quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

As exportações de gás e óleo: o grande negócio do futuro parece distante do Brasil

As exportações de gás e óleo: o grande negócio do futuro parece distante do Brasil
  No futuro próximo o grande negócio não mais estará do lado do minério de ferro, do ouro ou das terras-raras, mas sim do óleo e do gás. No mundo moderno existem grandes potencias econômicas que são totalmente dependentes da importação de óleo e gás. Um bom exemplo é o Japão, a terceira maior economia do mundo.
Após o desastre de Fukushima o Japão está erradicando as usinas nucleares e isso o torna um grande importador de óleo e gás. Somente em 2013 essas importações subiram 13% e em 2014 não será melhor. A lista de importadores como a China, a Índia e vários países europeus só faz crescer, prenunciando que os países exportadores de gás e óleo serão os grandes ganhadores desse novo superciclo. Novas potências econômicas serão criadas e outras fortalecidas.
 Será que o Brasil participará desse novo ciclo de crescimento?
Os Estados Unidos estarão entre os ganhadores graças aos enormes avanços na produção de gás e óleo a partir dos folhelhos. Esses folhelhos, ou xistos para os brasileiros, irá causar uma revolução econômica nos EUA, a partir de 2020, maior ainda do que já causou até agora. Após 2020 os Estados Unidos serão totalmente autossuficientes e grandes exportadores de óleo e gás. Isso vai ocorrer no momento em que muitos países produtores têm seus poços em exaustão e com baixa produção.
Aqui no Brasil, infelizmente, ainda não caiu a ficha para a maioria dos políticos e burocratas do Governo, que controla, com mão de ferro, o setor de energia e a Petrobras.
Cada dia que passa está mais longe a nossa autossuficiência em óleo e gás. Não que o gigantesco Brasil não tenha enormes recursos. Mas, simplesmente porque faltam política, a estratégia e os investimentos corretos.
O Brasil colocou todas as fichas no pré-sal onde os custos são elevados e a produção e prospecção é mais lenta. Enquanto os demais países produtores reduzem os custos de produção do barril nós, no pré-sal, só aumentamos. Talvez em um futuro próximo, quando o pré-sal esteja produzindo aquilo que o Governo promete, os custos elevados irão inviabilizar a exportação deste óleo.
Sofremos de uma carência de planejamento a longo-médio prazo, pois, infelizmente, os nossos políticos e governantes só conseguem pensar, no máximo em um horizontes de 8 anos. É nesta estratégia política distorcida que os planos para a autossuficiência do país se encontram, perdidos.
No jogo político o negócio é inaugurar no último ano do mandato, prometer tudo nas eleições e empurrar com a barriga por 7 anos sem cumprir 50% do que foi prometido.
Como pensar em um plano de 20-50 anos se os nossos políticos só olham para o próprio umbigo, no curto prazo e envenenam e inviabilizam com suas politicagens demagógicas os bons planos que possam existir?
Quando ouvimos os digníssimos ministros e os líderes das empresas de petróleo tudo parece estar andando as mil maravilhas. A produção está crescendo e o país está quase lá... prometem.
Uma pena, mas essa história não é corroborada pelos números.
Somente agora vimos um aumento de 2,5% na produção do pré-sal em novembro, segundo informa a ANP. Em dezembro o pré-sal produziu 346.100 barris por dia de óleo e 12,1 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Muito longe do previsto e muito longe do consumo interno brasileiro. A produção de óleo e gás em novembro de 2013 foi apenas 1,4% acima da produção de novembro de 2012.
Estamos involuindo.
Por mais bonita que seja a retórica e a semântica Governamental um fato permanece estampado: estamos importando mais e produzindo menos.  A conta não bate e os investidores, que não são trouxas, abandonam a Petrobras vendendo as ações.
O Brasil deveria estar produzindo a partir dos folhelhos, nos vários Estados, onde estes ocorrem. Desta forma ao produzir gás ou óleo em um determinado Estado isso iria não só aumentar a produção, mas também reduzir os custos de produção e transporte beneficiando a população local que paga um custo de frete elevadíssimo, graças às distâncias das refinarias e às estradas esburacadas do interior. Neste cenário não só atingiremos a autossuficiência, mas, também, reduziremos os fretes, os preços dos combustíveis no interior do país interiorizando as riquezas e, muito provavelmente, entraremos na briga da exportação do óleo e gás. Se a nossa Presidenta quisesse...poderíamos ter um futuro brilhante. Basta planejar!
Não ter um plano que contemple a imediata produção de gás e óleo a partir dos imensos jazimentos de folhelhos que temos de Norte ao Sul é de uma incompetência letal. Letal para nós, os brasileiros que ainda bebemos e comemos as mazelas de um país subdesenvolvido sentado em cima de reservas minerais de um país de primeiro mundo.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Ibama ataca garimpos de diamantes na TI Roosevelt

Ibama ataca garimpos de diamantes na TI Roosevelt

Três garimpos foram desativados durante a operação (Foto: Ibama/Divulgação)

Espigão do Oeste. Garimpeiros ilegais foram flagrados operando máquinas de garimpo pelo Ibama, Polícia Federal e Funai, quando tentavam retomar a extração ilegal de diamantes na Terra Indígena Roosevelt em Rondônia. Os responsáveis foram identificados e responsabilizados quanto a legislação ambiental e crimes correlacionados. Os 17 motores que funcionavam no garimpo foram destruídos para evitar a continuidade dos danos ambientais.  A destruição de equipamentos, máquinas e estrutura envolvida no garimpo ilegal, como as balsas fluviais, é uma medida prevista em lei e utilizada em situações como esta. O Ibama alerta que os garimpeiros devem buscar a legalidade ambiental para evitar multas, embargos e perda de equipamentos, máquinas e estrutura.
A Terra Indígena Roosevelt conhecidamente é possuidora de reservas minerais de diamante, mas a extração ilegal continuará sendo reprimida com rigor em operações conjuntas como esta. A operação de fiscalização foi planejada e executada conjuntamente entre o Ibama, Polícia Federal e Funai.
A CPT RO tinha denunciado em 29 de abril o funcionamento clandestino do garimpo.
A extração ilegal de minérios realizada em terras da União pode ser denunciadas ao Ibama e aquelas realizadas em áreas particulares ao órgão ambiental estadual para apuração, por questão de competência legal, conforme prevê a Lei Complementar nº140/2011.
Fontes: Tudorondonia/ Dipro/Ibama

Preocupado com os preços do minério de ferro? Não é motivo para ficar: está começando o Ano do Cavalo

Preocupado com os preços do minério de ferro? Não é motivo para ficar: está começando o Ano do Cavalo
Estão começando as festividades do novo ano chinês: o Ano do Cavalo. Por mais de uma semana tudo vai parar na China. Bilhões de passagens serão emitidas e praticamente todos os chineses estarão engajados nas celebrações do ano novo, o ano do cavalo. Até os trens de transporte de carga estão parados para que o sistema dê vazão às centenas de milhões que irão trafegar.
Não é a toa que os preços das commodities estão em queda. Os chineses anteciparam as festividades e tem estoques no pátio. Assim que as festividades acabarem é que veremos quais são as tendências reais. Agora é festa!
Um bom Ano do Cavalo a todos.

Vale passa a controlar nova tecnologia de ferro gusa

Vale passa a controlar nova tecnologia de ferro gusa 
Alguns anos atrás uma empresa chamada Tecnored desenvolveu um processo de produção de ferro gusa altamente inovador. Tratava-se do processo Tecnored que usava um forno menor com mais baixa temperatura e, o que é muito importante, poderia queimar não só o coque, mas carvão vegetal, finos de carvão, biomassa e até resíduos de pneus. O forno Tecnored era tudo que os produtores de gusa do Brasil queriam ter. Custos muito inferiores, um tempo de permanência 12 vezes menor e flexibilidade, muita flexibilidade. O forno ficou em operação por algum tempo para que os interessados pudessem estudar e encomendar.
No entanto, assim que viu a chegada de uma séria concorrência, onde os guseiros iriam produzir um gusa muito mais barato a Vale entrou no negócio e comprou 37% da Tecnored em 2009.
A partir desse momento a Tecnored/Vale parou de vender o forno para os interessados e a possível competição nunca chegou a ocorrer. Com isso a produção de gusa no Brasil involuiu décadas até chegar no ponto onde, praticamente todos os  guseiros de Marabá e Açailândia simplesmente quebraram. Será que com o Tecnored eles teriam uma chance? Possivelmente!
Finalmente, hoje o CADE aprovou a tomada do controle da Tecnored pela Vale que irá comprar 31,79% do capital social detidos pelo BNDES.
Talvez agora a Vale possa produzir gusa em maiores quantidades, para exportação, como sugerido, várias vezes, pelo Portal do Geólogo. Pelo menos, já que ela não libera a compra dos fornos para os guseiros brasileiros, ela poderá maximizar as suas exportações, que são, na maioria, de minério sem nenhum valor agregado...

Brasil: falta dinheiro para infraestrutura, saúde e educação, mas sobram bilhões para investir em porto cubano

Brasil: falta dinheiro para infraestrutura, saúde e educação, mas sobram bilhões  para investir em porto cubano
Somos um país de contrastes.
Estradas péssimas e esburacadas matam milhares por ano. Ferrovias sucateadas não são capazes de transportar a nossa produção. Nossa maior empresa de petróleo está mergulhada na maior dívida do mundo e perde valor a cada dia que passa. Temos uma mineração que afugenta os investidores ao invés de atraí-los.
No outro lado desta moeda investimos bilhões em estádios de futebol e, agora, em um porto na distante Cuba.
 É isso mesmo que você, caro leitor, está lendo: estamos investindo 2,2 bilhões de reais em um porto cubano enquanto os nossos portos carecem de investimentos.
Tudo isso com o aval da Presidente Dilma que alegremente inaugurou o terminal portuário de Mariel parcialmente financiado pelo nosso BNDES.
Mais uma, para nos fazer sentir o gosto amargo da desesperança.


Publicado em: 31/1/2014 22:20:00 Autor: Pedro Jacobi
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