sexta-feira, 9 de maio de 2014

Briga pelo petróleo coloca China e Vietnam em rota de colisão

Briga pelo petróleo coloca China e Vietnam em rota de colisão
O Mar da China tem um recurso potencial de petróleo ainda não desenvolvido. É esse tesouro que está sendo disputado pelo Vietnam e China, criando uma verdadeira ameaça à região.
O mais recente conflito se deu quando os chineses tentavam ancorar uma plataforma, a 193km da costa do Vietnam, em águas que, segundo eles, pertence à China.

Aquilo que parecia ser uma simples discussão sobre localização escalou e os barcos da marinha chinesa atacaram os barcos vietnamitas abalroando-os e causando sérios estragos. A filmagem foi reproduzida na mídia mundial somente hoje e mostra a agressão chinesa aos barcos vietnamitas.
Ainda não foram trocados tiros, mas os canhões de água e colisões estão sendo as armas em um dos mais sérios conflitos entre os dois países. Um barco chinês foi invadido por vietnamitas armados que chegaram a fazer disparos ao ar.
No momento existem dúzias de barcos dos dois países adotando atitudes beligerantes que podem levar a uma escalada militar e a um sério conflito.

A região tem concessões de cinco países, todas para petróleo, e está dentro das 200 milhas náuticas que deveriam ser do Vietnam. 

Você sabia da mineração de água no espaço?

Você sabia da mineração de água no espaço?
Quando pensamos que já vimos quase tudo sempre aparece uma notícia para mostrar o quão errados estamos.
Você lembra da Planetary Resources Inc? Ela era uma das empresas com ambiciosos planos de lavra espacial de meteoros metálicos ou ricos em diamantes. Para eles o céu não era o limite.
No início de 2013 nós do Portal do Geólogo já alertávamos para a total falta de economicidade e praticidade desses projetos. Falamos também, sobre a pequena chance da descoberta de um asteroide econômico, considerando o desembolso bilionário que um projeto desses deverá ter. 



Pois bem, muitos investidores como a gigante Google e o bilionário Richard Branson discordaram de nossas recomendações e investiram no sonho da Planetary Resources. Esses visionários foram atraídos pelas promessas de retornos bilionários. Afinal, era só voar e buscar um imenso asteroide de puro diamante, platina, ouro ou algo mais importante ainda...
Infelizmente não demorou muito para que esses sonhos fossem destroçados pela realidade: o espaço não é assim tão diferente da Terra. Pior, lá as coisas são muito mais diluídas pelas distâncias estelares e pela falta de material rochoso, o que não ocorre no nosso planeta.
E foi com esse a sensação de derrota que a Planetary Resources bolou um outro plano mirabolante: a mineração de água no espaço. 
Percebe-se que pelo menos uma coisa eles já aprenderam: a água é muito mais abundante do que os diamantes e platinas do espaço. O fundador da empresa, Eric Anderson, meio a contragosto, diz que ainda acredita na lavra espacial, mas reconhece que os custos e problemas técnicos são insuperáveis, no momento. E, por isso, ele mudou o foco para algo bem mais corriqueiro: a mineração de água em cometas e asteroides.

O que Eric quer é transformar a água em hidrogênio e oxigênio, no próprio espaço, criando uma multitude de verdadeiros postos de combustível para satélites espaciais com “tanques vazios”.
A  Planetary Resources seria a primeira distribuidora espacial de combustível.

Não dá para negar> o pessoal desta empresa é muito criativo...

O que eles esqueceram de quantificar é que as mais novas tendências em viagens espaciais não considera o uso de gases como o oxigênio e hidrogênio como propelente. As soluções são muitas e não estão ainda considerando a estratégia da Planetary Resources.
Infelizmente.

Enquanto tenta vender a ideia a Planetary Resources ainda pensa mandar um “enxame” de satélites-telescópios para inspecionar possíveis asteroides-alvos. Quem sabe eles acertam na loteria espacial...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Enormes diamantes amarelos e azuis devem atingir preços altos em leilões de jóias de Genebra

- Enormes diamantes amarelos e azuis devem atingir preços altos em leilões de jóias de Genebra, na próxima semana, já que os investidores estão em busca de pedras raras para revitalizar o aquecido, que está aquecido, disseram casas de leilão nesta quarta-feira.
O "Graff Vivid Yellow" ("Amarelo Vívido de Graff"), o principal do lote da Sotheby's em 13 de maio, é um diamante amarelo com 100,09 quilates que foi cortado pelo joalheiro Laurence Graff, com sede em Londres.
"Uma vez que chega a 100 quilates, (a pedra) está no campo de raridade extrema", disse David Bennett, presidente do departamento de joalheria da Sotheby`s para a Europa e o Oriente Médio.
A estimativas da Sotheby`s é que o diamante amarelo em forma de almofada, cujo proprietário não foi identificado, vá conseguir entre 15 e 25 milhões de dólares.
Um diamante branco redondo de 103,46 quilates, também cortado por Graff e descrito pela Sotheby`s como um dos maiores de corte de brilhante no mundo, também faz parte do lote, com uma estimativa de preço entre 3,5 a 5 milhões de dólares.
Um diamante branco menor, mas com 31,34 quilates, "The Victory Diamond" ("O Diamante da Vitória"), que pertencia a Florence Gould, nora do magnata das ferrovias norte-americano Jay Gould, é estimado entre 5 e 8 milhões de dólares.
"Ela foi uma das três ou quatro maiores colecionadoras de jóias do século 20, ao lado de pessoas como a duquesa de Windsor e Daisy Fellowes", disse Bennett, recordando as senhoras da alta sociedade que frequentavam a Riviera Francesa em 1930.
"Ela aparentemente o usava bastante, inclusive numa viagem bastante famosa ao Camboja, quando foi para a selva enfeitada com jóias, o que é uma história maravilhosa."
A Sotheby`s divulgou em fevereiro que havia adquirido o diamante "Pink Star" ("Estrela Rosa"), o qual alcançou o preço recorde mundial de 76,3 milhões de francos suíços (83 milhões dólares à época) em novembro, após o seu comprador não conseguir pagar por ele. (Reportagem de Stephanie Nebehay)

Maracás com data marcada para inauguração

Maracás com data marcada para inauguração
A Largo Resources, dona do projeto vanádio Maracás, na Bahia está prestes a dar um passo significativo: a inauguração de sua mina.
Neste interim a empresa nomeou Casper Groenewald para o cargo de Diretor de Operações no Brasil. Casper tem mais de 5 anos de experiência em plantas de processamento de vanádio na África do Sul.
Maracás tem recursos estimados em 12,1 milhões de toneladas a 1,11% de óxido de vanádio e deverá produzir 9.600t de óxido de vanádio por ano.

Turquesas: gemas raras na Amazônia

Turquesas: gemas raras na Amazônia

Pedras preciosas podem ser apreciadas no
Museu de Geociências da UFPA



Pedras com brilhos e cores que impressionam. Escondidos sobre o solo amazônico por milhões de anos, elementos químicos formaram grandes jazidas de minerais, como alumínio e ferro, mas também moldaram pedras preciosas, como quartzo, malaquita, ametistas, turquesas e até diamantes.
Suas propriedades, ocorrências e composição são objeto de estudo de pesquisadores do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará e muitas destas pedras e outros minerais estão expostos para visitação no Museu de Geociências da Instituição.
Apesar de ter sua riqueza mineral reconhecida, a região amazônica não tem expressão gemológica. "No passado, fomos produtores de diamantes, mas esta pedra preciosa foi exaurida. O pouco que ainda temos está submerso no Rio Tocantins, na área da barragem da Hidrelétrica de Tucuruí. Entre os anos de 1979 e 1985, no município de Curionópolis, também tivemos extração de toneladas de malaquita, uma pedra preciosa de tons verdes, mas seus veios também estão esgotados", revela Marcondes Lima da Costa, professor da Faculdade de Geologia e curador do Museu de Geociênicas do IG/UFPA.
O pesquisador explica que, hoje, ainda há grande produção de ametista - pedra violeta ou púrpura - em Alto Bonito, região de Carajás. A comercialização é voltada, principalmente, para a Região Sul do País e para o mercado internacional. O mineral também já foi encontrado e extraído na região de Pau D'arco, com qualidade reconhecida em termos de cor.

Novos veios podem ser encontrados em Carajás

Entre as pedras mais raras encontradas em solo paraense, estão as turquesas, gemas preciosas que variam da cor verde até o azul, conhecido como azul turquesa. Esta pedra tem em sua composição vários elementos, como o fósforo, o alumínio e o cobre, sendo este último o responsável pelas tonalidades de cor que o mineral assume. “Entre os três elementos, o cobre é o mais raro de ser encontrado. Mas, ainda que todos eles estejam presentes no ambiente, isso não garante que a turquesa irá formar-se. Sua estrutura mineral exige condições muito especiais que a natureza não obtém facilmente. A formação de turquesas está sujeita a especificidades geológicas, geoquímicas e meteorológicas ligadas à formação dos solos e de veios hidrotermais na área”, detalha o geólogo da UFPA.
Marcondes Lima da Costa conta que essas pedras preciosas são encontradas em ambientes hidrotermais, ou seja, com águas quentes, em áreas próximas à superfície, onde a água é rica em fosfato, alumínio e cobre. No Brasil, há ocorrência de turquesas no Rio Grande do Norte e em Minas Gerais, mas não temos uma produção comercial expressiva. “Encontramos duas ocorrências de turquesas no Pará: em Maicuru, ao norte do município de Monte Alegre, no oeste do Pará; e na Ilha de Itacupim, no nordeste paraense. As duas regiões são ricas em fosfato. Além de estarem em pequena quantidade, os veios encontrados no Pará não podem ser explorados por estarem localizados em áreas de reserva ambiental", revela o professor.
Os veios foram localizados em áreas que apresentaram erosão. "Maicuru é uma serra com 600 metros de altitude e as turquesas foram encontradas nos seus profundos vales. Em Itacupim, as pedras aparecem no litoral onde a maré desgasta a rocha. Não há moradores na região de Maicuru, mas na Ilha de Itacupim, há duas colônias de pescadores e ninguém havia percebido a existência das gemas. Os moradores viam a coloração distinta das rochas apenas como mais um elemento da paisagem da Ilha”, conta o pesquisador.
Marcondes Lima da Costa acredita que há chances de encontrarmos mais veios de turquesas no Pará, especialmente na região de Carajás, “nessa área, temos a maior jazida de cobre do País e, em locais como o Igarapé Bahia, encontramos grandes quantidades de fosfato. Porém, as pedras mais interessantes localizadas na área são a libhetenita e o neodímio-florencita, minerais raros que não são adequados para a lapidação, ou seja, não são aproveitáveis como gemas, mas muito utilizados como artefato por colecionadores de pedras”.
Além de indicar locais onde há maior probabilidade de ocorrência de gemológicas e mineralógicas, a descoberta de gemas e minerais raros no Estado tem importância acadêmica e econômica. “Nestes casos, não é possível a exploração, mas a localização de novos veios é importante para entendermos a história e a composição dos solos na Amazônia e para indicar novas atividades econômicas às populações que vivem nesses locais, não apenas pela exploração direta de gemas, mas também pelo artesanato e turismo, por exemplo", defende o pesquisador da UFPA.

Composição, forma e cor

As pedras preciosas em estado bruto podem passar despercebidas diante de um olhar leigo. "A beleza da maioria delas aparece, apenas, após a lapidação. Nesse processo, cada mineral ganha dimensões simétricas e tem suas faces polidas. Só então, elas começam a refletir à luz, ganhando o brilho e a transparência pelos quais são famosas", explica Marcondes Costa. De acordo com o Instituto de Gemas e Jóias da Amazônia (Igama), em território paraense, já foram registradas mais de 250 ocorrências de gemas minerais, com destaques para as ametistas, citrinos e cristais de rocha.
A beleza está relacionada com a raridade de cada pedra preciosa. Uma das especificidades da turquesa é que a pedra é microporosa e não tem brilho como os cristais. Elas são mais opacas e não podem ser lapidadas e sim "boleadas", como se seus contornos fossem aperfeiçoados não para serem simétricos e geométricos, mas para assumir em um formato mais abobadado. A raridade e valor estão associados a sua forma e cor que, por sua vez, dependem da composição da gema. "Cada gema de turquesa é única. As azuis são mais valorizadas que as verdes por terem menor ocorrência, mas a cor é influenciada pelos outros minerais que estão presentes no solo e na pedra. A azurita é uma pedra de cor azul, a malaquita é verde e ambas podem ser encontradas misturadas com a turquesa, que, certamente, é a gema mais interessante encontrada, no momento, na região amazônica”, assegura o pesquisador da UFPA.