quarta-feira, 16 de abril de 2014

Enquanto isso, no Oceano Ártico...

Enquanto isso, no Oceano Ártico...
Quando todos esperam um cenário de catástrofe, o clima muda e o gelo do Oceano Ártico apresenta, em abril, a sua quinta maior cobertura em 36 anos, muito similar a cobertura máxima de 1983.
O interessante é que em 21 de março de 2014 (imagem) a cobertura do gelo era uma das menores para a mesma época. Compare com a cobertura do gelo em 27 de março de 2012 que era muito maior.
A imagem de poucas semanas atrás nos induzia a crer que este seria um dos piores anos da história da cobertura do gelo do Oceano Ártico.
Mas, graças às oscilações do clima, tudo mudou e a cobertura de gelo em abril é uma das maiores da história.
Essas mudanças climáticas de curto prazo mostram a falta de precisão dos parâmetros que embasam muitas teorias.
É fácil pegar um ponto e extrapolar. Para um ou outro lado...
A verdade é que sabemos pouco, muito pouco sobre a evolução do clima e suas consequências. Até assuntos como o aquecimento global que a Terra está sofrendo nos últimos 11.000 anos, que fez o nível do mar subir mais de 121 metros, graças ao degelo pronunciado no mundo inteiro, um fato conhecido pelos geólogos, astrônomos e paleontólogos, passam despercebido para o cidadão médio que piamente acredita que o aquecimento global é um subproduto da poluição causada pelo Homem. 



Estatísticas casuísticas, divulgadas pela própria NASA, como a de que o verão Ártico começa 5 dias antes a cada década nos leva a crer que a Terra está aquecendo nesta mesma velocidade o que não é real pois essa observação não está sendo observado na Antártica.
O que se vê é uma Terra muito mais equilibrada do que se pode imaginar. A todo grande inverno no Hemisfério Norte corresponde a um forte verão no Hemisfério Sul.
Somente agora que começamos a entender a influência das correntes submarinas no clima e, a cada dia que passa, mais entendemos que o que ocorre no Ártico não pode ser extrapolado para o Sul ou vice-versa.
Pouco sabemos.
Não é a toa que muitos cientistas criticam os que pregam a continuidade do aquecimento global, dizendo que já estamos em um novo período de resfriamento global que começou na última década. O último resfriamento global impactante ocorreu entre 1890 e 1915 e foi um resultado da influência do Sol.
Esse é um debate que só será resolvido em centenas de anos. Espere e verá.


Chileno pensa ligar rede elétrica brasileira ao norte do Chile

Chileno pensa ligar rede elétrica brasileira ao norte do Chile
Samir Kouro um investigador do Solar Energy Research Center (SERC Chile) acredita que o Chile poderá ser um grande produtor e exportador de energia solar. Segundo Kouro o Chile tem condições peculiares que permitem que o país possa ser uma grande “potência da energia solar” mundial. O deserto de Atacama é o local ideal para o desenvolvimento dos projetos e pesquisas que mudarão a história energética do país.
Nos planos de Kouro deveria existir uma ligação com a rede elétrica brasileira, um corredor energético alimentado por hidrelétricas brasileiras e pela energia solar chilena, para vender a energia excedente e viabilizar o potencial chileno.
O projeto do chileno nos parece muito futurístico e muito ambicioso: segundo ele, será necessária  uma área, nada mais nada menos, do que 4.000km2 para gerar toda essa energia. Isso corresponde a 4% de toda a área do deserto de Atacama...

Chineses pagam cash por jazimento gigante peruano e consolidam estratégia agressiva

Chineses pagam cash por jazimento gigante peruano e consolidam estratégia agressiva
A gigante chinesa Minmetals não está de brincadeira. Eles fizeram uma oferta de 6 bilhões de dólares pela mina de cobre de Las Bambas. Las Bambas, de propriedade da Glencore Xtrata irá produzir 450.000 toneladas de cobre nos seus primeiros 5 anos. Esse metal irá alimentar a China, a maior importadora de cobre do mundo. Só essa mina irá produzir quase tanto cobre quanto toda a produção do Canadá, um país mineiro por tradição.
Esse fato já começa a preocupar muitos, pois colocará a China não só como a maior importadora, mas como uma grande produtora, o que vai com certeza, aumentar o seu poder de barganha nas grandes negociações.
Esta será a estratégia chinesa para outras commodities como o minério de ferro. Vem aí uma grande virada de mesa.

A ponta do iceberg: mineradores fogem do Brasil e deverão investir US$10 bilhões a menos nos próximos anos

A ponta do iceberg: mineradores fogem do Brasil e deverão investir US$10 bilhões a menos nos próximos anos
Assustados com a volatilidade das leis brasileiras, com as demoras na obtenção de licenças ambientais, com os atrasos do Ministério de Minas e Energia, com uma infraestrutura deficitária, falta de ferrovias e de portos e, principalmente, com o novo código mineral e suas implicações os mineradores estrangeiros começam a abandonar o Brasil e levam com eles mais de 10 bilhões de dólares que deveriam ser investidos em nossa mineração.
Segundo o Ibram os investimentos no setor para 2014 a 2018 ficarão em torno de US$54 bilhões, o que demonstra claramente esse ponto. Enquanto os investimentos em mineração previstos para a América Latina e África crescem exponencialmente, no mesmo período, aqui eles somem.
Esse efeito tem um nome: Governo Brasileiro. O desinvestimento que vemos ocorre graças a uma política casuística que paralisou as concessões minerais por mais de dois anos onde o governo tentou aprovar um código mineral sem discuti-lo com os setores da mineração e da sociedade. Essa atitude acabou gerando incertezas e questionamentos sobre a seriedade do Brasil e naturalmente afugentou os investidores.
Quem vai colocar bilhões em um país que pode mudar, unilateralmente, as regras do jogo?
 Hoje estamos colhendo os frutos do mau gerenciamento do setor, com milhares de desempregados e com a fuga de investimentos.
Sem contar no quase total desaparecimento da pesquisa mineral que vai atrasar, mais ainda, o retorno dos investidores pela simples falta de novas descobertas minerais que caracterizará os próximos 10 anos.
Se nada for feito para reverter esse quadro de desastre potencial, enquanto é possível, colheremos décadas de retrocessos enquanto o resto do mundo vai comemorar um novo ciclo de investimentos e riquezas.
Pense nisso.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Algumas gemas possuem uma curiosa propriedade, chamada chatoyance

Algumas gemas possuem uma curiosa propriedade, chamada chatoyance, palavra francesa que significa olhar de gato. Trata-se de uma faixa luminosa que parece flutuar sobre a gema e que se desloca quando ela é movimentada.
Entre as pedras preciosas que exibem esse fenômeno, uma das mais comuns é o olho-de-tigre. Nesse caso, a faixa luminosa é devida à reflexão da luz em feixes de fibras onduladas.

Asterismo com estrela de 6 pontas
Fonte: Gemas do Mundo, de Walter Schumann

O olho-de-gato com chatoyance
Fonte: Gemstones, da Sterling Publishing
O olho-de-tigre sempre foi considerado um quartzo que se formou por pseudomorfose sobre crocidolita. Isso significa que a crocidolita, o mineral original, que é fibrosa, teria tido sua composição alterada, passando a ser um quartzo, mas mantendo a estrutura original, daí o nome pseudomorfose (falsa forma). Em artigo publicado em 2003, Peter Heaney & Donald Fisher mostraram, porém, que a chatoyance, nesse caso, resulta da formação simultânea de quartzo e crocidolita em fraturas, durante várias fases, com pequenos deslocamentos dos blocos fraturados entre uma fase e a seguinte.
Há casos em que o mineral mostra chatoyance não por ter uma estrutura fibrosa, mas sim por possuir cavidades tubulares muito finas e paralelas. É o caso do olho-de-gato, variedade de crisoberilo, que tem 25.600 dessas cavidades por centímetro. Nele, a faixa luminosa é mais nítida que no olho-de-tigre.
Como o olho-de-gato é uma das gemas mais valiosas, muitas vezes chamam-se assim outras pedras preciosas que têm chatoyance, o que não é correto. Se uma turmalina, por exemplo, mostra chatoyance, ela pode ser chamada de turmalina olho-de-gato, mas não de olho-de-gato apenas.
Se a gema mostra mais de uma faixa luminosa, tem-se um caso particular de chatoyance, chamado asterismo (do latim aster, estrela). Ele pode ser visto por exemplo, no rubi e na safira.

Chatoyance em olho-de-gato

Rubi com chatoyance
Fonte: Gemstones, da Sterling Publishing

alexandrita