quinta-feira, 3 de julho de 2014

Chile vai fazer mapa geoquímico de todo o país

Chile vai fazer mapa geoquímico de todo o país
O Chile avança na prospecção mineral. O governo chileno já está elaborando o Mapa Geoquímico do Chile, um trabalho de suporte à mineração e à pesquisa mineral que cobrirá todo o território.

Esse mapa terá 12 cartas e custará US$260 milhões. No processo serão analisados  59 elementos químicos em uma densidade de 1 amostra por cada 20km2. As cartas serão apresentadas na escala 1:250.000 e cada carta cobrirá um retângulo de 100 x 130km.

Os chilenos acreditam que cada dólar investido dará um retorno de, pelo menos 11 dólares para o país.

As cartas serão fundamentais para a descoberta de novos jazimentos e províncias minerais bem como na avaliação do meio ambiente e da poluição. Uma das novidades é a inclusão dos elementos do grupo terras-raras entre os 59 elementos.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Mirabela volta a ser negociada e ações sobem mais de 160%

Mirabela volta a ser negociada e ações sobem mais de 160%
Finalmente, após uma longa suspensão, a australiana Mirabela Nickel voltou a ser negociada na bolsa. A ação começou a ser negociada em $0,026 e já está em $0,069. Uma subida de 165%.

Recentemente a mineradora garantiu fundos suficientes para continuar a sua operação ao mesmo tempo em que fechava contratos de offtake.

Cuidado! Essas lâmpadas contém mercúrio!

Cuidado! Essas lâmpadas contém mercúrio!
Você sabia que as lâmpadas fluorescentes, que são as mais usadas nas residências, contém mercúrio? O vapor de mercúrio, ao ser atravessado pela corrente elétrica produz luz ultravioleta que faz a película de fósforo, que cobre a superfície interna da lâmpada, brilhar.

Essas lâmpadas são muitas vezes mais eficientes e duradouras do que as antigas lâmpadas incandescentes. Mas o seu conteúdo rico em  mercúrio implica em um possível dano ambiental e até à saúde do usuário.

O mercúrio é um metal pesado, líquido na temperatura ambiente, que pode causar sérios danos ambientais, doenças e até a morte das pessoas contaminadas. A história recente está repleta de grandes acidentes envolvendo a contaminação de mercúrio. O maior dos acidentes com mercúrio ocorreu em Minamata no Japão, e matou mais de 900 pessoas, contaminando milhares.

Neste momento você deve estar se perguntando como uma simples lâmpada fluorescente pode apresentar algum risco para os seres humanos? Afinal, o desastre de Minamata foi causado por toneladas de líquidos, contaminados por mercúrio, jogados ao mar.

Cada lâmpada compacta, que temos nas nossas casas, contém em torno de 5 miligramas de mercúrio. É uma pequena quantidade, mas se considerarmos o pequeno volume de gás contido nas lâmpadas compactas veremos que a concentração é altíssima.

O problema começa no momento em que essa lâmpada é quebrada. O gás de mercúrio contamina, imediatamente,  o ar e pode ser inalado involuntariamente por alguém. Este é o pior cenário e deve ser evitado.

Aja rápido! Tire todas as pessoas e animais  do ambiente, abra as janelas, ventile por tempo suficiente. Se o local tiver um condicionador de ar coloque na exaustão.

Assim que a área for bem ventilada limpe os resíduos e fragmentos da lâmpada quebrada. Você verá um pó cinza que não deve ser tocado sem proteção, pois contém mercúrio. Limpe bem a área evitando tocar nos fragmentos. Use luvas se tiver. Coloque tudo em um plástico que deve ser selado antes de ser encaminhado para um posto de reciclagem.

Newmont entra em arbitragem contra o Governo da Indonésia

Newmont entra em arbitragem contra o Governo da Indonésia
A mineradora americana Newmont cansou de negociar com o Governo Indonésio sobre os impostos e restrições às exportações de concentrados de cobre e apela para uma arbitragem internacional.

No caso do cobre praticamente todas as mineradoras foram forçadas a paralisar a produção de concentrados. A Newmont está tendo prejuízos enormes e teve que declarar force majeure, não mais atendendo as demandas de seus clientes.

O que as mineradoras alegam é que o Governo de Jakarta simplesmente mudou as regras do jogo, desconsiderando os contratos assinados. A paralisação causa uma escassez artificial do produto que fez o cobre atingir mais de US$7.000/t.

A situação criada pelo governo penaliza a todos, inclusive o próprio país. As duas mineradoras americanas Freeport e Newmont são responsáveis por 97% de toda a exportação de cobre da Indonésia, que agora está paralisada. Foto da terceira maior jazida de cobre do mundo, Grasberg, na Indonésia, propriedade da Freeport MacMoran. Por Alfindra Primaldhi

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Extraindo o gás do folhelho de Utica

Extraindo o gás do folhelho de Utica
Até poucos anos atrás o folhelho de Utica, em Ohio, era simplesmente desprezado pelos pesquisadores. Nos últimos três anos tudo mudou e esta rocha tornou-se um dos mais valiosos alvos para óleo e gás em toda a América do Norte.

O folhelho de Utica é um sedimento, de idade Ordoviciana, fino, escuro, com materiais orgânicos e calcários intercalados (foto).

Assim que os geólogos perceberam a sua importância começou a sondagem.

Na primeira etapa centenas de furos verticais foram realizados (mapa 1) ao longo de uma malha cuidadosamente planejada.

O que não se percebe na superfície é que para cada furo vertical existem até 8 furos horizontais de 3.000m de comprimento que são perfurados a partir do vertical (mapa 2, da projeção horizontal). É através dos furos horizontais, que estão inseridos no folhelho alvo (ou xisto como essas rochas são chamadas erroneamente no Brasil), que é feito o processo de faturamento hidráulico que permite a extração do gás e óleo dessas rochas: o fracking. Os furos horizontais são perfurados em um padrão que permite a extração, praticamente total, do gás e óleo contido no folhelho.

O processo de extração, o fracking é razoavelmente simples. Ele consiste na injeção de água com areia em altíssima pressão de forma a causar fraturamentos e espaços abertos no folhelho que são preenchidos pela areia. Esse processo causa uma maior porosidade e permeabilidade  da rocha por onde o gás é extraído juntamente com os demais hidrocarbonetos.

O método transformou a indústria e permitiu aos Estados Unidos uma verdadeira revolução energética extraindo gás e óleo em rochas antes inacessíveis e consideradas estéreis. A revolução do fracking é tão grande que está tornando os Estados Unidos, que era o maior importador de óleo e gás do mundo, em um grande exportador.

Tudo isso em pouco mais de uma década.

Apesar do fracking ter reduzido os custos do gás, empregado centenas de milhares de pessoas e revolucionado a indústria da maior economia do mundo ele tem forte oposição.

Vários grupos ambientalistas combatem o fracking dizendo que o método usa imensas quantidades de água (mais de 5 milhões de litros por furo) onde são misturados produtos químicos que podem contaminar a água dos aquíferos superficiais. Vários estudos foram feitos nos Estados Unidos onde existem dezenas de milhares de sondagens com o uso de fracking e está sendo comprovado que a poluição pode ser evitada e quando ocorre é por erros humanos e não do método.

No momento está sendo finalizado um estudo contratado pelo Congresso Americano, a quatro anos atrás, para determinar o real impacto do fracking sobre os recursos de água. Mas o que mais assusta os ambientalistas é o enorme sucesso do fracking. Ele está viabilizando a extração de gás e óleo em um momento em que essas fontes de energia deveriam estar sendo substituídas por outras mais limpas.

É que os ambientalistas querem simplesmente acabar com os combustíveis fósseis e o fracking é a grande barreira que está revitalizando a indústria do gás e óleo.

Trata-se de um impasse interessante e cruel.

De um lado alguns países ricos que podem realmente investir em fontes alternativas de energia, mais caras e menos eficientes e, do outro, os países pobres onde as necessidades são tão básicas quanto um prato de comida.

Como negar a esses a revolução energética que irá criar milhões de empregos e mudar a economia de suas nações enfraquecidas?

Por mais que queiramos o mundo ainda é composto por regiões ricas e outras, a maioria, onde impera a miséria, o genocídio e o descaso ao ser humano. Essas regiões pobres precisam urgentemente de uma verdadeira revolução econômica e social que permita o fortalecimento de suas economias com a criação de novos empregos. Em todas essas regiões existem grandes recursos inexplorados de folhelhos que poderiam estar gerando energia e alimentando a economia local.

Enquanto isso nos Estados Unidos o fracking adicionou 100 anos de recursos de gás e óleo às reservas do país ao mesmo tempo em que substitui as emissões vindas da queima do carvão.