domingo, 8 de junho de 2014

Ibama legaliza garimpo de ametista em Marabá/PA

Ibama legaliza garimpo de ametista em Marabá/PA

Mais de quatro mil garimpeiros serão beneficiados com assinatura do TAC – Termo de Ajustamento de Conduta que legalizará as atividades de exploração de ametista em garimpo na Fazenda José Miranda, em Marabá (PA). O TAC será discutido nesta segunda-feira (30) por representantes do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, da Coopergemas – Cooperativa de Gemas do Garimpo de Ametista de Alto Bonito, do MPF – Ministério Público Federal, do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, e da SEICOM – Secretaria Estadual de Indústria e Comércio e da SECTAM – Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia.
Segundo o gerente executivo do Ibama, Marcílio Monteiro, o TAC que está sendo proposto aos garimpeiros assegura direitos trabalhistas e condições dignas de vida a 4.500 garimpeiros. A decisão também beneficia dez mil famílias que participam do processo de extração de pedras semipreciosas.
O garimpo, há mais de 20 anos na ilegalidade, é explorado em terras de propriedade da família Miranda. Segundo o gerente do Ibama em Marabá, Ademir Martins, o instituto aplicou multa de R$ 21.000,00 porque o proprietário estava explorando ametista sem nenhum tipo de controle por parte de órgão ambiental numa área de lavra de 14 hectares considerada APP – Área de Preservação Permanente e, suspendeu, as atividades de extração de ametista no garimpo.
Martins explica que os garimpeiros se organizaram em cooperativa obedecendo às leis mineral e ambiental. Por isso, o Ibama em comum acordo com outros órgãos federais e estaduais está propondo que as atividades do garimpo sejam retomadas com regras estabelecidas em Termo de Ajustamento de Conduta para que se promova a inclusão social na exploração do garimpo na região.
O garimpo de Alto Bonito está localizado a 100 quilômetros na área rural de Marabá (PA), próximo à divisa do município de Parauapebas. Surgiu em 1983, mas, efetivamente começou a produzir a partir de 1984, entre 50 a 100 toneladas/mês de ametista do tipo lilás e amarelo. O mercado para pedras semipreciosas são os Estados Unidos, países europeus e asiáticos, explica o géologo Taylor Collier, diretor de mineração da Seicom. (Ibama)

Alexandrita do pela ema, Minaçu/Go: inclusões fluidas e condições genéticas

Alexandrita do pela ema, Minaçu/Go: inclusões fluidas e condições genéticas

Uma ocorrência primária de alexandrita ocorre nas rochas metassedimentares do Grupo Serra da Mesa (GSM) no município de Minaçu (GO), próximo ao córrego Pela Ema, na borda SE do núcleo granito-gnáissico da Serra Dourada (GrSD). Entre as variedades de crisoberilo coletadas, 10 a 15% são de alexandrita de boa qualidade gemológica, caracterizada por cristais de hábito pseudo-hexagonal devido à geminação múltipla, com dimensões entre 0,4 e 3cm, contendo inclusões de quartzo, muscovita, biotita, granada, monazita e um número relativamente elevado de inclusões fluidas (IF). O GSM, na área da mineralização estudada, é representado por biotita-muscovita-quartzo xisto com porfiroblastos de crisoberilo, granada, estaurolita e cianita, finas lentes de xisto feldspático, delgados níveis de anfibolito, exogreisens e veios de quartzo, às vezes com mineralização de esmeralda. O estudo óptico da alexandrita revelou a presença de inclusões fluidas de origem primária e pseudo-secundária. A microtermometria de IF primárias mostrou que durante a formação do mineral estiveram presentes soluções aquocarbônicas ricas em NaCl, CaCl2 e, possivelmente, KCl e AlCl3, com salinidades variando de 18,5 – 21,5% em peso de NaCl equiv. E densidades de 0,96 a 1,03g/cm3. As estimativas de P-T forneceram valores variando de 6,1-7,5 kbar e 535-576oC e 4,4-5,9 kbar e 530-565oC, dependendo das equações termodinâmicas consideradas. A condição de formação do crisoberilo foi determinada como sendo da fácies anfibolito médio, por meio da intersecção dos campos gerados pelas curvas paragenéticas, principalmente da cianita e estaurolita, com as isócoras obtidas pelas análises das IF. Os estudos indicaram ainda que a formação do crisoberilo ocorreu, provavelmente, a partir do berílio, liberado dos veios de quartzo com berilo (esmeralda), por fluidos metamórficos, precipitando-se em função da disponibilidade de Al3+ das encaixantes.

Petrobras Anuncia Descoberta de Petróleo e Gás no Amazonas

Petrobras Anuncia Descoberta de Petróleo e Gás no Amazonas




A Petrobras anunciou  nesta sexta-feira  a descoberta de uma nova acumulação de óleo e gás na Bacia do Solimões, no Amazonas.

Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a reserva, localizada no município de Coari, a 25 km da província petrolífera de Urucu (AM), indicou capacidade de produção diária de 1.400 barris de óleo de boa qualidade (41º API) e 45 mil metros cúbicos de gás, na Formação Juruá.

O poço foi perfurado a uma profundidade final de 3.295 metros.

"Este é o segundo sucesso exploratório no Bloco SOL-T-171, onde já está em andamento, desde 2010, o Plano de Avaliação da Descoberta do poço 1-BRSA-769-AM, informalmente conhecido como Igarapé Chibata", afirmou a Petrobras.

Segundo a companhia, confirmada a viabilidade econômica das descobertas, elas viabilizarão a criação de um novo pólo produtor de petróleo e gás natural na Bacia do Solimões.

A empresa detém 100% dos direitos de exploração e produção na concessão. A companhia produz diariamente no Amazonas 53 mil barris de óleo e 11 milhões de metros cúbicos de gás natural, além de 1,3 mil toneladas de GLP.



Rio Solimões. Foto: Ribamar Caboclo

"AMAZÔNIA DO EQUADOR TEM PREÇO"

"AMAZÔNIA DO EQUADOR TEM PREÇO"

Equador, entre o petróleo e a floresta

O governo equatoriano está pedindo US$ 3,6 bilhões para manter intacta uma área da floresta amazônica rica em biodiversidade – e em petróleo.

O argumento: a exploração de petróleo – iminente, se ninguém bancar essa proposta – poderá trazer benefícios econômicos aos moradores dessa região, uma reserva ecológica, mas também riscos ambientais inerentes à atividade. Não há, porém, nenhuma garantia de que o Equador cumprirá o que promete. O valor pedido corresponderia a cerca da metade do que a exploração dos estimados 850 milhões de óleo cru renderia. Por enquanto, a única proposta veio de um grupo de ambientalistas que conseguiu arrecadar apenas US$ 100 mil depois de três anos de campanha. Os planos para a exploração do petróleo na Amazônia equatoriana avançam. Pelo menos uma empresa, a Ishpingo-Tambococha-Tiputini, demonstrou interesse em explorar uma área de 1,2 mil quilômetros quadrados, próximo à fronteira com o Peru. Kelly Swing, diretor da Estação de Biodiversidade Tiputini, da Universidade de San Francisco de Quito, diz que o uso de técnicas modernas poderia reduzir o risco de contaminação do solo e dos rios. Se, porém, a construção das estradas de acesso continuar, o equilíbrio ambiental se perderá ..

Projeto de pesquisa incrementa produção de opala no Piauí

O CETEM participou da instalação do Projeto Cooperativo em Rede do Arranjo Produtivo de Opala na Região de Pedro II, no Piauí, entre os dias 22 e 23 de julho. A região é a única produtora no Brasil dessa rara pedra preciosa. Somente mais dois países a produzem em escala comercial: Austrália e México.
O projeto tem como objetivo consolidar a cadeia produtiva da opala, beneficiando diretamente cerca de 880 garimpeiros, lapidários e ourives que atuam no setor, e gerando mais emprego e renda para a população local.
Coordenado e executado pela Fundação de Desenvolvimento e Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão do Piauí e pela Secretaria Estadual do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, o projeto conta com recursos da ordem de R$947.000, financiados pela FINEP, a partir do Fundo Setorial Mineral. Essa quantia destina-se a implantação da primeira fase do projeto, que terá a duração de 2 anos.
Os trabalhos serão desenvolvidos em parceria com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM/MME); a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM/MME); o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM); o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Associação dos Lapidários e Ourives de Pedro II e a Cooperativa dos Garimpeiros de Pedro II.
A equipe do CETEM irá realizar estudos geológicos e de engenharia de minas, visando incrementar de forma sustentável a extração do mineral nos garimpos locais. Fará também a caracterização mineralógica das opalas e de substâncias minerais, hoje descartadas como rejeitos, no Laboratório de Gemologia do Centro. Em seguida serão realizados estudos para a melhoria da qualidade no processo de lapidação das opalas, sua classificação e valoração. Os conhecimentos adquiridos ao longo do projeto serão repassados aos trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva por meio de treinamentos, cursos, palestras e manuais.

A importância do projeto

A região de Pedro II, embora seja responsável pela única produção de opala preciosa no País, apresenta um baixo índice de desenvolvimento humano. A extração das opalas, realizada desde o final da década de 50, de forma descontínua e sem fiscalização eficaz, não contribuiu para a geração de riqueza e inclusão social do município. Grande parte da produção, no passado, foi extraída por firmas estrangeiras, que exportavam as pedras em estado bruto para agregação de valor no exterior. O restante era produzido de forma rudimentar e, em muitos casos, de maneira informal por garimpeiros locais, que vendiam a pedra bruta a preços bem abaixo do seu real valor de mercado.
O projeto visa alterar esse quadro por meio de uma série de medidas como, por exemplo, a regulamentação da extração da opala nobre; uma melhor compreensão dos fatores geológicos que levaram à formação dos depósitos e a introdução de práticas e tecnologias apropriadas na atividade extrativa mineral, diminuindo os impactos ambientais e a recuperando áreas degradadas. Outros objetivos são proporcionar uma maior agregação de valor da opala na cadeia produtiva, por meio da melhoria da qualidade nas etapas de lapidação, design, joalheria e artesanato mineral; da capacitação e qualificação da mão-de-obra; da melhoria das condições de segurança e saúde dos trabalhadores, e da promoção comercial dos seus produtos, tanto no mercado interno quanto externo.