quarta-feira, 11 de junho de 2014

Retomada da exploração mineral e da mineração em Michigan surpreende

Retomada da exploração mineral e da mineração em Michigan surpreende
Michigan sempre foi um Estado Americano com fortes raízes na indústria mineral. Foi através da mineração de cobre e de minério de ferro que a economia se consolidou. É lá que as minas de cobre do tipo White Pine, cobre metálico em arenitos e conglomerados, ficaram famosas e produziram, até a sua exaustão mais de 5 milhões de toneladas do metal.

Na época áurea a produção de cobre de Michigan correspondia a 95% de toda a produção dos Estados Unidos.

Com o tempo as minas se exauriram junto com a opulência de uma forte economia.

A população sofreu as dores do desemprego e muitas áreas minerais se transformaram em parques ou em pequenas cidades fantasmas, reflexos de uma época passada. A mineração foi, então, substituída pelo turismo, reflorestamento e pela educação.

No entanto, aquilo que parecia extinto, a mineração, parece estar renascendo nos solos de Michigan.

A Kennecott Eagle Minerals Corp está iniciando a lavra de uma mina de níquel, cobre e PGM, The Eagle Mine, que terá uma vida útil de 8 anos. A Orvana Corp estará lavrando cobre e prata em um jazimento com mais de 360.000t de cobre e 3,4 milhões de onças de prata.

São projetos alavancados pela demanda chinesa e pela consequente exploração mineral nos Estados Unidos em áreas que se presumia estarem acabadas para a mineração. Mais um engano histórico entre os muitos.

A mineração nunca acaba, ela se reinventa, com novas tecnologias, novos minérios e novos teores. Está sendo assim desde que a humanidade existe.

Pelo menos 6 novas minas estarão em produção nos próximos meses usando novos conceitos de lavra e de recuperação ambiental em um novo ciclo que trará, mais uma vez, os empregos e o brilho de uma sociedade em crescimento.



Foto de um carregamento de cobre metálico em vapor do Lago Michigan

Rio Tinto supera a Vale em 30% no último ano

Rio Tinto supera a Vale em 30% no último ano
O gráfico não mente. No comparativo dos preços das ações das duas gigantescas mineradoras a Rio bate a Vale por uma margem enorme nestes últimos 52 meses. No período de 1 ano, desta comparação, a Rio cresceu 25% e a Vale caiu 8%, uma diferença a favor da Rio Tinto de 33%.

A diferença é devido, naturalmente, a percepção dos investidores sobre as políticas gerenciais  das empresas, sobre os investimentos, cortes de custo e o ambiente onde elas atuam.

Os três pontos que mais diferenciam as duas empresas e que afetaram o seu desempenho, são:

1 - o Risco Brasil: é um ponto de grande sensibilidade que faz um investidor pensar duas vezes antes de comprar e uma vez e meia antes de vender... No risco Brasil somam-se as  incertezas quanto as reais intenções do Governo Brasileiro sobre a mineração, os atrasos sistemáticos  do novo Marco Regulatório da Mineração e as mudanças, ainda sem definição,  nos impostos da mineração (CFEM). São pontos que pesam muito contra a Vale.

2- A Rio opera em países com leis claras onde a mineração é respeitada.

3-A Vale está entrando em um grande projeto, o Serra Sul, com enormes investimentos enquanto a Rio está saindo de projetos de expansão com uma grande expectativa de ganhos maiores.

No resto as duas empresas venderam, reduziram custos e focaram no seu core business.
É uma pena, mas como antecipado aqui no Portal do Geólogo, a Vale vai ter que se reinventar para conseguir recuperar a posição de segunda maior empresa de mineração do mundo que perdeu para a Rio Tinto.

Pedras Preciosas do Rio Grande do Sul

Pedras Preciosas do Rio Grande do Sul
 

A importância das nossas gemas
O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores brasileiros de pedras preciosas e um dos mais importantes produtores mundiais de duas delas, ágata e a ametista.
Se você já ouviu falar em pedra semipreciosas, esqueça. A distinção preciosa/semipreciosa é arbitrária, confusa, desnecessária, não tem fundamento científico ou econômico e, para o Brasil, é até prejudicial.
Hans Stern, dono da H. Stern, empresa brasileira com 90 joalherias no país e mais 85 espalhadas por quatorze países, diz que " não existe pedra semipreciosa como não existe mulher semigrávida ".
Segundo o IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), o Rio Grande é o segundo maior exportador brasileiro de gemas brutas (US$ 10.175.000) e lapidadas ((US$ 18.622.000), só perdendo para Minas Gerais. Com relação a obras feitas com pedras preciosas, ocupamos o primeiro lugar (US$ 5.863.000), bem à frente do Rio de Janeiro (US$ 2.070.000) e de Minas Gerais (US$ 1.568.000).
O que produzimos
A produção gaúcha é grande mas se apóia em apenas três gemas: ametista, citrino e ágata, todos variedade de quartzo.
A ametista é a mais valiosa das três pedras preciosas. É um quartzo de cor roxa, em tons que vão do bem claro ao roxo profundo. De toda nossa grande produção, apenas 3% são adequadas para lapidação, sendo o restante vendido como peças decorativas e/ou para coleção.
O citrino é amarelo a laranja, excepcionalmente vermelho, caso em que vale bem mais. É mais raro que a ametista, mas vale menos, provavelmente porque sua cor é bem mais comum entre as pedras preciosas. É importante salientar que citrino é extremamente raro no Rio Grande do Sul e que nossa produção provêm do aquecimento da ametista, o que provoca oxidação do ferro nela existente e conseqüente mudança de cor. Isso é feito quando a cor da ametista é muito fraca, impedindo-a de alcançar bom preço no mercado. Nem sempre, porém, o tratamento térmico dá um produto de maior valor.
O que chamam, no comércio, de " topázio Rio Grande " nada mais é que esse citrino.
A ágata caracteriza-se por ter cores variadas, dispostas em faixas paralelas, retas e/ou concêntricas. As cores mais comuns são cinza e cinza-azulado, havendo também faixas de cores branca, preta, amarela, laranja, bege, vermelha e marrom. Quando as cores não são atraentes, limitando-se a tons de cinza, por exemplo, pode-se aproveitar o fato de a ágata ser porosa e tingi-la.
Surgem assim ágatas muito bonitas de cores verde, rosa, roxa e azul. Esse processo é usado em muitos países e até mais do que aqui. Nossas ágatas são consideradas as mais bonitas do mundo e só uns 40% delas são tingidas, enquanto no Exterior o tingimento é usado em mais de 50% das ágatas. É importante frisar que o fato de ser tingida não diminui em nada o valor comercial dessa gema.
Nosso Estado é também muito rico em madeira fóssil (xilólito), com a qual se podem obter belíssimos objetos decorativos, bijuterias e mesmo jóias. Atualmente sua produção está suspensa por medida legal, aguardando-se uma avaliação do nosso potencial para então se decidir onde pode ser extraída e em que volume.
Outras gemas gaúchas, menos valiosas, são o cristal-de-rocha (quartzo incolor), abundante mas aproveitado apenas como peça de coleção ou decorativa; jaspe (verde ou vermelho); cornalina (alaranjada a vermelha) e ônix (preto). Há ainda variedades de sílica de formas e arranjos exóticos, conhecidas entre produtores e comerciantes por nomes populares: conchinha de ágata (ou medalha), pratinho, flor de ametista, geodinhos, pedra d´água, etc.
Por fim, merecem ser citadas a calcita e a selenita, que não são pedras preciosas mas são produzidas comercialmente em nosso Estado para decoração e coleções. A selenita, aliás, forma cristais tão grandes e límpidos como em nenhum outro país.
Onde estão
A ametista gaúcha provém principalmente da região em torno de Ametista do Sul, no Norte do Estado. Além desse município, produzem gemas Iraí, Frederico Westphalen, Rodeio Bonito, Cristal do Sul, Planalto e, em menor quantidade, Trindade do Sul e Gramado dos Loureiros. É dessa região também que sai a selenita, os pratinhos, flores-de-ametista e belas ágatas (estas pouco abundantes).
A ágata provém principalmente de Salto do Jacuí, no centro do Estado. Mas é largamente produzida em vários outros municípios, como Lagoão, Fontoura Xavier, Progresso e Nova Brescia. Além da ágata, gemas encontradas com mais freqüência são ametista, cornalina, cristal-de-rocha e ônix.
Em todas as áreas produtoras de ametista se faz sua transformação em citrino.
O cristal-de-rocha é abundante em toda a metade Norte do Estado, aparecendo em menor quantidade na porção sul.
A madeira fóssil ocorre principalmente nos municípios de Mata e São Pedro do Sul, mas pode ser vista em Pantano Grande, Butiá, São Vicente do Sul, Santa Maria, e vários outros, ao longo de uma faixa este-oeste, no centro do Estado.
Onde comprar
O melhor lugar para comprar é Soledade, 190 km a Noroeste de Porto Alegre. O município não é produtor de gemas (ao contrário do que muitos pensam), mas é o maior centro de beneficiamento, comercialização e exportação do Estado. Dezenas de lojas e indústrias oferecem enormes quantidade e variedade de gemas e outros minerais, provenientes de vários estados brasileiros e até mesmo do Exterior.
Lá, você encontra ametista bruta, em belos geodos, por US$ 8,00 a 12,00 / kg. Citrino, ágata, cristal-de-rocha, quartzo róseo, quartzo verde, jaspe, sodalita, selenita e calcita são facilmente encontradas, por preços menores que os da ametista.
Lajeado, a 90 km de Porto Alegre (no caminho para Soledade) já foi um grande centro comercial nesse setor, mas hoje conta com pouquíssimas lojas. Em Porto Alegre, há várias lojas que vendem pedras brutas e lapidadas, mas ainda são poucas frente ao tamanho da cidade. Os preços, é claro, são mais altos que em Soledade e a variedade, bem menor.



Ametista
ametista


Agata
ágata


mina de selenita
mina de selenita
(Não, a guria não é a selenita
Olha o que ela segura, aquilo sim é a selenita)

Jequitinhonha / Mucuri MG

Jequitinhonha / Mucuri

  Circ. das Pedras Preciosas Teófilo Otoni - Praça Germânica - Circ. das Pedras Preciosas Praça Germânica
Localizada no semiárido mineiro, a região apresenta os mais baixos indicadores sociais do Estado. A agricultura é predominantemente familiar e pouco desenvolvida tecnologicamente. Como o Norte de Minas, o Jequitinhonha tem solo bom e clima ideal para o cultivo de frutas; portanto, essa atividade é predominante na região, além do processo de industrialização desses itens. A região destaca-se ainda pela produção de cachaça de qualidade. Seus recursos minerais são de importância estratégica, possuindo grandes jazidas de pedras preciosas e semipreciosas.

O melhor da região do Jequitinhonha / Mucuri

A capital das pedras preciosas
Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, é a cidade mais importante. Além da exploração das gemas, a cidade é um importante centro de lapidação. São cerca de 250 pequenas empresas de lapidação e comercialização, 2.700 lapidações informais, 200 corretores autônomos e empresas de exportação. Anualmente, em julho, acontece a Feira Internacional de Pedras Preciosas (FIPP). Por tudo isso, Teófilo Otoni passou a ser conhecida como a "capital das pedras preciosas".

O artesanato
Seu rico e variado artesanato é conhecido e apreciado em todo o país, constituindo, junto com suas tradições culturais, um grande potencial de desenvolvimento turístico. "Conhecida internacionalmente, a cerâmica mineira se supera a cada dia por meio da verve criativa dos nossos artistas populares. Do barro em estado bruto e cru, surgem as lindas bonecas do Vale do Jequitinhonha, como as encantadoras namoradeiras à espera do idílio. Os trabalhos dos artesãos, após grande aprimoramento técnico e estético, alcançaram fama e ganharam espaço nas galerias e museus do Brasil e exterior. No Vale do Jequitinhonha é que se concentra a maior parte das ceramistas mineiros. Gente que conta suas histórias e realiza seus sonhos com as mãos sujas de barro" (Folder "A rica diversidade do artesanato mineiro - Sesc).

Patrimônio arquitetônico
Minas Novas possui um rico patrimônio arquitetônico. O prédio conhecido como Sobradão é um marco na área central da cidade. Construído nas primeiras décadas do século 19, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A Capela de São José é a única do Brasil Colônia com planta octogonal.

Os sabores da região
O destaque da gastronomia na região fica para a carne de sol, o feijão-verde, a mandioca preparada de formas diversas e a cachaça.

As principais cidades do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Mucuri são: Almenara, Araçuaí, Capelinha, Francisco Badaró, Itamarandiba, Itaobim, Jequitinhonha, Minas Novas, Nanuque, Pedra Azul, Rubim e Teófilo Otoni.

Circuito Turístico das Pedras Preciosas

Circuito Turístico das Pedras Preciosas

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Mapa do Circuito Turístico Pedras Preciosas

Renda-se às belezas de uma das maiores regiões produtoras de gemas do mundo.

 O Circuito Turístico das Pedras Preciosas está localizado no nordeste de Minas Gerais, entre os Vales do Mucuri e Jequitinhonha. Fazem parte dessa região turística os municípios de Teófilo Otoni, Nanuque, Carlos Chagas, Itambacuri, Minas Novas, Caraí e Padre Paraíso.
 O diferencial do destino, como o próprio nome indica, está em uma característica econômica local que é a exploração e o comércio de pedras preciosas. Sendo assim, a região se destaca pela riqueza de suas gemas coradas, pequenas preciosidades que guardam belezas únicas e encantam visitantes de todos os lugares do mundo.
Pedras preciosas
Teófilo Otoni é o ponto de partida para qualquer roteiro. A cidade está no centro da maior província gemológica  do mundo, o que faz com ela seja destino de todas as pedras preciosas produzidas nos garimpos da região. Por essa razão, Teófilo Otoni também  realiza anualmente uma das maiores feiras do gêneros do planeta - a FIPP, como é conhecida  a Feira Internacional de Pedras Preciosas.

O turista pode fazer um passeio por garimpos nos municípios de Caraí e Padre Paraíso. Duas operadoras realizam tour nos garimpos, uma experiência emocionante.

Em Itambacuri são visíveis os traços mais marcantes do típico mineiro.  Sua gente é devota do sagrado, tendo a Festa de Nossa Senhora dos Anjos (Agosto) com a mais tradicional. Na cidade, o turista pode vivenciar saberes e sabores, com destaque para o Queijo Minas produzido na região.
Mas é em Minas Novas que a história e a arte se encontram formando  um cenário encantador. Construída em boa parte por escravos, essa importante cidade do Vale do Jequitinhonha ainda abriga ruas, igrejas e casarões do Século XVIII em perfeito estado de conservação. Uma verdadeira viagem ao passado, sem perder de vista as riquezas do presente. 

Já em Nanuque e Carlos Chagas o agreste se mistura com os ares do litoral. O resultado é uma região perfeita para prática de atividades aquáticas e  de aventura, como pescaria, passeios de barco, rafting, tirolesa, voo livre, escaladas, base jump e montanhismo. Tudo isso com dias de muito sol e calor que garantem muito adrenalina ao turista mais aventureiro.

Por toda esta diversidade de atrativos,  o Circuito das Pedras Preciosas  pode realmente ser comparado  a gema, que  somente após ser lapidada vira uma jóia que ninguém mais esquece!







Cidades:

Caraí
Carlos Chagas
Itambacuri
Minas Novas
Nanuque
Padre Paraíso
Teófilo Otoni