Como se encontra petróleo?
Ele só pode ser achado nas chamadas bacias sedimentares,
terrenos formados por camadas de minério e material orgânico acumulado
ao longo de milênios. (Esse material orgânico, feito dos restos mortais
de milhões de microorganismos, é que constitui o petróleo.) Existem três
métodos diferentes utilizados para encontrar as tais bacias. O primeiro
é examinar fotos tiradas por satélites, que mostram as configurações
gerais do terreno e os limites de uma bacia. O segundo é a chamada
gravimetria. Como as rochas sedimentares têm menos densidade que as
maciças, nas áreas com grandes concentrações de sedimentos a força de
gravidade da Terra é ligeiramente menor. A diferença pode ser detectada
até de um avião, por meio de molas e pesos extremamente sensíveis. Mas
há um detalhe fundamental: a presença de uma bacia sedimentar por si só
não basta. Para que o petróleo se acumule é preciso haver rochas porosas
capazes de absorvê-lo - e essas, por sua vez, devem estar cercadas de
rochas impermeáveis para que ele não escape.
Por isso, o método de investigação mais importante é o sísmico: os geólogos provocam pequenos terremotos e captam os ecos vindos das profundezas por meio de microfones ultra-sensíveis enterrados no solo. Como cada tipo de rocha reflete a vibração de uma maneira, os sinais podem ser analisados por computadores que produzem uma imagem da composição do subsolo a quilômetros de profundidade. Para isso, antes se empregavam explosões de dinamite. O método mais recente é usar enormes tratores que fazem vibrar o solo em uma freqüência predeterminada. Além de causar menos danos ao ambiente, esse método tem a vantagem de produzir ecos mais facilmente identificáveis pelos sensores. No mar, em vez de explosões, um navio atira bolhas de ar para o fundo, com um poderoso canhão de ar comprimido - e essas vibrações são captadas em centenas de microfones arrastados na água em cabos que chegam a ter 8 quilômetros de comprimento.
Mesmo com todos esses processos, só dá para ter certeza de que há petróleo naquele terreno depois de perfurá-lo, fazendo os chamados poços exploratórios. "Essa sondagem é caríssima, especialmente se o poço for no fundo do mar", diz o engenheiro Giuseppe Bacoccoli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um poço marítimo de 3 quilômetros de profundidade custa em torno de 10 milhões de dólares. E é raro acertar no primeiro disparo. "É comum ter de furar de quatro a dez poços antes de descobrir uma nova jazida, mesmo numa bacia conhecida", afirma Giuseppe.
Por isso, o método de investigação mais importante é o sísmico: os geólogos provocam pequenos terremotos e captam os ecos vindos das profundezas por meio de microfones ultra-sensíveis enterrados no solo. Como cada tipo de rocha reflete a vibração de uma maneira, os sinais podem ser analisados por computadores que produzem uma imagem da composição do subsolo a quilômetros de profundidade. Para isso, antes se empregavam explosões de dinamite. O método mais recente é usar enormes tratores que fazem vibrar o solo em uma freqüência predeterminada. Além de causar menos danos ao ambiente, esse método tem a vantagem de produzir ecos mais facilmente identificáveis pelos sensores. No mar, em vez de explosões, um navio atira bolhas de ar para o fundo, com um poderoso canhão de ar comprimido - e essas vibrações são captadas em centenas de microfones arrastados na água em cabos que chegam a ter 8 quilômetros de comprimento.
Mesmo com todos esses processos, só dá para ter certeza de que há petróleo naquele terreno depois de perfurá-lo, fazendo os chamados poços exploratórios. "Essa sondagem é caríssima, especialmente se o poço for no fundo do mar", diz o engenheiro Giuseppe Bacoccoli, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um poço marítimo de 3 quilômetros de profundidade custa em torno de 10 milhões de dólares. E é raro acertar no primeiro disparo. "É comum ter de furar de quatro a dez poços antes de descobrir uma nova jazida, mesmo numa bacia conhecida", afirma Giuseppe.
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