quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Paracatu garante bom desempenho da Kinross no trimestre

A empresa produziu 648.897 onças de ouro no primeiro trimestre, com as operações em Paracatu sendo responsáveis por mais de 25% da produção nos primeiros três meses do ano. O lucro no trimestre apresentou queda, enquanto que a receita teve um pequeno aumento, fechando a US$ 1,058 bilhão.
A Kinross, empresa com sede em Toronto, Canadá, anunciou hoje os resultados financeiros e operacionais do primeiro trimestre de 2013. A produção de ouro foi de 648.897 onças de ouro, um aumento de 10,2% em relação as 588.358 onças produzidas nos primeiros três meses do ano passado.
A produção no Brasil, com a operação em Paracatu (MG), foi responsável pela produção de 119.891 onças de ouro no trimestre.
A produção nas operações da América do Sul foi de 228.682 onças. A região foi a que apresentou melhor desempenho no trimestre. A Kinross informou que a região deverá atingir a meta de produção e de vendas em 2013. O taxa de recuperação e a produção no moinho continuam melhorando em Paracatu.
A baixa produção na operação Cerro Casale, no Chile, foi devida ao baixo desempenho da lixiviação e a menores teores deouro. No segundo semestre do ano, a empresa irá suspender as operações em La Coipa, também no Chile.
O lucro total no trimestre foi de US$ 170 milhões, o que representa uma diminuição em relação aos US$ 196 milhões no mesmo período do ano passado. A receita teve um pequeno aumento de US$1,005 bilhão no primeiro trimestre de 2012 para US$ 1,058 bilhão em 2013. A receita operacional líquida foi de US$ 411,8 milhões ou US$ 0,36 por ação.
A projeção de produção para 2013 é de 2,4 milhões a 2,6 milhões de onças de ouro, com gastos de capital estimados em US$ 1,6 bilhão. A Kinross tem, na América Latina, operações no Brasil, Chile e Equador.

Vale encontra zona mineralizada de cobre, ouro e prata no projeto Santana

A Corex Gold divulgou o resultado de um dos furos da campanha de sondagem do projeto de cobre e ouroSantana, no México. O furo interceptou o intervalo entre 173 metros e 222 metros com teor 1,5% de cobre, 0,37 gramas por tonelada de ouro e 97,5 gramas por tonelada de prata. A Vale Exploraciones México, subsidiária da Vale, é a operadora do projeto.
Projeto de ouro Santana, no MéxicoEsse foi o primeiro furo da primeira fase da campanha de sondagem, que abrange 4 mil metros. Os resultados apontam uma significativa zona mineralizada de cobre, ouro e prata na zona Benjamin, que faz parte do projeto Santana.

“Esse furo de sondagem na zona Benjamin é especialmente relevante, porque confirma o potencial do site em possuir uma grande tonelagem do sistema porfírico de cobre, ouro e prata”, disse Craig Schneider, presidente e CEO da Corex.

De acordo com o executivo, a empresa aumentou as condições, no que diz respeito a recursos e exploração, de uma rápida evolução no projeto. “O resultado desse furo combina com zonas de óxido e sulfureto com ocorrências de ouro que foram reportadas em campanhas de sondagem antigas”, completou Schneider.

A Corex acredita que, pelo fato do projeto estar no cinturão onde há minério, a mineralização que foi descoberta em Santana pode ser periférica e relacionada a um sistema porfírico não aflorado.

Resultados de sondagem de outros furos da primeira fase da campanha de sondagem vão ser divulgados, assim que a Corex receber as informações da Vale.

No ano passado, a Corex e a Vale Exploraciones México assinaram um acordo que garante à subsidiária da mineradora brasileira adquirir até 65% de participação no projeto de cobre e ouro Santana. Para a aquisição de até 51% do projeto, a Vale se comprometeu a investir US$ 8 milhões em atividades de exploração por um período de três anos. Depois, a mineradora brasileira poderá adquirir mais 9% com investimentos de US$ 4 milhões e outros 5% por mais US$ 4 milhões.

O projeto Santana fica no estado de Sonora, a cerca e 80 quilômetros da mina de cobre Cananea, operada pelo Grupo México. A Corex Gold é uma empresa canadense criada para aquisição, exploração e desenvolvimento de depósitos de metais preciosos no México. O principal projeto da mineradora no país é o Zuloaga, que fica no estado de Zacatecas.

Avenue dá início a campanha de sondagem em projeto de estanho Azul

A Avenue Resources deu início à campanha inicial de sondagem do projeto de estanho Azul, em Tocantins. A mineradora vai realizar sondagem de mil metros nessa fase inicial, mirando um total de dez mil metros até o fim da campanha. A empresa divulgou a informação nesta sexta-feira, por meio de comunicado.
A Avenue seguiu com o cronograma divulgado em agosto, quando anunciou que a campanha inicial de sondagem teria início no quarto trimestre de 2013, entretanto, na época, a previsão foi de dois mil metros.

A mineradora definiu um alvo de três a cinco milhões de toneladas com teor entre 0,8% e 1,2% de estanho. A produção estimada pela empresa é de 24 mil a 60 mil toneladas. A mineralização de estanho no projeto Azul permanece aberta e se dá em todas as direções, incluindo duas cavas rasas previamente escavadas por garimpeiros.

Amostra de estanhoAmostras do corpo mineral exposto nestas cavas rasas mostraram bons resultados. Na cava sul, 5,12 metros com teor de 1,53% deestanho e na cava norte, 8,12 metros com teor de 1,79% deestanho. Resultados de sondagem adamantada realizada anteriormente apontam entre 8,9m e 12,42m com teor de 1% deestanho, entre 2,53m e 25,27m com teor de 4,29% de estanho e entre 5,52m e 19m com teor de 1,41% de estanho.

Em março, a Avenue adquiriu o projeto de estanho Azul, em Tocantins. O empreendimento, que estava parado desde 1985, tem área total de 671 hectares e fica a cerca de 20 quilômetros do município de Palmeirópolis.

No mês de agosto, depois da aprovação e aceitação da oferta de todos os acionários, a Avenue anunciou a aquisição total da Lotus Mining. Uma fusão que reforçou a estratégia da mineradora em se tornar uma exploradora e desenvolvedora global de estanho.

A empresa possui mais dois projetos de estanho no Brasil. Um deles é o São Lourenço, que fica em Rondônia, a 200 quilômetros da capital Porto Velho. O projeto engloba sete licenças de mineração e é considerado um dos maiores distritos produtores de estanho no Brasil.

West Coast Minerals quer iniciar projeto de estanho em Rondônia

Representantes da mineradora australiana West Coast Minerals se reuniram com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondônia para tratar de projetos minerais no estado. A mineradora quer desenvolver projetos de estanho, terras-raras e outros minerais em sua propriedade Primavera.
A mineradora australiana West Coast Minerals está interessada em projetos de mineração no estado de Rondônia, informou a assessoria de comunicação do governo do estado. Na última quarta-feira, representantes da mineradora foram recebidos pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), Emerson Castro.
A West Coast é detém a concessão Primavera, no norte do estado. A companhia pretende explorar a área rica em estanho. Para isso, os diretores da companhia Ray Muskett e Joe Fundacero participaram da reunião com o governador de Rondônia.
O secretário da Sedes confirmou que o governo vem trabalhando para estimular a atração de novas empresas e a vinda de uma grande indústria de mineração faz parte desse objetivo.
Também estiveram presentes ao encontro, o presidente da Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), Moisés Góes, e os empresários brasileiros Edison Piacentini, Edson Rabel e Rosângela Rabel.
Ray Muskett e Joe Fundacero informaram que já fizeram estudos em Rondônia e têm interesse em prospecção de minérios e produtos minérios como cassiterita (estanho), tungstênio, columbita (nióbio), tantalita e ilmenita e no grupo de minerais conhecido como terras-raras.
“O Estado de Rondônia possui uma das maiores jazidas de nióbio do mundo, trata-se de um mineral muito valorizado pela indústria de celulares e computadores”, afirmou Edison Piacentini.
“Os minerais chamados de terras-raras possuem alto valor no mercado de commodities”, disse o secretário Emerson Castro.
Além do projeto de estanho e terras-raras no Brasil, a West Coast Minerals possui projeto de minério de ferro em Western Australia, na Austrália, onde produz 3 milhões de toneladas por ano. Segundo a companhia, ela possui várias propriedades em diversas áreas do Brasil.
A companhia tem vasta experiência na exploração de minérios e se diferencia por utilizar equipamentos de alta tecnologia e processos sustentáveis, de baixo impacto ambiental.

Lei pode autorizar exploração de fundo de rios

A extração de areia, cascalho, ouro, diamantes em fundo de rios, pode voltar a ser legal em Minas Gerais. Caso o projeto de lei 3.614/12 seja sancionado pelo governador do estado, rios como São Francisco e Jequitinhonha poderão se tornar alvo de mineradoras.
O projeto de lei 3.614/12, que foi aprovado em primeiro turno pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, propõe a autorização do “revolvimento de sedimentos para lavra de recursos minerais” nos rios do Estado. Se aprovado, ele permitirá a exploração mineral em importantes rios como São Francisco e Jequitinhonha.
A partir daí, as mineradoras poderão dragar o fundo dos rios de preservação permanente. O projeto é obra do deputado Lafayette de Andrada, que apresentou o documento na Assembleia Legislativa em dezembro.
Materiais como cascalho, areia, diamantes e ouro podem ser encontrados nos rios que cortam o Estado, segundo informações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em Minas Gerais.
A lavra em rios, se feita sem o devido planejamento ambiental, pode prejudicar a reprodução de peixes, contaminar a água, impactar no comportamento do rio, provocando mudança de curso ou assoreando áreas.
Um dos mais importantes rios do país, o São Francisco, um dos que podem ser explorados, passa por dentro do Estado da Bahia. Em entrevista ao NMB, o diretor técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e geólogo, Rafael Avena, disse que mesmo que a lei seja aprovada, cada projeto de exploração deverá passar por avaliação e ter autorização de órgãos ambientais.
“Cada processo tem que ser avaliado criteriosamente. Antigamente o garimpeiro jogava o próprio mercúrio no rio e contaminava a área. Se for estragar o rio, não vale a pena autorizar o projeto”, opina.
Segundo ele, atualmente os órgãos de meio ambiente não dão mais autorização para esse tipo de lavra. Em 2004, uma lei vetou esse tipo de atividade, que era exercida muitas vezes por garimpeiros.
Depois de passar pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o projeto foi aprovado em plenário. O presidente da Comissão de Meio Ambiente e relator do projeto, Célio Moreira, já deu parecer favorável à aprovação do projeto.
Se aprovado em segundo turno, o texto irá para as mãos do governador Antônio Anastasia, que decidirá se dará ou não sanção ao documento.
Depois de pressão de ambientalistas, o autor do projeto pensa na hipótese de retirar o projeto, alegando que foi ele foi todo modificado e não atende mais à proposta inicial que era permitir apenas a extração artesanal de areia e cascalho, com autorização prévia de órgãos ambientais. Segundo Moreira, foram incluídos no projeto, partes que nem ele mesmo aprova.