quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Empresas junior canadenses resistem e surpreendem analistas

Empresas junior canadenses resistem e surpreendem analistas

As notícias que vieram do PDAC em março deste ano foram assustadoras. Dizia-se que 60% das empresas junior de mineração canadense iriam quebrar entre 2013 e 2014.
Mas o que se viu é um cenário muito diferente. Somente 31 empresas saíram da bolsa, a maioria por ter feito alguma fusão ou aquisição. Dessas 31, somente 7 empresas pararam de pagar as taxas da TSX. Essas 7 empresas que quebraram em 2013 mostra que o mundo das junior companies é muito mais resistente que todos imaginavam. A maioria conseguiu reduzir os custos e manter algum dinheiro em caixa. Mesmo na crise as mais importantes levantaram 795 milhões de dólares em financiamentos lastreados em ações. O que caiu vertiginosamente foi o número de IPOs que em 2013 está em 24, a metade do que ocorreu em 2011.
Com a retomada das economias dos Estados Unidos e Europeias muitas dessas junior irão, também, voltar aos trabalhos de pesquisa mineral. Aqui no Brasil esperamos que o Marco Regulatório da Mineração possa ser retificado permitindo, também, o retorno dos investimentos dessas empresas no setor mineral.

Tório uma nova revolução nuclear?

Tório uma nova revolução nuclear? 
Você já imaginou reatores nucleares a prova de fusão? Ou um mundo onde acidentes como os de Fukushima e Chernobyl seriam coisas do passado?
No futuro, com os novos reatores nucleares a tório, cujo ponto de fusão é muitíssimo mais  elevado, esses desastres não mais irão ocorrer. No momento existem poucos reatores nucleares movidos a tório no mundo. No entanto países como China, Japão, Inglaterra e Austrália estão estudando um novo tipo de reator nuclear que usa sais de tório, não de urânio e que operam a baixa pressão, produzem temperaturas mais elevadas, com menores custos operacionais e permitem, também, um maior controle das mudanças de temperatura. Esta nova geração de reator nuclear vai mudar completamente a história da energia nuclear. Tratam-se dos reatores movidos por fluoreto líquido de tório o LFTR. 
Um dos pontos mais importantes destes reatores tipo LFRT é a segurança e a estabilidade. Eles  podem ser desativados imediatamente caso ocorra uma falha, o que não acontece nos demais reatores como o de Fukushima no Japão que até hoje, mais de 2 anos e meio do acidente, ainda está ativo e poluindo o meio ambiente. Os LFTR também geram resíduos mas esses podem ser neutralizados em muito menos tempo e descartados, sem prejuízos, ao meio ambiente. Os LFTR não geram elementos tipo plutônio que podem ser utilizados em armas nucleares e bombas atômicas. É uma nova tecnologia que já está sendo chamada de gerador verde e que atrai a atenção de muitos investidores destacando-se Bill Gates.
Em breve iremos ver esses reatores a tório substituindo os milhares de reatores nucleares obsoletos, que já começam a ser fechados em vários países.
E o Brasil?
O Brasil será um dos países exportadores de tório. Temos recursos muito elevados desse metal, contido em areias monazíticas que ocorrem ao longo do litoral brasileiro.

Nova tecnologia poderá revolucionar a extração de ouro no mundo

Nova tecnologia poderá revolucionar a extração de ouro no mundo
Uma nova tecnologia vem sendo testada na mina de ouro de Tau Tona na África do Sul. Trata-se de uma tecnologia de propriedade da AngloGold Ashanti que extrai o ouro a partir de furos de grande diâmetro. Esta sondagem recupera todo o ouro existente no corpo de minério atravessado, sem perdas, estéril ou  explosivos. Trata-se, simplesmente de uma lavra subterrânea direcionada via sondagem. Os custos comparados são muito mais baixos do que uma mina tradicional subterrânea sem os acidentes e o  pessoal envolvido. Uma mina lavrada por esse método não deixa nada para trás, como pilares e blocos de sustentação. O trabalho é contínuo, 24/7 e pode atingir profundidades que nenhuma outra mina atinge além de poder lavrar minas abandonadas. Esta tecnologia é chamada de reef-boring e já está sendo usada em escala piloto. Foram feitos 16 furos e extraídos, neste trabalho preliminar, 30 kg de ouro, sem nenhuma perda, uso de explosivos ou de mineiros. O reef-boring technology é derivado da circulação reversa e pode usar um processo de backfill que irá estabilizar a área sondada.
O método poderá transformar a África do Sul na maior produtora de ouro do mundo, mais uma vez, diz o CEO  Srinivasan Venkatakrishnan
A AngloGold apresentou um prejuízo de 135 milhões de dólares no último trimestre.


Publicado em: 6/11/2013 16:42:

Com dólar mais fraco, ouro fecha em alta

Com dólar mais fraco, ouro fecha em alta

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, subiu US$ 1,50 (0,1%), fechando a US$ 1.314,70 a onça-troy


Scott Eells/Bloomberg
 
Barras de ouro
Ouro: metal se estabilizou após a onda de vendas da semana passada, ajudado também por uma retomada da demanda física da Ásia
São Paulo - Os contratos futuros de ouro negocia na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta segunda-feira, 4, com o apoio do dólar mais fraco.
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, subiu US$ 1,50 (0,1%), fechando a US$ 1.314,70 a onça-troy. Na semana passada, o metal precioso perdeu 2,9%.
O ouro se estabilizou após a onda de vendas da semana passada, ajudado também por uma retomada da demanda física da Ásia.
Walter de Wet, analista de metais preciosos do Standard Bank, afirma que o relatório de emprego de outubro, que sairá nesta sexta-feira, 8, será importante para o mercado.
"Se os dados superarem as expectativas, podemos esperar um fortalecimento do dólar e o ouro voltará a sofrer pressão", disse ele, em nota a clientes.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Nem só de gás vive o xisto: Estados Unidos estão se tornando o maior produtor de óleo do mundo

Nem só de gás vive o xisto: Estados Unidos estão se tornando o maior produtor de óleo do mundo graças a ele

Por Pedro Jacobi 
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Santo xisto!
Após iniciar a maior revolução energética das últimas décadas quando o gás do  xisto modernizou a indústria americana agora é a vez do óleo do mesmo xisto. A  produção americana de gás e óleo aumentou 3,2 milhões de barris equivalentes de  petróleo ao dia atingindo 12,1 milhões de barris por dia. Somente este aumento é  maior do que o consumo total do Brasil. Isso tudo aconteceu em quatro anos!
Hoje os Estados Unidos já se tornaram os maiores produtores de óleo do mundo  superando a gigantesca Arábia Saudita. É a maior expansão e o segundo maior  surto de desenvolvimento da indústria energética americana.
Tudo graças ao xisto e ao método de extração que permite essa revolução: o  fracking.
Xisto IratiEssas notícias são extremamente importantes para a maior economia do mundo que é  a segunda maior importadora e a maior consumidora de óleo do planeta.
A notícia é, ainda mais interessante pois se trata de óleo razoavelmente barato  e competitivo que está tornando os EUA em exportadores de gasolina e  combustíveis destilados.
Somente os recursos de óleo nos xistos ou folhelhos do oeste americano são maiores do que  todos os recursos dos países árabes. A magnitude destas reservas só será  conhecida após muito investimento em prospecção e pesquisa. Mas, enquanto isso,  os Estados Unidos se fortalecem.
A importância do oil shale como os xistos betuminosos são chamados nos EUA é  simplesmente enorme. O que é muito mais expressivo é o fato de que existem  imensos recursos em vários lugares do mundo como a China, Europa, Argentina e,  naturalmente, no Brasil. Se o mundo começar a explorar esse óleo e gás dos  xistos, veremos uma gigantesca revolução energética que irá reduzir os preços do  petróleo no mundo e inviabilizar todas aquelas fontes de óleo com custos  operacionais mais elevados. Os mais conservadores calculam que temos mais de 3  trilhões de barris contidos nesses xistos. Some-se os outros 2 trilhões de  barris das areias betuminosas e veremos que o óleo será por muitas centenas de  anos a principal matriz energética deste mundo.
O que nós, brasileiros estamos fazendo com os nossos xistos betuminosos que  existem do Norte ao Sul do País? Desde 1972 a Petrobras vem investindo em  processo (Petrosix) e em uma planta piloto em S. Mateus do Sul, no Paraná. Por  décadas fomos os mais avançados nesta área mas nunca conseguimos colocar em  produção um grande projeto. Segundo os dados da Petrobras é possível a extração  desse óleo com preços competitivos em torno de $25/barril. Calcula-se que os  projetos de oil shale mundiais irão custar em torno de $30-40 por barril o que  viabilizará a maioria desses novos projetos. (veja  mais ) . Desde 2010 os custos operacionais já caíram 30% podendo cair ainda  mais com novas tecnologias.
Será que o nosso Governo não percebe a importância desta nova fonte de óleo? Até  quando as autoridades irão repetir as frases lidas em manchetes de que a  exploração do xisto polui as águas subterrâneas? Se isso fosse verdade o sistema  legal Americano estaria inundado de processos contra o fracking, pois somente  nos Estados Unidos já existem mais de 144.000 poços com injeção, e as produtoras  já teriam paralisado as suas operações no país. Mas nada disso está ocorrendo. O  uso de água no processo, que é também, um ponto usado contra a produção é  somente 0,1% da água consumida no Estado do Texas, o maior produtor de oil shale  dos EUA. No Texas 85,5% da água vai para a irrigação e agricultura.
O fato é que as mineradoras estão aperfeiçoando as suas técnicas de  exploração que a cada dia menos impacto causam às águas subterrâneas e ao meio  ambiente.
 O Ministério de Minas e Energia deve  enviar URGENTEMENTE  uma comitiva aos Estados Unidos, China e outros países produtores para  estudar a fundo o assunto e ver quais são as soluções modernas utilizadas na  exploração do óleo do xisto e parar de repetir o que é propagado na mídia  sensacionalista.
Será que iremos perder mais esse momento histórico e entrar no óleo e gás do  xisto quando estes forem inviabilizados por uma nova fonte energética mais  barata?


Publicado em: 4/11/2013 16:18:00