quinta-feira, 1 de maio de 2014

Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante






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Geólogos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante

Geológos criam mapa-múndi de possíveis minas de diamante
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.
Em busca dos diamantes
Embora alumínio, minério de ferro e petróleo sejam as riquezas exploradas atualmente pela mineração em maior escala, o ouro e o diamante sempre estiveram ligados aos grandes anseios não apenas dos mineradores, mas da própria humanidade.
O ouro não resistiu ao desenvolvimento das novas técnicas geoquímicas e geofísicas, e hoje seus depósitos são mais facilmente detectáveis, ainda que a exploração desses depósito nem sempre seja economicamente viável.
Mas o diamante tem permanecido fugidio. Localizar reservas de diamante é muito mais difícil do que encontrar agulhas em meros palheiros, tornando um "mapa da mina de diamante" provavelmente muito mais valioso do que um "mapa da mina de ouro".
Tipos de minas de diamante
Há dois tipos de "minas de diamante" - que os geólogos chamam de ocorrência. Uma ocorrência de grande porte e já mensurada passa a ser considerada uma reserva. E uma reserva explorada comercialmente torna-se uma mina.
O primeiro tipo são os diamantes de aluvião, cuja rocha matriz - onde diamante nasceu - sofreu um desgaste erosivo ao longo de milhões de anos, fazendo com que as preciosas pedras rolassem e se depositassem em regiões mais baixas dos leitos d'água, atuais ou passados. Todos os diamantes encontrados no Brasil são desse tipo de reserva mineral.
O segundo tipo é o kimberlito, a rocha matriz onde o diamante se forma, a grandes profundidades e pressões enormes. Movimentos tectônicos, ou a própria erosão do terreno circundante, podem deixar essas rochas até bem próximo da superfície, facilitando a exploração. A maioria das grandes minas de diamante, como as da África do Sul, são minas de kimberlito.
Mapa da mina de diamante
Mas, como se formam a profundidades muito grandes, encontrar kimberlitos é muito difícil e não existem muitas técnicas para que isso seja feito em larga escala.
Agora, em um trabalho de grande impacto na área, um grupo internacional de geólogos conseguiu mapear milhares de kimberlitos ao longo de toda a Terra. O estudo poderá ajudar na localização de áreas com maior probabilidade de se encontrar diamantes.
O resultado não é um mapa da mina definitivo, porque os esforços se concentraram em áreas mais antigas da crosta continental, uma faixa de pouco mais de 300 quilômetros de espessura e 2,5 bilhões de idade.
O motivo é que estão ali os diamantes de extração mais economicamente viável.
Como se formam os diamantes
Os diamantes são formados em condições de alta pressão a mais de 150 mil metros de profundidade, no manto, a camada da estrutura terrestre que fica entre o núcleo e a crosta.
A distribuição desses diamantes no subsolo é controlada por plumas mantélicas, um fenômeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma de regiões profundas. Essa distribuição natural tem sido feita dessa forma há pelo menos meio bilhão de anos.
As plumas, originadas da fronteira entre o núcleo e o manto terrestre, são responsáveis pela distribuição dos kimberlitos, as raríssimas rochas vulcânicas das quais são retirados os diamantes.
Os cientistas reconstruíram as posições das placas tectônicas nos últimos 540 milhões de anos de modo a localizar áreas da crosta continental relativas ao manto profundo nos períodos em que os kimberlitos ascenderam.
"Estabelecer a história da estrutura do manto profundo mostrou, inesperadamente, que dois grandes volumes posicionados logo acima da divisa entre o manto e o núcleo têm-se mantido estáveis em suas posições atuais no último meio bilhão de anos," disse Kevin Burke, professor de geologia na Universidade de Houston, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo.
Dúvidas geológicas
De acordo com os pesquisadores, esses kimberlitos, muitos dos quais trouxeram diamantes de mais de 150 quilômetros de profundidade, estiveram associados com extremidades de disparidades em grande escala no manto mais profundo. Essas extremidades seriam zonas nas quais as plumas mantélicas se formaram.
Estranhamente, contudo, suas localizações parecem ter-se mantido estáveis ao longo do tempo geológico.
"O motivo para que esse resultado não tenha sido esperado é que nós, que estudamos o interior da Terra, assumimos que, embora o manto profundo seja sólido, o material que o compõe deveria estar em movimento todo o tempo, por causa de o manto profundo ser tão quente e se encontrar sob elevada pressão, promovida pelas rochas acima dele", disse.

DIAVIK – DIAMANTES NO GELO

DIAVIK – DIAMANTES NO GELO
 
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A mina Diavik escava as raízes de antigos vulcões, localizados embaixo das águas árticas do lago de Gras, a procura de diamantes.
A mina Diavik está localizada a 300 km da capital dos distantes Territórios  do Noroeste do Canadá, Yellowknife, uma região remota e desolada. A mina uma joint ventura entre a Diavik Diamond Corporation Mines Inc. e a Harry Winston Diamond Corporation, iniciou a produção de diamantes em janeiro de 2003 e, atualmente, emprega mais de 800 pessoas. Desde do seu início a Diavik produz milhões de quilates de diamantes. O que a diferencia das demais minas de diamante, é a abordagem inovadora utilizada para a sua mineração devido a sua peculiar localização. Uma tecnologia de barragem sem precedentes foi usada para expor o leito do lago (que está acima dos depósitos de diamantes) e represar de maneira segura as suas águas, permitindo a construção de uma mina a céu aberto. Em todas as sua operações, a Diavik tem como compromisso operar de forma segura, protegendo o meio ambiente e fazendo contribuições positivas para as comunidades da região. A mina opera seguindo o desenvolvimento sustentável, procurando maximizar os recursos minerados, buscando oportunidades para melhorar os benefícios sócio-econômicos e a natureza, e reduzindo efeitos adversos que possam resultar as sua operação.
 
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No mercado internacional, os diamantes Diavik oferecidos são pedras brutas com qualidade de gema, pesando 1ct ou mais, com boa cor, pureza e formato. Os diamantes possuem um bom conceito no mercado externo e muitos centros que trabalham com diamantes tem interesse em recebê-los. Os diamantes canadenses são bem vistos devido ao seu valor, distinção e por sua origem limpa (não são provenientes das zonas de conflitos). O Canadian Federal Government’s Competition Bureau definiu como diamante canadense o diamante minerado no Canadá. O governo dos Territórios do Noroeste do Canadá introduziu um programa para certificar diamantes selecionados, que são minerados, cortados e lapidados nesses locais. Assim, uma quantidade de gemas de excelente qualidade está disponível para os diamantários dessa área e de outras regiões canadenses.
 
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Diamantes de alta qualidade da mina Diavik
Em 2012 a mina produziu 119 milhões de quilates de diamantes brutos
 
Os diamantes da mina Diavik foram forjados sob intensas condições de calor e pressão nas profundezas da terra do ártico. Há 55 milhões de anos, atividades vulcânicas lançaram o magma do kimberlito para a superfície, trazendo consigo minérios carregadores de diamantes formando os pipes (condutos vulcânicos) de kimberlitos, os quais são hoje minerados. A mina está localizada em rochas pré-cambrianas da Província Geológica Slave. Esta rocha foi formada aproximadamente, 2,7 a 2,5 bilhões de anos e está entre as estruturas mais antigas do mundo. A Província Geológica de Slave é conhecida por hospedar depósitos de ouro, cobre, zinco e diamantes. Os kimberlitos são as raízes de pequenos e antigos vulcões através dos quais os diamantes são trazidos para a superfície da terra. Os pipes têm uma superfície de área de 0.9 a 1.6 hectares e se estendem 400m abaixo da superfície. Uma indicação da raridade de kimberlitos carregadores de diamantes é que somente 23 de 5 mil kimberlitos encontrados no mundo contêm diamantes suficientes para serem minerados.

O OURO, UM METAL SURPREENDENTE

O OURO, UM METAL SURPREENDENTE
 
Famoso e desejado por todos há milênios, o ouro faz jus à fama que tem. Para início de conversa, é considerado o mais bonito dos metais. Enquanto a maioria dessas substâncias tem cor cinza, assemelhando-se ao aço ou à prata, o ouro exibe vistosa cor amarela.
Sua densidade (19,3 g/cm3) é também digna de menção, pois é quase vinte vezes maior que a da água.
O fato de dificilmente reagir com outras substâncias o torna valioso não apenas para uso em jóias, mas também para instrumentos científicos e como moeda. É por ser pouco reativo que ele é encontrado na natureza geralmente no estado nativo, ou seja não combinado. Os poucos compostos de ouro que se conhece são teluretos (como krennerita, silvanita e calaverita) e ligas naturais.

silvanita

calaverita
A pirita é largamente conhecida como ouro-dos-trouxas por ser semelhante ao ouro verdadeiro. Mas a semelhança está apenas na cor e, até certo ponto, no brilho. A pirita tem um tom de amarelo diferente, é bem mais leve (cerca de 5 g/cm3) e bem mais dura, tem brilho mais intenso e não é nem dúctil nem maleável como o ouro.
Dúctil é o metal com o qual podem ser feitos fios e maleável, aquele com o qual podem ser feitas lâminas. Pois essas são duas propriedades físicas muito surpreendentes do ouro. Segundo Maron & Silva (Perfil Analítico do Ouro, DNPM, 1984), com um grama desse metal pode se obter um fio de 2.900 m ou uma lâmina de quase 1 m2 (mais precisamente, 0,96 m2) !
Não é à toa, portanto, que o ouro é tão cobiçado e valorizado no mundo todo e há tanto tempo.
P. S. No setor de gemas, estamos acostumados a falar em lapidação, o processo usado para extrair de uma gema todo o seu potencial de beleza. Mas lapidação é também o nome que se dá à execução de condenados em que o indivíduo, enterrado de modo a ficar apenas com a cabeça de fora, é morto a pedradas.
É preciso aceitar e respeitar costumes e tradições diferentes das nossas. Mas executar alguém dessa maneira ultrapassa qualquer limite de tolerância no atual estágio de evolução deste planeta.
Ficamos, por isso, felizes por saber que a nigeriana Amina Lawal não será lapidada por ter tido uma filha depois de separada do marido. Que esse caso seja o passo inicial para lapidar, no sentido em que nós usamos este verbo, certas leis ainda em vigor naquela região do mundo.

"A ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA PÉROLA"

"A ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA PÉROLA"


À esquerda, pérola que se formou presa à concha (pérola blister). À direita, pérolas de água doce. (Fotos do livro Pierres précieuses et pierres fines, de Bauer & Bouska.)
A pérola é formada principalmente de carbonato de cálcio, na forma de aragonita, com rara calcita.
O carbonato responde por 92 % da pérola, sendo os 8% restantes formados de conchiolina (6%) e água (2%).
Esses constituintes depositam-se em camadas concêntricas em torno de um corpo estranho que invade o corpo do molusco e são o resultado de um mecanismo de defesa contra esse invasor. Ao contrário do que geralmente se pensa e se lê, esse corpo estranho geralmente é um verme que perfura a concha e se aloja nas partes moles do molusco, e não um grão de areia.
De dentro para fora, encontra-se normalmente uma camada de conchiolina, escura e delgada, depois uma camada de calcita prismática e por fim a aragonita, em lamelas sobrepostas e paralelas à superfície externa da pérola. Essa seqüência pode aparecer em ordem inversa ou repetir-se.



Pérolas diversas (Foto do livro Gemas do Mundo, de Walter Schumann)
Como é a aragonita quem dá brilho, cor e iridescência, se a camada externa for de conchiolina a pérola será escura e sem valor comercial.
As variações na cor e na forma dependem do tipo de molusco que a produz e também do ambiente em que ele vive. Pérolas de água doce, por exemplo, podem mostrar reflexos metálicos e formato irregular.
A composição química e a estrutura dão às pérolas baixa dureza, baixa resistência química, mas alta resistência a fraturas.

Pérolas cultivadas de várias cores e formas. (Foto extraída do livro Gems and Jewelry, de Joel Arem)
 

"O MARFIM"

"O MARFIM"

Uma das gemas orgânicas mais importantes é o marfim, substância de origem animal. Ele é branco-leitoso, translúcido a opaco, mais compacto e mais duro que o osso.
Quando se fala em marfim, logo vem à mente o elefante, com suas presas enormes. Mas, embora eles forneçam o marfim mais valioso e, por isso, o mais usado, essa gema pode ser obtida também do narval e do hipopótamo.
As presas do elefante podem atingir 3 m e pesar 90 kg, mas nem todas as espécies as possuem. E, naquelas em que as presas existem, em geral só o macho as exibe.

Marfim bruto

broche de marfim
procedente da China
O marfim do hipopótamo possui um revestimento de esmalte que é muito resistente, exigindo, para ser trabalhado, sua remoção com o emprego de ácido ou através de choque térmico (aquecimento seguido de resfriamento brusco).
Além de seu emprego em jóias, o marfim pode ser utilizado em bolas de bilhar, dados, dominós, teclados de piano e objetos religiosos. A maior parte das imagens religiosas brasileiras feitas com esse material provêm da Bahia e datam do século 18.

Marfim trabalhado

Marfim trabalhado

Colar, pulseira e pequena
escultura em marfim


Marfim trabalhado


Ganesha em marfim
foto: Pércio de M