quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Com dólar mais fraco, ouro fecha em alta

Com dólar mais fraco, ouro fecha em alta

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, subiu US$ 1,50 (0,1%), fechando a US$ 1.314,70 a onça-troy


Scott Eells/Bloomberg
 
Barras de ouro
Ouro: metal se estabilizou após a onda de vendas da semana passada, ajudado também por uma retomada da demanda física da Ásia
São Paulo - Os contratos futuros de ouro negocia na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta segunda-feira, 4, com o apoio do dólar mais fraco.
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, subiu US$ 1,50 (0,1%), fechando a US$ 1.314,70 a onça-troy. Na semana passada, o metal precioso perdeu 2,9%.
O ouro se estabilizou após a onda de vendas da semana passada, ajudado também por uma retomada da demanda física da Ásia.
Walter de Wet, analista de metais preciosos do Standard Bank, afirma que o relatório de emprego de outubro, que sairá nesta sexta-feira, 8, será importante para o mercado.
"Se os dados superarem as expectativas, podemos esperar um fortalecimento do dólar e o ouro voltará a sofrer pressão", disse ele, em nota a clientes.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Nem só de gás vive o xisto: Estados Unidos estão se tornando o maior produtor de óleo do mundo

Nem só de gás vive o xisto: Estados Unidos estão se tornando o maior produtor de óleo do mundo graças a ele

Por Pedro Jacobi 
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Santo xisto!
Após iniciar a maior revolução energética das últimas décadas quando o gás do  xisto modernizou a indústria americana agora é a vez do óleo do mesmo xisto. A  produção americana de gás e óleo aumentou 3,2 milhões de barris equivalentes de  petróleo ao dia atingindo 12,1 milhões de barris por dia. Somente este aumento é  maior do que o consumo total do Brasil. Isso tudo aconteceu em quatro anos!
Hoje os Estados Unidos já se tornaram os maiores produtores de óleo do mundo  superando a gigantesca Arábia Saudita. É a maior expansão e o segundo maior  surto de desenvolvimento da indústria energética americana.
Tudo graças ao xisto e ao método de extração que permite essa revolução: o  fracking.
Xisto IratiEssas notícias são extremamente importantes para a maior economia do mundo que é  a segunda maior importadora e a maior consumidora de óleo do planeta.
A notícia é, ainda mais interessante pois se trata de óleo razoavelmente barato  e competitivo que está tornando os EUA em exportadores de gasolina e  combustíveis destilados.
Somente os recursos de óleo nos xistos ou folhelhos do oeste americano são maiores do que  todos os recursos dos países árabes. A magnitude destas reservas só será  conhecida após muito investimento em prospecção e pesquisa. Mas, enquanto isso,  os Estados Unidos se fortalecem.
A importância do oil shale como os xistos betuminosos são chamados nos EUA é  simplesmente enorme. O que é muito mais expressivo é o fato de que existem  imensos recursos em vários lugares do mundo como a China, Europa, Argentina e,  naturalmente, no Brasil. Se o mundo começar a explorar esse óleo e gás dos  xistos, veremos uma gigantesca revolução energética que irá reduzir os preços do  petróleo no mundo e inviabilizar todas aquelas fontes de óleo com custos  operacionais mais elevados. Os mais conservadores calculam que temos mais de 3  trilhões de barris contidos nesses xistos. Some-se os outros 2 trilhões de  barris das areias betuminosas e veremos que o óleo será por muitas centenas de  anos a principal matriz energética deste mundo.
O que nós, brasileiros estamos fazendo com os nossos xistos betuminosos que  existem do Norte ao Sul do País? Desde 1972 a Petrobras vem investindo em  processo (Petrosix) e em uma planta piloto em S. Mateus do Sul, no Paraná. Por  décadas fomos os mais avançados nesta área mas nunca conseguimos colocar em  produção um grande projeto. Segundo os dados da Petrobras é possível a extração  desse óleo com preços competitivos em torno de $25/barril. Calcula-se que os  projetos de oil shale mundiais irão custar em torno de $30-40 por barril o que  viabilizará a maioria desses novos projetos. (veja  mais ) . Desde 2010 os custos operacionais já caíram 30% podendo cair ainda  mais com novas tecnologias.
Será que o nosso Governo não percebe a importância desta nova fonte de óleo? Até  quando as autoridades irão repetir as frases lidas em manchetes de que a  exploração do xisto polui as águas subterrâneas? Se isso fosse verdade o sistema  legal Americano estaria inundado de processos contra o fracking, pois somente  nos Estados Unidos já existem mais de 144.000 poços com injeção, e as produtoras  já teriam paralisado as suas operações no país. Mas nada disso está ocorrendo. O  uso de água no processo, que é também, um ponto usado contra a produção é  somente 0,1% da água consumida no Estado do Texas, o maior produtor de oil shale  dos EUA. No Texas 85,5% da água vai para a irrigação e agricultura.
O fato é que as mineradoras estão aperfeiçoando as suas técnicas de  exploração que a cada dia menos impacto causam às águas subterrâneas e ao meio  ambiente.
 O Ministério de Minas e Energia deve  enviar URGENTEMENTE  uma comitiva aos Estados Unidos, China e outros países produtores para  estudar a fundo o assunto e ver quais são as soluções modernas utilizadas na  exploração do óleo do xisto e parar de repetir o que é propagado na mídia  sensacionalista.
Será que iremos perder mais esse momento histórico e entrar no óleo e gás do  xisto quando estes forem inviabilizados por uma nova fonte energética mais  barata?


Publicado em: 4/11/2013 16:18:00 

Depois da bolsa de minério de ferro a China inicia a de carvão

Depois da bolsa de minério de ferro a China inicia a de carvão

A China é a maior produtora e importadora de carvão do mundo. Para aperfeiçoar os negócios de carvão térmico, coque e grafita uma nova plataforma de futuros estará entrando em operação. O comércio futuro de carvão e no mercado spot deve aperfeiçoar este mercado que é vital para o país, onde 70% de toda a energia é provinda da queima de carvão. Esta queima é o principal motivo da enorme poluição que assola o país, causando doenças e paralisando aeroportos e até mesmo cidades.

Indios da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, podem praticar a atividade do garimpo em suas terras

STF autoriza garimpo sem finalidade de lucro na Raposa Serra do Sol

Supremo aceitou pedido de índios para liberar atividade por razão cultural.
Se garimpo tiver caráter econômico, será preciso autorização do governo.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
32 comentários
Índio acompanha julgamento de recursos do caso Raposa Serra do Sol no Supremo Tribunal Federal (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)Índio acompanha julgamento de recursos do caso Raposa Serra do Sol no Supremo Tribunal Federal (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (23), por unanimidade, que os índios da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, podem praticar a atividade do garimpo em suas terras para manter a cultura, mas deverão pedir autorização para o poder público se houver objetivo econômico de lucro.
O tribunal tomou a decisão ao analisar recurso de comunidades indígenas da reserva. Uma das 19 regras estipuladas pelo STF em 2009 definiu que os índios deveriam pedir permissão para atividades de mineração nas suas terras, como o garimpo.
Os índios recorreram sob o argumento de que se trata de uma atividade tradicional das comunidades. Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, as comunidades indígenas usam diferentes tipos de minério em atividades manuais para fabricação de colares e outros objetos. Na região da reserva, há ouro, diamante, nióbio e outros minerais nobres.
O ministro Barroso concordou com o argumento dos índios. "Não se pode confundir a mineração como atividade econômica com formas naturais praticadas nas quais a coleta se configura um modo de vida", afirmou o ministro.
Critérios
Antes de julgar o recurso sobre o garimpo, o último dos sete apreciados nesta quarta (todos os seis anteriores foram rejeitados), o plenário do Supremo já tinha decidido, por maioria, manter o entendimento de que são válidos os critérios utilizados pelo governo para a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.
No julgamento, o Supremo também determinou que o entendimento não tem efeito vinculante, ou seja, não precisa ser automaticamente aplicado por outros tribunais, cabendo a cada juiz avaliar caso a caso.
A decisão foi tomada na análise de uma série de recursos impetrados por produtores rurais, índios, Ministério Público e parlamentares contra julgamento de 2009 no qual, após uma série de conflitos entre índios e fazendeiros, o Supremo determinou a saída imediata dos produtores de arroz e de não índios que ocupavam a reserva de Roraima, além de ter fixado 19 regras sobre demarcação de terras indígenas no país. Os índios são favoráveis aos critérios adotados para a demarcação, que é questionada por produtores rurais.
A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a publicar em 2012 a portaria 303, regulamentando a demarcação de terras no Brasil com base na decisão do Supremo, mas suspendeu sua aplicação até a avaliação dos recursos pelo tribunal.
A decisão proferida não vincula juízes e tribunais quando do exame de outros processos relativos a terras indígenas diversas."
Ministro Luís Roberto Barroso, do STF
Antes da sessão desta quarta, o advogado geral da União, Luiz Inácio Adams, informou que se o Supremo mantivesse o entendimento - como de fato ocorreu - a portaria 303/2012 voltaria a ser aplicada.
As regras
Segundo o relator do processo no STF, ministro Luís Roberto Barroso, as regras estabelecidas pelo Supremo sobre demarcações criaram "polêmica".
Em 2009, o tribunal estabeleceu 19 condições a serem verificadas em todas as terras indígenas demarcadas no território nacional, entre as quais a que autoriza intervenções de interesse da Política de Defesa Nacional na terra indígena e a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal sem prévia consulta aos índios ou à Fundação Nacional do Índio (Funai).
O tribunal [Supremo] extrapolou, traçou parâmetros abstratos e alheios ao que foi proposto na ação originária. [O STF] agiu como verdadeiro legislador."
Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF
Na ocasião, o Supremo também determinou que os índios permitam a entrada de visitantes e pesquisadores não índios na área de conservação ambiental, não cobrem tarifas para permitir a entrada nas terras e não implantem estabelecimentos comerciais nas reservas.
Efeito vinculante
Segundo o ministro Barroso, não se pode dar às regras do caso Raposa Serra do Sol um caráter vinculante a outros processos.
"Essa circunstância, a opção para demarcação da Raposa Serra do Sol, não traduz em ato normativo geral e abstrato em outros eventuais processos. [...] A decisão proferida não vincula juízes e tribunais quando do exame de outros processos relativos a terras indígenas diversas."
Barroso afirmou que as condicionantes servirão de "diretriz". "Tendo a Corte anunciado sua compreensão sobre a matéria é apenas natural que esse pronunciamento sirva de diretriz relevante para autoridades estatais que venham a enfrentar a mesma questão. Mas não têm força vinculante formal para além do caso aqui decidido", afirmou o relator.
Questionamentos
Os ministros Marco Aurélio Mello e Joaquim Barbosa entendiam que, a exemplo do que pediu oMinistério Público Federal, as condicionantes não poderiam ter sido estabelecidas pelo Supremo nem mesmo para o caso Raposa Serra do Sol.
"Eu acolho os embargos [...] por entender que o tribunal extrapolou, traçou parâmetros abstratos e alheios ao que foi proposto na ação originária. [O STF] agiu como verdadeiro legislador", disse Joaquim Barbosa.
Presença de não indios
Ao analisar os recursos, o Supremo confirmou que não índios podem continuar na reserva caso tenham ligação com a comunidade indígena. Ou seja, não é necessário ter laços genéticos.
"O critério adotado [em 2009] não foi genético, mas sociocultural. Podem continuar todos aqueles que integrem a comunidade indígena, não importando se tem antecedentes. O que interessa é sua comunhão com modo de vida tradicional, com índios da região. Pessoas miscigenadas que vivam na comunidade evidentemente podem permanecer", destacou Barroso.
Templos e igrejas
O Supremo definiu ainda que cabe aos índios decidirem sobre a permanência de igrejas e templos em suas terras.
"Não se legitima a presença de indivíduos que tenham como propósito interferir na religiosidade dos índios. [...] Estão em jogo dois direitos atribuídos aos índios: a proteção de suas culturas como integrantes de grupos minoritários e sua autonomia individual. De caber às comunidades, e apenas a elas, o direito de decidir como e em que circunstância se admitirá a presença de tempos e igrejas."
Ampliação das terras
A corte manteve o critério de que é proibida a ampliação das terras demarcadas por parte dos indígenas, mas deixou claro que a União, se julgar que há necessidade de aumentar a reserva, pode tomar essa decisão por meio de procedimento administrativo, desde que indenize os envolvidos.
"Se a União achar que pode e deve ampliar uma determinada terra, ela pode intervir mediante indenização dos envolvidos", citou o relator, que completou que todos os envolvidos devem ser ouvidos, inclusive o Ministério Público.
Ações sobre propriedade na área
O tribunal respondeu ainda uma dúvida de produtores rurais, sobre como ficam os processos individuais na Justiça que questionam o direito à propriedade privada dentro da reserva Raposa Serra do Sol.
Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, todas as instâncias devem julgar conforme o estabelecido pelo Supremo. "Todas as ações pendentes envolvendo terras na área indígena Raposa Serra do Sol deverão  ser julgadas pelas instâncias locais levando em conta a decisão do Supremo", citou Barroso.
O relator afirmou que eventuais disputas por espaço entre os próprios índios devem ser resolvidas pelas comunidades "com participação da Funai e da União".


Astrônomos varrem a galáxia em busca de ouro

Astrônomos varrem a galáxia em busca de ouro

Para cientistas, ouro seria fruto de poderosas explosões e colisões celestes. A formação deste valioso metal nestes processos, contudo, seria imprevisivel.


Junko Kimura/Bloomberg
Barras de ouro
Barras de ouro: cientistas divergem quanto ao processo de formação do metal, mas concordam que são raros
São Paulo – O ouro foi um dos primeiros metais usados pelo homem. Raro e, por isso, muito valioso, este elemento é alvo incessante de exploração mundo afora. E, no que diz respeito às suas origens, astrônomos estão quase certos de que o brilhante e maleável metal surgiu através de processos que resultam de supernovas ou com a poderosa colisão entre estrelas de nêutrons. Ou seja, veio do espaço para a Terra.
Mas, ao que parece, independente de como aconteceu o surgimento do ouro, a verdade é que a ocorrência de processos que o originam é rara.
Segundo o astrônomo Andrew McWilliam, do Observatório Carnegie (Pasadena, Califórnia), em entrevista ao site da Forbes, nem toda supernova seria capaz de produzir ouro. A maioria, disse ele, produz pouco ou nada deste valioso metal.
Difícil de ser encontrado, tanto na Terra quanto em corpos celestes espalhados pela via láctea, a presença de ouro em uma estrela pode ser constatada a partir da verificação da existência de outros elementos que, segundo o cientista, formam-se da mesma maneira. Através de supernovas ou da colisão de estrelas de nêutrons.
Para Chris Sneden, outro astrônomo ouvido pela reportagem, se a ocorrência de um destes fenômenos irá, de fato, formar elementos como o ouro é impossível prever. Apesar disso, explicou o pesquisador, a nossa galáxia foi capaz de “distribuir” elementos como o ouro nas estrelas. Isto faz com que a existência de metais preciosos na Terra ou outros planetas é mais ou menos a mesma.