental e mais gastos sociais por parte dos governos e empresas de mineração, diz Robert Johnston, diretor de recursos naturais da consultoria de risco Eurasia Group.
O governo mexicano alega que perdeu a bonança que o boom dos preços das commodities gerou para as mineradoras e propôs um imposto adicional de 7,5% sobre o lucro do setor, além da cobrança de 0,5% sobre o lucro da venda de ouro, prata e platina. Metade da arrecadação iria para programas de desenvolvimento nas áreas de mineração.
Sergio Almazán, diretor do grupo mexicano da indústria da mineração Camimex, diz que os novos impostos poderiam levar os investimentos a cair a menos da metade nos próximos anos.
No Brasil, o projeto de lei da presidente Dilma Rousseff dobraria, aproximadamente, os royalties que os Estados e municípios recebem sobre o faturamento das mineradoras. Ele também tornaria o governo federal responsável por encontrar depósitos minerais e criaria uma agência para leiloar blocos de mineração e cobrar tarifas dos licitantes vencedores, adotando um modelo semelhante ao processo usado pela ANP, a agência reguladora do petróleo.
Isso provocou cenas inusitadas em Brasília, onde centenas de geólogos, temerosos de que a revisão da mineração os deixará sem emprego ao provocar uma seca de investimento, tomaram as ruas para protestar.
Os críticos do projeto dizem que o negócio de mineração tende a ter margens de lucro mais baixas do que o setor de energia, com um alto risco para o investimento. Para cada 1.000 locais com potencial para extração de minerais, apenas cerca de 100 chegam a ser perfurados e apenas um se torna uma mina.
Pedro Jacobi, ex-gerente da Rio Tinto que agora dirige várias mineradoras juniores no norte do Brasil, diz que o processo de licitação para licenças de exploração vai prejudicar as pequenas empresas, cujo principal ativo é a informação que possuem, mas têm dificuldade para competir com mineradoras globais bem financiadas como a Vale SA.
"Todo mundo no Brasil, até mesmo a concorrência, vai saber quando você solicitar os direitos sobre uma certa área de ouro, prata ou minério de ferro, e eles poderão ir lá e concorrer com você no leilão", diz Jacobi. "Agora, imagine se eu sou uma empresa júnior e vou concorrer com a Vale. Eu nunca vou ganhar."
Os defensores do projeto de lei asseguram que ele busca desencorajar os especuladores que, no sistema atual, podem facilmente solicitar direitos de mineração sem desenvolver os projetos.
O México também está propondo impor tarifas punitivas sobre empresas que deixam concessões inativas por dois anos consecutivos, alegando que impede o desenvolvimento e significa perda de receita para o governo.
Há evidências de que as empresas começaram a reduzir a exploração no Brasil, onde já há obstáculos significativos na obtenção de licenças ambientais. O Instituto Brasileiro da Mineração estimou que o atraso de quatro anos do governo em introduzir o projeto de lei do setor levou as empresas a adiarem aproximadamente US$ 20 bilhões em investimentos.
A Geologia e Sondagens SA, empresa que presta serviços de perfuração e exploração, prevê que sua receita vai cair pela metade este ano em comparação a 2012. "A falta de definição sobre a reforma na mineração está impactando projetos de exploração de maneira drástica", diz seu presidente, João Luiz Carvalho.
Gasolina de carvão, um processo antigo, mas uma nova tendência
Gasolina de carvão, um processo antigo, mas uma nova tendência.
A extração de gases e combustíveis dos folhelhos é tida por muitos como a
última grande revolução da energia mundial. No entanto, outra fonte,
pouco explorada como geradora de combustíveis está, aos poucos,
emergindo e poderá rivalizar com os folhelhos que estão mudando a economia americana. Estamos falando do carvão. Não como um produto destinado a queima, mas como a fonte de combustíveis líquidos e gasosos.
Aos poucos começam a surgir vários novos megaprojetos de coal-to-liquid
(CTL) onde os gases extraídos dos carvões são processados e
transformados principalmente em gasolina, diesel e muitos outros
subprodutos. Esses projetos requerem investimentos multibilionários e,
consequentemente, ainda são restritos a poucos países como a África do
Sul e a China.
A tecnologia atual deriva da inventada pelos alemães durante a segunda guerra mundial, que forneceu à Alemanha parte dos combustíveis e lubrificantes necessários ao esforço de guerra. Posteriormente, em 1955, a África do Sul melhorou o processo em suas plantas de Sasol resolvendo, desta forma, a dependência do país. Na África do Sul o combustível derivado do carvão é usado por automóveis e, até mesmo, em jatos. A partir do exemplo sul-africano novos processos estão sendo estudados e alguns, como o desenvolvido no MIT, prometem baixos custos e zero emissão de gases.
O mais recente projeto de CTL está sendo criado pela Ningxia Coal na China. O projeto terá um CAPEX superior a dois bilhões de dólares e irá extrair os combustíveis de 4Mt de carvão ao ano. Esta planta é uma de quatro plantas de CTL que pertencem ao Grupo Shenhua. A primeira, denominada Ordos, já produziu mais de 10 milhões de toneladas de produtos como diesel, metanol, resinas sintéticas, gás, óleos, coque e outros subprodutos. A tendência é que essas plantas se tornem mais frequentes. Grandes investimentos em plantas do tipo CTL, fora da China, estão sendo feitos na Mongólia pela Posko, nos Estados Unidos pela US Fuel Corporation e em outros países como a Austrália.
A tecnologia atual deriva da inventada pelos alemães durante a segunda guerra mundial, que forneceu à Alemanha parte dos combustíveis e lubrificantes necessários ao esforço de guerra. Posteriormente, em 1955, a África do Sul melhorou o processo em suas plantas de Sasol resolvendo, desta forma, a dependência do país. Na África do Sul o combustível derivado do carvão é usado por automóveis e, até mesmo, em jatos. A partir do exemplo sul-africano novos processos estão sendo estudados e alguns, como o desenvolvido no MIT, prometem baixos custos e zero emissão de gases.
O mais recente projeto de CTL está sendo criado pela Ningxia Coal na China. O projeto terá um CAPEX superior a dois bilhões de dólares e irá extrair os combustíveis de 4Mt de carvão ao ano. Esta planta é uma de quatro plantas de CTL que pertencem ao Grupo Shenhua. A primeira, denominada Ordos, já produziu mais de 10 milhões de toneladas de produtos como diesel, metanol, resinas sintéticas, gás, óleos, coque e outros subprodutos. A tendência é que essas plantas se tornem mais frequentes. Grandes investimentos em plantas do tipo CTL, fora da China, estão sendo feitos na Mongólia pela Posko, nos Estados Unidos pela US Fuel Corporation e em outros países como a Austrália.
Assinar:
Comentários (Atom)