sábado, 14 de março de 2015

R$ 76 bilhões em ouro roubado do Tapajós

R$ 76 bilhões em ouro roubado do Tapajós

Em pouco mais de meio século de atividade, o total estimado de ouro retirado do Oeste paraense é de 782,9 toneladas, das quais apenas 313,2 toneladas saíram legalmente. O restante, correspondente a 60% da produção, foi descaminhado, como dizem os estudiosos, que evitam falar apenas em contrabando. Cotado a preço de hoje, 96 reais o grama, esse monumental volume de ouro estaria valendo algo em torno de 76 bilhões de reais. Com o descaminho, ficam cerca de 30 bilhões de reais que, pagando impostos e circulando legalmente na região e no País, quanto benefício poderia ter causado à população em geral e à economia local e estadual?

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O que a região do Tapajós ganhou, neste mais de meio século de avanço ensandecido sobre suas reservas auríferas?
SANTARÉM – A província garimpeira do Tapajós/Jamanxim e afluentes, a maior do Brasil com mais de 28 mil quilômetros quadrados, produziu entre os anos de 1980 e 1989 um total de 256,9 toneladas de ouro, sendo 76,9 toneladas comercializadas oficialmente, com notas fiscais, e 180 toneladas descaminhadas, ou pelo contrabando ou por negócios de pequeno e médio porte não contabilizados pelo fisco. O tamanho dessa área é o oficial, autorizado por lei federal, no entanto, a garimpagem se estende por cerca de 100 mil quilômetros quadrados, à revelia da lei, segundo estimativas confiáveis.
EVASÃO Estes negócios compreendem a evasão pura e simples, assim como a troca de poucas gramas por mercadorias, realizadas pelos trabalhadores garimpeiros, até a aquisição de objetos mais caros efetuados, em geral com volumes de ouro não muito significativos no varejo, mas representativos no volume geral do descaminho.
Tanto o contrabando como estes negócios laterais desviaram mais da metade de todo o ouro produzido a região sob influência do Rio Tapajós. Esta estimativa faz parte de pesquisa do Departamento Nacional de Produção Mineral, o DNPM, referente àquele período. Do total produzido nas grotas, barrancos e nos leitos dos rios e igarapés naquela década, percebe-se que a produção anual foi de cerca de 26 toneladas.
Com a queda acentuada dos preços do metal no mercado mundial, ao lado de medidas econômicas do governo brasileiro daquele período, os garimpos desta região amazônica tiveram uma redução drástica de suas atividades, que recomeçaram vorazmente de 2010 para cá, justamente na trila do aumento também acentuado da cotação do ouro, cujo grama está hoje (20 maio 2013) a 96 reais.
De janeiro de 2010 e agosto de 2012, a cotação do ouro no mercado internacional saltou de 900 dólares para 1.800 dólares a onça (uma onça/ouro equivale a 31 gramas). Aí está uma das explicações da entrada maciça da garimpagem industrial nas águas do Tapajós e seus afluentes.
SAÚDE PÚBLICA O geólogo Alberto Rogério da Silva, com larga experiência em consultoria de mineração, prestando serviços ao Instituto Brasileiro de Mineração, o IBRAM, ao Sindicato das Indústrias Minerais do Pará e à Reinarda Mineração Ltda., informa que, na região do Tapajós, existem atualmente 2.200 pontos de extração de ouro, 500 pistas de pouso para aviões e produção de cerca de 12 toneladas do minério por ano, sendo que a atividade garimpeira já é realizada no local desde 1958. No final do ano passado Alberto Rogério lançou um excelente livro, “A Indústria Mineral no Pará”, em que oferece um panorama do setor na região, do ponto de vista empresarial, ambiental, inclusive quanto à questão do emprego do mercúrio na lavra aurífera e as suas implicações para a saúde pública.
Esses números são atualizações de observações empíricas que vêm do período do boom verificado mais ou menos entre 1980 e 1990. Muitos campos de pouso estão presentemente desativados ou muito pouco utilizados, assim como o total de pontos de garimpagem não significa que a atividade tipicamente artesanal ou semi-mecanizada esteja tão alastrada quanto naquela década. Mas a atividade retorna com muita força, com a introdução da garimpagem industrial que dispensa milhares de trabalhadores, os chamados peões de grota. A tecnologia avançou e os braços necessários para a lavra diminuem exponencialmente.
PRODUÇÃO ESTIMADA EM 54 ANOS DE ATIVIDADE GARIMPEIRA 
De 1958 a 1969 – cálculo empírico – 80 t = 7,2 t por ano
De 1970 a 1979 – cálculo empírico – 200 t = 20 t por ano
De 1980 a 1989 – 256,9 toneladas = 25,7 t por ano (estimativa do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM).
Obs: Neste período, a produção oficial foi de 76,9 toneladas apenas. O descaminho por contrabando e outros negócios menores, foi de 180 toneladas na década).
De 1990 a 1999 – 120 t = 12 t por ano
De 2000 a 2009 – 90 t = 9 t por ano
2010 a 2012 – 36 t = 12 t por ano
Total em 54 anos – 782,9 toneladas 
Estes dados aqui expostos estão sujeitos a contestação e estimativas mais técnicas de correção, havendo muita possibilidade de alterações para mais ou para menos. A suposição, aqui, é que seja para quantias mais elevadas.
Os dados partem de vertentes diversas: a estimativa do próprio Departamento Nacional de Produção Mineral referente à década 1980-1989 e da presente estimativa do geólogo e um dos mais dedicados estudiosos do setor mineral do Pará, o paraense de Juruti, Alberto Rogério da Silva, consultor do Instituto Brasileiro de Mineração, o IBRAM.
OBSERVAÇÕES Há também as observações do autor desta reportagem referentes aos períodos em que acompanhou a atividade, como repórter de O Liberal, de Belém, e como correspondente do jornal O Estado de São Paulo, na cidade de Santarém. Durante longas conversas com empresários do ramo e com diversos pilotos de pequenos aviões que faziam e fazem a rota dos garimpos do Tapajós, quase sempre as estimativas de produção giram em torno de 500 a 700 toneladas de ouro neste mais de meio século.
Na primeira fase, final dos anos 1950 a 1969, a penetração rumo aos mananciais auríferos se fazia de barco, com semanas de viagem e, obviamente, resultando numa produção muito incipiente mas que, já no meado dos 1960, começava a deslanchar, atraindo aventureiros de várias partes do País e compradores locais de empresas paulistas, sobretudo. Começava a ser introduzido o garimpo semi-mecanizado e, obviamente, gerando produção cada vez mais elevada.
Na década seguinte, entre 1970 e 1979, a produção se acelera e um dos indicadores mais visíveis foi a penetração maciça de centenas de empresas de pequena aviação na região, o que transformou o aeroporto da cidade de Itaituba no mais movimentado do mundo nesse tipo de transporte aéreo. O boom estava instalado e se estenderia intenso por cerca de 20 anos.
Esse boom chegou ao seu auge na década seguinte, com a introdução maciça de balsas dotadas de dragas escariantes altamente agressivas ao leito dos rios. Aliado a esse processo deu-se início acelerado ao desmonte de centenas de quilômetros de barrancos às margens dos tributários do Tapajós, resultando no maior derrame de barro dentro do leito principal de um rio brasileiro. O imenso Tapajós, com seus 850 quilômetros de extensão desde a junção do Juruena e o Teles Pires, e que na foz tem 16 quilômetros de largura, mudou de cor – passando de verde-esmeralda a barrento. A poluição física, pelo barro, e o emprego maciço de mercúrio nas águas da região transformaram a natureza de vários rios e igarapés do coração da Amazônia. O medo das doenças provenientes do mercúrio se alastrou e algumas pesquisas foram realizadas pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará, comprovando as hipóteses, em diversas amostras colhidas pelos pesquisadores, de que havia espécies de peixes, abundantes na região e alimento básico de largas faixas da população, impregnados com teores de mercúrio, transformado quimicamente, acima do que pode resistir o ser humano, segundo parâmetros da Organização Mundial de Saúde, a OMS.
PESQUISAS Pesquisas sobre a contaminação mercurial existem, mas os diversos relatórios e artigos existentes estão pedindo uma consolidação e mais investimentos, já que as iniciativas, mesmo louváveis, ainda são mais pessoais ou de grupos sem recursos para aprofundar os estudos. Ressalve-se os esforços de pesquisadores do Instituto Evandro Chagas do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará.
Dos anos 1990 em diante houve um decréscimo acentuado na produção pelas razões expostas, como a queda dos preços do ouro no mercado internacional ao lado de medidas econômicas num período de elevada inflação no Brasil.
De 2010 para cá, no entanto, a atividade retorna com força, já com o emprego de tecnologias bem mais avançadas, como o emprego de dragas que custam até 2 milhões de reais, e que já seriam em número de 70 na bacia do Tapajós.
Há muitas questões a serem levantadas: ao revirar o leito do Tapajós e afluentes, essas dragas poderosas repetirão o desastre ambiental dos anos 1980/1990? Aquele processo foi estancado não por qualquer medida de prevenção ou repressão oficial, mas apenas em consequência do preço ouro, que despencou e por dificuldades econômicas do País naquele momento, retraindo os investidores.
QUESTÃO CENTRAL Outra questão, esta central: O que a região do Tapajós ganhou, neste mais de meio século de avanço ensandecido sobre suas reservas auríferas? O Estado Pará, que proveito tirou dessa monumental agressão ambiental? E uma conclusão: isto pode se repetir, com consequências ainda mais danosas à própria economia regional, especialmente ao Oeste do Pará, onde se implanta, ainda incipiente, uma indústria do turismo que tem Alter do Chão como ícone desta fase, com investimentos em hotéis, pousadas, lanchas, turismo receptivo de até 35 transatlânticos por temporada (novembro a março), afetando o emprego de milhares de pessoas nos municípios de Santarém, Aveiro (Fordlândia) e Itaituba. Quilômetros de praias e lagos podem voltar a ser enlameados como naquele período citado. E o pecado escassear.
É claro que resíduos dessa economia do saque ficaram na região. Itaituba, que ficou conhecida como a Cidade Pepita, e Santarém, obtiveram proveitos na circulação de uma riqueza que dinamizou o comércio local, porém uma riqueza infinitamente menos significativa diante das montanhas do ouro descaminhado. Aliás, esses benefícios foram largamente neutralizados pela avalanche da massa migratória, trazendo para a região milhares de trabalhadores para os quais, quando muito, ficaram ralos gramas do metal tão precioso.
Para a maioria desses trabalhadores ficaram a malária, o risco da contaminação pelo mercúrio, o mais venenoso metal líquido existente na natureza, e peixes contaminados para os ribeirinhos. Foram encher as periferias das duas cidades e engrossar as grotas de onde muitos nem mais saíram, seja pelas doenças ou vitimados pela criminalidade que, nos anos de boom, ceifou milhares de vidas de garimpeiros. Na frente de Itaituba está uma grande favela, às margens do rio que tanto ouro pariu neste meio século, a demonstrar a lógica dessa economia de terra e águas arrasadas.
Quando os empresários do ouro ouvem estas conversas, de imediato alegam que qualquer medida visando ao combate à agressão ambiental e humana resultará na queda da produção de ouro e redução dos empregos nas grotas. Ocorre que ao longo do Tapajós, abaixo das zonas agredidas, muito mais gente, inclusive os 78 mil ribeirinhos que vivem da pesca, podem ficar sem trabalho. Uma questão: ninguém quer que o ouro deixe de ser retirado do Tapajós, o que se pleiteia é a introdução de tecnologias não poluentes, já existentes.
O que precisa ter um basta é a atividade ilegal, aventureira, imediatista, como, aliás, é praxe na Amazônia, onde se chega para enriquecer rápido e cair fora, sem nenhum compromisso com o desastre deixado para trás. E isso vale tanto para o garimpo quando para as médias e grandes empresas mineradoras.

Amazonas puxa novo boom do petróleo na Amazônia


Entreposto do petróleo da região de Urucu
Com reservas totais de 187, milhões de barris de petróleo e 89,7 milhões de metros cúbicos de gás natural distribuídos nas bacias sedimentares dos rios Solimões e Amazonas, o Amazonas puxa uma nova corrida pelo petróleo e pelo gás natural na Amazônia brasileira.
O novo boom do petróleo começa 25 anos depois da descoberta da província petrolífera de Urucu, na Bacia do Solimões, no município de Coari, a 363 quilômetros de Manaus. Conforme assinala reportagem do jornal A Crítica, de Manaus (AM,  empresas privadas brasileiras e estrangeiras voltam seus investimentos para a região.
Por isso, de acordo com a reportagem, somente no Amazonas, este mercado deverá receber investimentos bilionários nos próximos três anos, com a expectativa de geração de mais oito mil novos empregos no estado.  A reportagem assinala que, ao contrário do que ocorreu no passado, quando a Petrobras desbravava sozinha esse mercado, agora a empresa tem concorrentes.
Está em jogo um mercado considerado estratégico pelo governo brasileiro. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), apesar da altíssima qualidade do petróleo encontrado em Urucu, são as reservas de gás que fazem da região um mercado muito importante, pois o Brasil ainda importa boa parte do gás natural consumido no país da Bolívia. Hoje, o Amazonas já responde por 18% de toda a produção nacional de gás natural.
Atualmente, a Petrobras produz 56,5 mil barris de petróleo por dia e 9,7 milhões de metros cúbicos de gás natural diários dos poços que mantém no município de Coari. Desde 2005, retomou perfurações em regiões próximas às reservas de Urucu e, no ano passado, descobriu poços de petróleo altamente rentáveis.

Entrada de empresas privadas

Segundo a reportagem de A Crítica, pelo menos duas empresas privadas estão entrando agressivamente nesse mercado e a principal delas tem capital estrangeiro, mas é brasileira por nascimento: HRT Oil & Gas. A companhia é operadora de 21 blocos localizados na bacia sedimentar do Solimões. Hoje, a petrolífera vem prospectando em áreas nos municípios de Carauari, Tefé e Coari. No ano passado, a empresa vendeu 45% de suas operações na Amazônia para a anglo-russa TNK-BP, resultado de uma joint-venture entre a TNK (Rússia) e a British Petroleum (Reino Unido), que prometeu injetar US$ 1 bilhão na empreitada.
Além da HRT, a Petrogal Brasil também vem atuando no Amazonas. Ela é uma subsidiária da companhia de energia portuguesa Galp. A Petrogal tem a concessão de dois blocos em parceria com a Petrobras e vem fazendo pesquisas na Bacia Sedimentar do Amazonas, entre os municípios de Rio Preto da Eva, Itapiranga e Silves.
Segundo o especialista Walter De Vitto, da Tendências Consultoria, o mercado de gás e petróleo no Amazonas vai continuar aquecido nos próximos anos. “O preço do barril de petróleo está em alta no mercado internacional e isso tende a encorajar as empresas a se lançar nessa empreitada. Observamos que como o foco da Petrobras, que é o principal ator desse mercado, vai estar voltado para os investimentos na camada do pré-sal, empresas menores, como a HRT, poderão encontrar boas oportunidades de negócio na região”, afirma De Vitto. 
Para o economista e secretário de Estado da Fazenda, Isper Abrahim, o aquecimento do mercado deverá continuar pelos próximos anos e ele já vislumbra a criação de um novo pólo econômico que poderá ser tão importante para o Amazonas quando é hoje o Pólo Industrial de Manaus (PIM): o gás-químico. “No curto prazo, nós teremos todos os insumos para implantarmos um polo gás-químico importante no Estado. Teremos o gás natural, energia elétrica vinda do linhão de Tucuruí e a silvinita. Poderemos entrar fortes no mercado de fertilizantes, onde o Brasil ainda é um dos maiores importadores desse tipo de produto”, afirma Abrahim.

Petrobras anuncia descoberta de petróleo e gás no Amazonas

Petrobras anuncia descoberta de petróleo e gás no Amazonas

Reserva tem capacidade de produzir 1.400 barris de óleo por dia.
Descoberta pode criar novo polo produtor na Bacia do Solimões, diz estatal.


A Petrobras anunciou nesta sexta-feira a descoberta de uma nova acumulação de óleo e gás na Bacia do Solimões, no Amazonas.
Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a reserva, localizada no município de Coari, a 25 km da província petrolífera de Urucu (AM), indicou capacidade de produção diária de 1.400 barris de óleo de boa qualidade (41º API) e 45 mil metros cúbicos de gás, na Formação Juruá.
O poço foi perfurado a uma profundidade final de 3.295 metros.
"Este é o segundo sucesso exploratório no Bloco SOL-T-171, onde já está em andamento, desde 2010, o Plano de Avaliação da Descoberta do poço 1-BRSA-769-AM, informalmente conhecido como Igarapé Chibata", afirmou a Petrobras.
Segundo a companhia, confirmada a viabilidade econômica das descobertas, elas viabilizarão a criação de um novo polo produtor de petróleo e gás natural na Bacia do Solimões.
A empresa detém 100% dos direitos de exploração e produção na concessão. A companhia produz diariamente no Amazonas 53 mil barris de óleo e 11 milhões de metros cúbicos de gás natural, além de 1,3 mil toneladas de GLP.

A descoberta do Distrito Estanífero da Pedra Branca/GO - Brasil

A descoberta do Distrito Estanífero da Pedra Branca/GO - Brasil

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Este documento visa resgatar a história da descoberta deste distrito que já produziu centenas de milhões de dólares equivalentes em estanho. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,

A descoberta, por garimpeiros, do estanho da Serra Branca, às margens do Rio Maranhão,mudou o cenário deste metal no Centro-Oeste. Esta região foi imediatamente inundada por empresas e garimpeiros impulsionados pelo sonho da riqueza fácil... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Após ter perdido a oportunidade de descobrir este depósito (os granitos Serra da Mesa e Serra Branca foram considerados pelo consultor como "intrusões diapíricas do embasamento" e o follow-up proposto pelos geólogos de campo não foi efetuado...) o Chefe do Distrito da Docegeo Centro-Oeste, Axel de Ferran, constitui uma equipe de exploração objetivando a descoberta de outros jazimentos no Centro-Oeste. Esta "equipe", na sua fase inicial, é constituida por mim, um geólogo júnior com pouco mais de 1 ano de experiência, um auxiliar (Wilmar Siqueira) e um bateador experiente (Nilton Botelho). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Apesar da gritante falta de experiência da gerência de exploração, este programa acabou sendo um verdadeiro exemplo de prospecção mineral bem-sucedida. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
O fase inicial constituiu-se de foto-interpretação, feita no escritório de Goiânia, em busca de alvos potenciais. Como toda a região da Serra Branca estava coberta de pedidos busquei a descoberta de algo inédito em qualquer lugar da nossa área de atuação, o Centro-Oeste. Em duas semanas estavam delineados os primeiros alvos que situavam-se a nordeste de Cavalcante/GO. Estes alvos tinham dimensões variáveis, de poucas centenas de metros até dezenas de milhares de metros como a estrutura da Pedra Branca.
A princípio eles foram recebidos com certo ceticismo e tiveram a sua prioridade reduzida, por não estarem localizados no alinhamento tectônico da Serra Branca e por ficarem a uma enorme distância deste distrito estanífero..
Apesar destes pontos negativos Axel nos dá a luz verde e em 22 de Novembro de 1973 iniciamos os trabalhos de prospecção regional. Nesta data rumamos para a vila de Terezina onde uma pequena pensão repleta de "barbeiros" nos esperava. Graças a informações passadas por geólogos da CPRM, que atuavam na vizinha Cavalcante, pudemos evitar o contágio. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Nos primeiros dias procurei concentrar o foco nos alvos próximos do trecho Terezina-Monte Alegre, a única estrada da região. De uma forma quase subliminar a descoberta do distrito é pressentida no primeiro dia de trabalho, sábado 24 de novembro de 1973, durante a amostragem de concentrados de bateia. Para minha surpresa encontramos cassiterita na quarta amostra coletada! Quando a esmola é demais... A partir deste momento, a cada afloramento estudado, ficam evidentes as manifestações hidrotermais associadas a rochas graníticas, portadoras de concentrações anômalas de cassiterita. A área prometia e a motivação do geólogo de exploração fazia a adrenalina subir. No terceiro dia de trabalho foi descoberta a cassiterita do Morro Sucuri, pequeno stock granítico com bela estrutura circular associada. Este alvo estava localizado às margens da GO-112, por onde milhares trafegavam, e só foi "descoberto", segundo o DNPM uma década depois... ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
No Sucuri foi observado um albita-granito intrusivo, equigranular, cortado por vênulas de quartzo-pirita-fluorita. Nesta fase não foram encontradas mineralizações significativas e toda a cassiterita era submilimétrica. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Dado os resultados positivos obtidos foi priorizada a grande estrutura elíptica da Pedra Branca. Esta serra estava situada a dois dias de cavalo da GO-112, na margem esquerda do Rio Paranã. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Na terça-feira, 4 de Dezembro de 1993 o nosso pequeno grupo de exploradores, agora aumentado para 5 com a adição dos locais Simplício e seu filho Nicanor se aproxima da descoberta do maior depósito de estanho do Centro-Oeste. Durante várias horas de cavalgada, ainda distante do alvo, era observada uma estranha depressão nas cabeceiras de uma drenagem.
Esta anomalia nos atraiu como um farol. No final da tarde montamos acampamento na beira do Córrego Pedra Branca que descia desta bacia de cor anomalamente clara. A curiosidade era enorme e, enquanto Simplício e Nicanor montavam o primeiro acampamento, Nilton, Wilmar e eu fomos amostrar o Pedra Branca.
Estava descoberta uma das principais jazidas aluviais da região.
A noite demorou a passar... No dia seguinte, cedo, começamos a escalada da serra, pelo vale do Pedra Branca. A cada parada era coletada uma amostra de concentrado, que, invariavelmente, dava positiva. Os grãos de cassiterita estavam mais grosseiros indicando a proximidade da fonte.
Durante a subida confirmou-se a nossa hipótese de um corpo granítico intrusivo. O augen gnaisse do embasamento apresentava um belo contato por falha (cataclasitos) com o granito a biotita.
Este granito grosseiro a biotita, passa gradualmente para uma rocha granítica intensamente alterada, sericitizada e caulinizada, cortada por várias gerações de muscovita, clorita e biotita greisens mineralizados. Nesta área os máficos foram totalmente destruidos. A cor branca, da bacia, observada durante a chegada era devido a um colúvio de quartzo leitoso que a cobre quase que totalmente.. Estava explicada a depressão e começava a descoberta dos maiores jazimentos primários de estanho do Centro-Oeste.
Os próximos dias e semanas foram dedicados a prospecção na região. Com o tempo foi possível perceber a importância e as dimensões do distrito.
Em 24 de janeiro de 1974 chegou o PT-HEZ, helicóptero de Belém que iria agilizar e intensificar o ritmo das descobertas. O helicóptero, pilotado pelo Cmdte Sayão e transportando o geólogo Octávio Ferreira da Silva, pousou em emergência com pouco menos de 3 minutos de combustível. Na época não existiam os GPS... Como o tempo estava coberto Sayão não conseguia localizar a nossa clareira, em um vale apertado as margens do Rio Paranã. O desespero era grande e o rádio de Belém gritava fazendo a ponte.
Solicitamos, via rádio que o HEZ começasse a fechar, gradualmente um grande movimento em espiral até que pudéssemos localizá-lo de alguma forma. Com alguns peões nas árvores em menos de 15 minutos pudemos orientá-lo para cima da clareira e ele, seguramente, furou o teto e pousou.
Este foi o meu primeiro contato com o Octavio, grande amigo, que estava tão branco de susto que não foi possível perceber a sua cor original...
Somente no dia 2 de março de 1974, depois da descoberta dos principais depósitos da região (Pedra Branca, Mocambo, Sucuri, Ingazeira, Mangabeiras e Mendes) que descobrimos os greisens com até 80% de cassiterita. Neste momento concentramos os esforços na descoberta destes "buchos", verdadeiras bonanzas que foram, aos poucos, descobertos às dúzias. Eram corpos mineralizados com até 2m de espessura, extremamente ricos.
Por mais que não quiséssemos as notícias espalharam-se com incrível velocidade. Afinal um pequeno bloco deste minério com 1 m3 de volume valia mais de US$30.000,00 no mercado.
Nesta época foi rasgada a primeiras estrada e construida as pontes, que mais tarde, ironicamente iriam facilitar a vida de milhares de invasores. Enquanto isso a nossa equipe se multiplicava com a chegada de Carlos "Carlão" Alberto B. Cunha, Roberto Gomes, Pedro "Caruá" Clementino, Anchieta e Orlando Placha.
A partir deste momento o trabalho entra em fase de avaliação preliminar de reservas e mapeamento de detalhe.
A descoberta me alavancou para a chefia do projeto Rio Grande do Sul e deixei a Serra.
Mas a história continua e a situação rósea, torna-se dramática e difícil.
O inevitável ocorreu. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Hordas de garimpeiros atraidos pelo vazamento de informações acamparam no flanco Sul da Serra. As noites se iluminavam com as verdadeiras "romarias" de garimpeiros com suas lanternas e candieiros a procura dos riquíssimos blocos de cassiterita quase pura. Aos poucos, pela falta de ação da Docegeo, presa em emaranhados político-legais, os garimpeiros perderam o medo e invadiram definitivamente a Serra, forçando os poucos geólogos a se retirarem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Um triste fim para um trabalho que começou tão bem. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Em poucos meses mais de 5.000 homens povoaram o sertão da Pedra Branca extraindo milhares de toneladas de estanho. Este minério era imediatamente comprado por representantes de "sérias" empresas de mineração, que ao fazer este ato nitidamente ilegal, incentivavam a invasão e o roubo descarado do minério. O garimpo progrediu até 1976, quando mais de 15.000 pessoas trabalhavam os depósitos primários e aluviais. ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
A Docegeo nunca recuperou a enorme perda, mesmo com uma reserva remanescente de mais de 15.000t de estanho ( Padilha em 1981). ouro, cobre, molibdenita, pórfiros, exploração mineral, amazônia, brasil, geologia, consultor, áreas, garimpos, minerais, quartzo, tantalita, ametista, citrino, diamantes, tapajós,
Aqui fica o meu reconhecimento aos amigos de uma equipe vencedora cujo trabalho, bem ou mal, alimentou e empregou dezenas de milhares de pessoas por quase uma década. Fica também o meu respeito àqueles empregados que optaram pela pobreza não usufruindo dos seus conhecimentos para benefício próprio.

Como se encontra petróleo?

Como se encontra petróleo?

Ele só pode ser achado nas chamadas bacias sedimentares, terrenos formados por camadas de minério e material orgânico acumulado ao longo de milênios. (Esse material orgânico, feito dos restos mortais de milhões de microorganismos, é que constitui o petróleo.) Existem três métodos diferentes utilizados para encontrar as tais bacias. O primeiro é examinar fotos tiradas por satélites, que mostram as configurações gerais do terreno e os limites de uma bacia. O segundo é a chamada gravimetria. Como as rochas sedimentares têm menos densidade que as maciças, nas áreas com grandes concentrações de sedimentos a força de gravidade da Terra é ligeiramente menor. A diferença pode ser detectada até de um avião, por meio de molas e pesos extremamente sensíveis. Mas há um detalhe fundamental: a presença de uma bacia sedimentar por si só não basta. Para que o petróleo se acumule é preciso haver rochas porosas capazes de absorvê-lo - e essas, por sua vez, devem estar cercadas de rochas impermeáveis para que ele não escape.
Por isso, o método de investigação mais importante é o sísmico: os geólogos provocam pequenos terremotos e captam os ecos vindos das profundezas por meio de microfones ultra-sensíveis enterrados no solo. Como cada tipo de rocha reflete a vibração de uma maneira, os sinais podem ser analisados por computadores que produzem uma imagem da composição do subsolo a quilômetros de profundidade. Para isso, antes se empregavam explosões de dinamite. O método mais recente é usar enormes tratores que fazem vibrar o solo em uma freqüência predeterminada. Além de causar menos danos ao ambiente, esse método tem a vantagem de produzir ecos mais facilmente identificáveis pelos sensores. No mar, em vez de explosões, um navio atira bolhas de ar para o fundo, com um poderoso canhão de ar comprimido - e essas vibrações são captadas em centenas de microfones arrastados na água em cabos que chegam a ter 8 quilômetros de comprimento.
Mesmo com todos esses processos, só dá para ter certeza de que há petróleo naquele terreno depois de perfurá-lo, fazendo os chamados poços exploratórios. "Essa sondagem é caríssima, especialmente se o poço for no fundo do mar", diz o engenheiro Giuseppe Bacoccoli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um poço marítimo de 3 quilômetros de profundidade custa em torno de 10 milhões de dólares. E é raro acertar no primeiro disparo. "É comum ter de furar de quatro a dez poços antes de descobrir uma nova jazida, mesmo numa bacia conhecida", afirma Giuseppe.