terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os diamantes do Tapajós

Os diamantes do Tapajós



O Tapajós é conhecido mundialmente por abrigar a maior província aurífera do Brasil. Foi o ouro que atraiu milhões de garimpeiros nos últimos 46 anos que, como formigas, criaram milhares de garimpos no meio da selva. Foi o ouro que atraiu as empresas de mineração que descobriram as principais jazidas da região. E foi o ouro que desenvolveu os importantes centros regionais como Itaituba.

No entanto é o diamante que está adicionando uma nova dimensão aos garimpos do Tapajós.

O diamante não é uma raridade na história da Amazônia. Importantes ocorrências de diamantes foram lavradas ao longo do tempo nos Rios Tocantins, a sul e norte de Marabá, no Xingu a leste de Altamira, e em Cachoeira Porteira as margens do Rio Mapuera.

Grandes empresas como a Rio Tinto e a De Beers investiram elevadas somas atrás das fontes primárias desse diamante.

Na década de 90 a Rio Tinto cobriu uma boa parte do Tapajós com levantamentos aerogeofísicos e com follow-ups de sedimentos de correntes visando a identificação de diamantes e dos minerais satélites de kimberlitos e lamproitos.  Os trabalhos da Rio Tinto mostraram algumas interessantes ocorrências de diamantes e a descoberta de alguns corpos kimberlíticos e lamproíticos.

Os minerais indicadores, que foram formados em grandes profundidades, dentro do campo de estabilidade do diamante, praticamente não foram descobertos.  São esses indicadores juntamente com o próprio diamante que realmente interessam ao geólogo de exploração.

 Na época a Rio Tinto considerava o fato do Tapajós estar em uma região afetada por um forte magmatismo Proterozóico, o Uatumã, como um ponto negativo. Afinal o magmatismo  poderia ter aquecido aquela região crustal inviabilizando o desenvolvimento de jazidas primárias de diamantes.

O Tapajos foi colocado em segunda prioridade e a empresa nunca mais voltou, fechando todos os principais projetos de prospecção, alguns anos depois.

Ainda na década de 90 os garimpeiros descobriram diamantes em um garimpo de ouro na Cachoeira Porteira e, mais tarde, nos sedimentos a sudeste de Itaituba. Foi quando foi explorado o primeiro garimpo de diamantes do Tapajós, o estopim das descobertas que vieram a seguir.

O que ninguém sabia é que uma boa parte dos aluviões que já estavam sendo lavrados para ouro continham, também, milhares de quilates de diamantes de altíssima qualidade.

Aos poucos alguns garimpeiros mais espertos começaram a adaptar suas obsoletas caixas (sluice boxes) para a recuperação, também, de diamantes (detalhe foto abaixo).

caixa para diamante

 A experiência foi bem sucedida e as descobertas começaram a aparecer, principalmente no interflúvio do Jamanxim e do Tapajós.

As notícias atraíram os garimpeiros do Mato Grosso, acostumados a lavras de grande volume, com equipamentos bem mais pesados do que os usados no Tapajós. Esta nova invasão trouxe, também, os experientes garimpeiros da região diamantífera de Juína, que já haviam passado por um ciclo de garimpagem de diamantes.

Não demorou para que mineradores estrangeiros, vindos de Israel, também começassem a investir na pesquisa e prospecção dos diamantes do Tapajós.

Está formado o quadro atual.

Com esse contingente o Tapajós passou a produzir, além do ouro, milhares de quilates de diamantes (oficiais) por semana que aguçam a cobiça de muitos atraindo um grande número de garimpeiros e mais mineradores estrangeiros.

Estima-se que existam, hoje, mais de 2.000 PCs, retroescavadeiras de grande porte, que fazem o trabalho de dúzias de garimpeiros em poucos minutos. A remoção de terra e escavações, geralmente manuais, passaram a ser feitas por equipamentos cada vez maiores.

Os grandes rios como o Tapajós estão sendo invadidos por gigantescas balsas de sucção, de 18 polegadas, verdadeiros monstros que sugam milhões de metros cúbicos de sedimentos ricos em ouro e diamantes do fundo dos rios.

Essas balsas (foto) são fabricadas em Rondônia e usam motores de 400HP, chegando a custar R$1.200.000 cada. Algumas já foram adaptadas com caixas para a retenção dos diamantes (foto). Estes gigantescos equipamentos só podem ser utilizados em áreas realmente ricas, pois tem um custo operacional muito elevado, acima de 50 gramas de ouro equivalente por dia.

A invasão dos grandes equipamentos demonstra, na prática, a riqueza dos aluviões que estão sendo lavrados.

Será que agora serão descobertas as primeiras jazidas primárias de diamantes no Tapajós?

Segundo o conhecimento geológico atual a região não tem grande potencial para jazimentos primários. Ainda falta um cráton antigo, estável e frio como os que existem em praticamente todas as regiões onde os kimberlitos ricos são encontrados.

Um outro ponto que endossa essa hipótese negativa é a quase ausência de diamantes de baixa qualidade.

 A grande maioria dos diamantes do Tapajós é de qualidade gema: uma boa notícia para os mineradores.

 Isso indica que os diamantes foram transportados por grandes distâncias. Ao longo deste transporte as pedras de qualidade inferiores, mais frágeis, se quebram e praticamente, desaparecem. É essa a explicação para a excelente qualidade dos diamantes da costa da Namíbia, que foram transportados pelo rio Orange por centenas a milhares de quilômetros. Talvez seja por isso que não são encontrados os frágeis minerais satélites tão comuns nas proximidades de kimberlitos.

Com ou sem fontes primárias próximas os diamantes do Tapajós já fazem parte da história da região. Eles deverão mudar, mais ainda, o perfil dos mineradores e até da própria comunidade.

Em breve veremos a instalação de grandes washing plants equipadas com equipamentos de alta recuperação como os sortex. Esse será o momento em que o profissionalismo tomará conta e que o diamante começará, realmente , a ser recuperado no Tapajós.

Enquanto isso, em Itaituba, motivado pela produção de diamantes, um vereador local já prega que todos os diamantes devem ser lapidados localmente antes de saírem do Tapajós...Realmente, o diamante veio para mudar.

Com exceção do minério de ferro e cobre a Rio Tinto teve queda na produção dos seus produtos minerais no último trimestre

Com exceção do minério de ferro e cobre a Rio Tinto teve queda na produção dos seus produtos minerais no último trimestre



A tabela ao lado mostra que dos treze produtos produzidos nas operações mundiais da Rio Tinto apenas o minério de ferro (11%) e o cobre (14,7%) tiveram uma produção mais alta que em 2013. Os demais produtos tiveram uma produção inferior aquela do mesmo período em 2013.

Em especial o urânio que desabou 61,2%, seguido pelo carvão com queda de 15,4%.

A Rio é uma das grandes produtoras mundiais de urânio que é produzido na mina Ranger pela sua subsidiária Energy Resources of Australia e na mina de Rossing na Namíbia.

Apesar da queda na produção espera-se que a Rio Tinto tenha uma maior demanda para o seu urânio, agora que os japoneses decidiram reabrir as suas usinas nucleares, fechadas em 2011 após o desastre de Fukushima.

Vale, barata, pode ser a bola da vez

Vale, barata, pode ser a bola da vez


No mundo capitalista de hoje só existem dois tipos de animais: as presas e os predadores.

Para sobreviver neste mar turbulento, infestado de gigantes vorazes, é necessário ser criativo e ter uma forte blindagem. Nesta guerra incessante o objetivo é ser grande o suficiente para não ser comido pelos concorrentes e digerir a todos que o ameaçam ou que podem contribuir para a sua sobrevivência futura.

Empresas apetitosas, com ativos sólidos e com baixo custo operacional são olhadas pelos grandes predadores, com cobiça, como o próximo “prato” a ser consumido.

É assim que ocorrem as grandes aquisições e fusões que resultam em empresas cada vez maiores e mais vorazes. Foi neste cenário que a Vale engoliu a Caemi e depois a Inco, em um dos grandes negócios da mineração mundial que envolveu a soma de US$19 bilhões.

Essa é a essência da guerra pelo controle mundial da commodity mais importante da atualidade: o minério de ferro. A mineradora que controlar o minério de ferro será, quase que irreversivelmente, a maior mineradora do planeta.

É em busca desse título que as três gigantes, a BHP, a Rio e a Vale estão engajadas em uma luta de vida ou morte. Elas estão aumentando dramaticamente a produção e inundando o mercado com um produto de alta qualidade e baixo custo.

Esta estratégia está enfraquecendo e asfixiando os competidores até a morte.

Hoje o número de mineradoras que fecharam as portas é assustador. É na China onde ocorrem as maiores baixas. A cada semana uma nova mineradora de minério de ferro fecha as portas. Esse era um resultado previsível, já que os chineses desenvolveram minas obsoletas com custos operacionais acima dos US$100/t acreditando que os preços iriam se manter na casa dos US$120/t.

Neste cenário de guerra até gigantes como a australiana Fortescue balançam e podem vir a fechar ou reduzir drasticamente no próximo ano.

É o dia do juízo final, quando só as grandes corporações, com ativos de baixo custo operacional e alta qualidade serão as eleitas.

O que não foi previsto é que essa guerra estaria causando uma série de efeitos colaterais que enfraquecem a todos, inclusive as três principais competidoras.

Todos acreditavam que o desgaste mataria só as menores e menos eficientes.

Mas o que se vê é bem diferente...

As grandes mineradoras, membros do triunvirato que controla o minério de ferro, estão sendo afetadas, também, pela queda dos seus valores de mercado e suas rentabilidades.

Os gráficos ao lado,  mostram que as três megamineradoras estão em queda livre nos últimos quatro meses.

Nesta situação quem são os maiores perdedores? Os acionistas é claro!

São esses acionistas, que amargam um sério prejuízo, que irão definir os rumos do conflito. Apesar de ainda serem lucrativas, as grandes mineradoras estão afugentando uma grande parte dos seus investidores, que preferem sair da mineração e receber retornos e dividendos maiores em outros segmentos não afetados por essa guerra absurda.

O que se vê hoje é a fuga dos investidores e a consequente queda das ações. Com esse enfraquecimento significativo, sem data para terminar, algumas mineradoras vão passar de caçador à caça.

Foi esse fenômeno que levou à fusão da Xstrata com a Glencore criando um grupo maior e muito mais agressivo, tão voraz que tentou, poucos dias atrás, abocanhar a segunda maior mineradora do mundo a Rio Tinto. Uma estratégia surpreendente que mostra uma tendência. A última vez que a Rio Tinto sofreu um assédio desses foi quando a chinesa Chinalco tentou controla-la, em 2009

Ser engolido é um dos efeitos colaterais das guerras pela supremacia mundial na mineração.

A tentativa atual da Glencore de engolir a Rio assustou a australiana que tenta se proteger desta aquisição hostil que deverá ocorrer após abril de 2015. Para se blindar contra a Glencore a Rio Tinto deve tentar vender as suas ações aos próprios acionistas em uma estratégia chamada buyback. Essa estratégia, estará sendo decidida no dia 28 de novembro, quando o CEO da Rio, Sam Walsh, vai explicar aos acionistas os detalhes da linha defensiva a ser adotada.

A Rio Tinto, que já foi menor do que a Vale poucos anos atrás, vale hoje US$103,4 bilhões e está sendo ameaçada por uma empresa que vale 43,3 bilhões de libras.

O que dizer da nossa Vale?

Hoje a Vale tem um valor de mercado de apenas 49 bilhões de dólares. No dia 11 de janeiro de 2011 o valor de mercado da Vale era de US$199 bilhões e o da Rio Tinto de US$137 bilhões.

Nestes últimos quatro anos a Vale caiu significativamente em relação a Rio Tinto chegando ao estado lastimável onde se encontra hoje. O mau desempenho da Vale, obviamente, tem várias explicações, mas uma é o mau gerenciamento.

A empresa está montada em ativos de imensa qualidade, mas mesmo assim não conseguiu sequer se manter na posição em que estava em 2011.

Ao invés de investir em metalurgia tornando o seu minério de US$70 por tonelada em um produto de milhares de dólares a tonelada a Vale reluta em adicionar valor ao seu principal produto.

A mineradora age com um complexo de inferioridade terceiro mundista, e prefere permanecer uma simples produtora de matéria prima sem valor agregado, deixando todo o lucro da cadeia produtiva para os importadores.

Essa estratégia usada pela Vale, dilapida as reservas de minério de alta qualidade do Brasil que são vendidas a preços baixíssimos deixando muito pouco no nosso país.  No pior momento da história ela se prepara para enviar 420 milhões de toneladas de minério por ano sem nenhum valor agregado.

Este é um assunto de grande relevância, que nos atinge como um todo, e que deveria ser melhor discutido.

O que se pode esperar de uma empresa que não consegue adicionar valor, maximizar e verticalizar os seus ativos e cuja única estratégia é reduzir custos e aumentar a produção?

A Vale teve a sua oportunidade e falhou fragorosamente.

Ela perdeu o momento histórico: entre 2009 a 2014, quando os preços do minério de ferro ultrapassaram a barreira dos US$100/t, atingindo o pico de US$187/t, mesmo tendo uma margem obscena, a Vale não conseguiu crescer e manter a sua lucratividade.

Pelo contrário: a empresa encolheu e foi reduzida aos US$49 bilhões de hoje.

A megamineradora, orgulho do Brasil, de caçadora passou a caça, tornando-se, tristemente, em um alvo para aquisição.

A Vale é, possivelmente, a melhor aquisição que existe hoje no mercado. Barata e com excelentes ativos...

Talvez ela não seja tão diversificada quanto a Rio Tinto ou talvez os seus ativos de carvão não valham tanto quanto ela queira, mas a Vale tem os minérios de altíssima qualidade e baixo custo de S11D e Carajás, o passaporte para o futuro.

Não devemos nos surpreender se amanhã lermos nas manchetes mundiais que a nossa querida Vale está sendo engolida por uma mineradora estrangeira.

Será o fim de uma era.

O pedido de pesquisa não é mina

O pedido de pesquisa não é mina



O título, desta matéria, para nós da geologia e mineração pode parecer meio estapafúrdio. Afinal nós sabemos muito bem as diferenças entre uma mina e um pedido de pesquisa.

Mas, é simplesmente assustador ver a mídia nacional e internacional repetindo frases de efeito criadas por neófitos que nada entendem de mineração. A mais recente é de um grupo de ingleses e brasileiros que propagam, mundo afora, que o novo código mineral brasileiro coloca em risco a posição do Brasil como “líder ambiental”.

O Código de Mineração pode ser acusado de muitas coisas, como ser mal redigido e de ter sido criado de forma unilateral por quem pouco entende do assunto, sem a concordância da grande maioria dos mineradores e da sociedade.

Mas, dizer que o código coloca em risco o meio ambiente e as áreas protegidas incluindo as reservas indígenas é um exagero grosseiro.

Na realidade, tanto a mineração moderna como o novo Código Mineral estão alinhados na defesa do meio ambiente e das comunidades.

O que o pessoal não entende é que a área ocupada por um requerimento de pesquisa não é o mesmo que a área ocupada pela lavra. O pedido de pesquisa não é a mina...

Uma área coberta por um pedido de pesquisa ou alvará é, na realidade, uma área estrategicamente requerida, com potencial de abrigar uma jazida.

É a área que será pesquisada e, em raríssimos casos,  lavrada.

Esta é a verdade!

A taxa de sucesso da pesquisa mineral é baixíssima, o que faz alguns mineradores requerer áreas maiores para maximizar a sua chance de sucesso. Existem dezenas de milhares de pedidos de pesquisa e de alvarás no Brasil. O que poucos sabem é que mais de 99% deles não terão, dentro de seu perímetro, uma jazida econômica.

É isso mesmo.

Talvez você não saiba, mas grande parte do território brasileiro está requerida por alguma empresa de mineração ou algum investidor privado. Se você entrar nos sites especializados e olhar o mapa do Brasil vai ver que o nosso território está praticamente todo coberto por pedidos de pesquisa.

Mas isso não faz do Brasil o maior país minerador do planeta faz?

Para entender a dimensão do que eu estou falando é simples: lembre-se de todas as minas que você conhece e das áreas que elas ocupam. Depois compare com toda a área, que você consegue lembrar, onde não existe uma mineração.

A disparidade é simplesmente enorme. A área ocupada pelas minas é infinitamente menor do que a área sem nenhuma lavra. Como a maioria das áreas estão cobertas por pedidos de pesquisa fica óbvio que pedido de pesquisa não é mina...

É uma pena que muitos ainda não consigam entender essa pequena verdade.

Mesmo no caso de sucesso, quando uma jazida é encontrada e se transforma em uma mina, a área a ser utilizada sempre será uma fração da área original do requerimento.

O que esses nobres e galantes protetores do meio ambiente não conseguem entender é que as jazidas são concentrações minerais raríssimas e ocupam, com honrosas exceções, áreas muito pequenas. Até as nossas megajazidas como as de Carajás ocupam uma área razoavelmente pequena, significativamente menor do que uma fazenda de porte médio.

As jazidas e minas são tão raras que, para nós geólogos de exploração, é sempre motivo de enorme alegria e distinção participar da descoberta de uma...

Os autores dos trabalhos e frases que penalizam a mineração deveriam entender um pouco mais do assunto antes de caluniar a mineração como um todo. A mineração tem um impacto ambiental muitíssimo menor do que o da agricultura, da pecuária e até dos grandes projetos como hidroelétricas e projetos industriais de classe mundial.

Para ilustrar o assunto eu coloco a imagem de satélite, que mostra a região de Carajás.

Nesta imagem tudo o que está em lilás é área devastada.

A simples inspeção da imagem mostra, claramente, que quem devasta são as fazendas e não a mineração.

 No centro da imagem, em verde é a área de preservação da Vale, uma floresta natural ainda virgem, no meio da qual existem alguns dos maiores jazimentos minerais do planeta, como Carajás, Salobo, Azul, Sossego e a imensa jazida S11D (Serra Sul).

Se não fosse pela mineração, que proibiu a entrada dos fazendeiros, essa região teria sido totalmente transformada em pasto. Cercando a zona verde, onde a floresta está mantida, existe um mar lilás que são as áreas onde os fazendeiros desmataram.

A imagem não pode ser mais explícita. A área ocupada pelas imensas jazidas, onde houve supressão vegetal, é quase nada quando comparada com aquela ocupada pelas fazendas.

O que vemos é, ao contrário do que muitos propagam, que a mineração protege o meio ambiente deixando uma área mínima sem a cobertura vegetal, que será recuperada no final do empreendimento.

O mesmo não ocorre nas áreas cobertas por fazendas onde a agricultura e a pecuária destruíram quase que totalmente a floresta amazônica.

É muito difícil contrapor esses fatos não é?

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Botswana rocks!

Botswana rocks!



A produção de diamantes de Botswana não para de aumentar. No ano o crescimento já atinge 16,7%, graças ao fim do processo de manutenção que a Mina Orapa enfrentou.

Orapa é um kimberlito que hospeda a maior mina a céu aberto do mundo. A descoberta de Orapa pelo geólogo Manfred Marx mudou Botswana, de forma irreversível. Hoje, pode-se dizer, que o país foi reconstruído pelos diamantes.

A mina, que iniciou em 1971, é operada pela Debswana, uma joint venture entre o governo e a De Beers.

Debswana é a maior empregadora do país, depois do Governo de Botswana. Os diamantes que ela extrai foram os responsáveis pela retirada de Botswana da lista dos países mais pobres do mundo.

 

Imagem: pit de Orapa