sábado, 2 de maio de 2015

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Oito especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2010. Desde então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
O ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitoskimberlitos*. Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas, não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras preciosas.
Atualmente, o Brasil conta principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos pesquisadores é divulgar todos os dados em 2014.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques. Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira uma foto:

Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo

A obra Diamante: a pedra, a gema, a lendade autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1)    Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates. Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.
2)    Incomparable
Incomparable, ou Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.
3)    Cullinan II
Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que oCullinan I. Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da Inglaterra.
4)    Grão Mogol
Encontrado na Índia em 1550, pesa 793 quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro atual desta preciosidade é desconhecido.
5)    Nizam
Nizam é o diamante mais antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227 quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.

Começa o segundo ciclo do ouro no Pará OEstado do Pará ganhou notoriedade nacional e internacional

Começa o segundo ciclo do ouro no Pará OEstado do Pará ganhou notoriedade nacional e internacional, na segunda metade do século passado, graças à sua extraordinária produção de ouro. Primeiro com os milhares de garimpos espalhados no vale do Tapajós, tendo como polo de referência a cidade de Itaituba. Acredita­se que tenham sido extraídas da região, a partir de 1950, cerca de 500 toneladas de ouro. Mais tarde, já na década de 1980, a notoriedade ficou por conta de Serra Pelada, que, com seu formigueiro humano, foi na época internacionalmente reconhecido como o maior garimpo de ouro do planeta. No final da década de 1990, com o declínio da atividade garimpeira, o que fez despencar também os números da produção, parecia ter­se acabado o ciclo do ouro no Pará. Esta era, porém, uma percepção equivocada. Na verdade, o Pará, detentor de alguns dos mais importantes distritos auríferos do país, está iniciando precisamente agora o segundo ciclo do ouro, este com uma importância econômica provavelmente muito superior ao primeiro. O que muda, neste novo cenário, são as características da atividade extrativa: em vez da garimpagem manual, com o emprego de mão de obra intensiva e em condições brutais de trabalho do garimpo, entra em cena a mineração empresarial, com seu arsenal tecnológico, a lavra mecanizada e as técnicas mais sofisticadas de extração de metais. Sobrevivendo residualmente, os garimpos convencionais passam a ter importância secundária. A tendência é de aumento progressivo dos volumes de produção e de significativa redução dos impactos ambientais. A bateia e o mercúrio, símbolos do garimpo no século passado, ocupam página virada na história da produção de ouro no Pará e na Amazônia. Em Belém, o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, dispõe de números que confirmam a nova corrida ao ouro no Estado do Pará. Num levantamento ligeiro, limitado somente às áreas com alguma tradição garimpeira, o Departamento confirmou, na sexta­feira, a existência de quase duas centenas de autorizações de pesquisa específicas para exploração de ouro em alguns municípios do Pará. Entre eles está Altamira, com 18 autorizações, Eldorado dos Carajás com 8, Marabá com 17 e Parauapebas com 15. AUTORIZAÇÕES Um caso especial é o município de Itaituba, no vale do Tapajós, região oeste do Pará. Berço da mais intensa atividade garimpeira do mundo durante quatro décadas (1950/1990), Itaituba conta hoje com 86 autorizações expedidas pelo DNPM só para pesquisa de ouro. No município de Itaituba já está confirmada a descoberta de pelo menos duas jazidas de classe mundial e se encontra em operação a única mina de exploração mecanizada hoje existente no Pará, a Serabi Mineração. Antes dela, o Pará só teve uma mina mecanizada de ouro – a do Igarapé Bahia, explorada pela Vale em Carajás na década de 1990, com produção realizada de quase 100 toneladas. A próxima será a Nova Serra Pelada, em Curionópolis. Quando o assunto é ouro, aliás, Itaituba sempre é capaz de surpreender e impressionar. Além da única mina mecanizada e do grande número de autorizações de pesquisa, o município concentra também o maior quantitativo de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG)
Esse tipo de autorização é concedido pelo DNPM a empresas e pessoas físicas exclusivamente para a extração de ouro em depósitos secundários, através de processo manual ou mecanizado, em áreas não superiores a 50 hectares. De acordo com o superintendente em exercício do DNPM no Pará, Raimundo Abraão Teixeira, existem hoje cerca de quatro mil PLG’s expedidas para o município de Itaituba. Ele lembra, porém, que por volta de 1993 a 1995, quando o Ministério de Minas e Energia autorizou essas permissões, houve uma verdadeira avalanche de pedidos para aquele município. “Nós chegamos a ter naquela época mais de 40 mil requerimentos somente para Itaituba”, finalizou. (Diário do Pará

Ouro volta a subir...

Ouro volta a subir


Mais um motivo para celebrar.

Depois do grama atingir o patamar de R$110 o ouro, influenciado pelo dólar fraco e pela possível decisão do Fed de não aumentar as taxas em junho, voltou a subir.

No momento a onça do metal está sendo negociada a US$1.212,90 o que é mais do que suficiente para que os investidores voltem a apostar nas mineradoras de ouro.

As grandes produtoras de ouro estão em forte alta.

A Barrick atinge 3,8%, a AngloGold Ashanti 4,48%, a Kinross 2,88 e a Yamana 4,24%.

Outra boa notícia é de que a China importou mais ouro do que o esperado neste primeiro trimestre de 2015, atingindo 326,7 toneladas. Em 2014 o gigante asiático importou 25% menos o que retraiu os preços do metal no mundo.

A China e a Índia são os dois maiores mercados mundiais de ouro e juntas consomem mais de 51% da demanda.

Nova ameaça para a Vale: chineses vão investir US$2,8 bilhões no níquel da Indonésia

Nova ameaça para a Vale: chineses vão investir US$2,8 bilhões no níquel da Indonésia



Publicado em: 28/4/2015 19:02:00 


O Grupo Chinês Tsingsham planeja investir US$2,8 bilhões em uma planta de alta capacidade de gusa-níquel na Indonésia.

O gusa-níquel é a forma mais barata de processar os minérios lateríticos de baixo teor (foto). O método foi aperfeiçoado pelos chineses que conseguem transportar um minério pobre em balsas, por milhares de quilômetros, de países longínquos como a Indonésia e, mesmo assim, derrotar os grandes competidores como a Vale e a russa Norilsk.

Em 2013 a Vale estava com a divisão de níquel em crise e vinha perdendo mercado para as plantas chinesas de gusa-níquel que produziam um produto muito mais barato.

A sorte da Vale foi que o Governo da Indonésia, em 2014, baniu a exportação das lateritas niquelíferas que alimentavam a maioria das plantas chinesas, que imediatamente tiveram que fechar.

A proibição foi uma benção para a Vale. Em 2014 os preços do níquel subiram assim como a produção da mineradora, que passou a ser a maior produtora de níquel do planeta.

No entanto a sorte parece estar mudando, mais uma vez.

Empresas como a Tsingsham, que estão implantando siderúrgicas de gusa-níquel na Indonésia, poderão , novamente, tirar parte substancial do mercado da Vale.

A chinesa pretende com a nova planta produzir 2 milhões de toneladas de aço inox a partir de 2017. Esta produção é uma grande ameaça ao domínio da Vale, pois corresponde a 40% da capacidade europeia e a 5% da do mundo.

A primeira fase do projeto foi completada em março.

Além do aço inox o Grupo Chinês tem uma capacidade instalada de 300.000t de gusa-níquel que está sendo ampliada para 600.000t ainda em 2015.

Má notícia para a Vale.

Pesquisa mineral: chilenos na frente se preparam para abrir bolsa para junior companies em Santiago

Pesquisa mineral: chilenos na frente se preparam para abrir bolsa para junior companies em Santiago





A melhor forma de desenvolver a pesquisa mineral de um país é financiando as junior companies. São essas as empresas que farão as descobertas minerais necessárias ao desenvolvimento do país.

Aqui no Brasil não existem financiamentos disponíveis para as juniors da mineração.

Nenhum banco, incluindo o BNDES, financia empresas de pesquisa mineral. Aqui, mesmo os jazimentos com certificação internacional (Jorc ou NI-43101) não são reconhecidos como ativos que possam lastrear os financiamentos.

Obviamente isso não ocorre lá fora.

Qualquer empresa com uma jazida que tenha um “bankable feasibility study (BFS)” certificado consegue levantar financiamentos bancários que irão transformá-la em uma mineradora.

O problema, no entanto, é como se consegue o dinheiro para fazer a pesquisa e chegar a um BFS.

A melhor e mais objetiva forma é através do lançamento de ações em uma bolsa de valores: o IPO. Isso infelizmente não é possível no Brasil pois a Bovespa exige que qualquer IPO tenha, no mínimo, o equivalente a R$300 milhões. Ou seja, o lançamento de ações no Brasil é coisa para empresas de porte médio a grande e nunca de uma empresa junior. 

Foi essa insensibilidade estratégica que fez com que todas as empresas juniors do planeta, inclusive as brasileiras, buscassem os financiamentos via IPO nas bolsas de Toronto, Londres e Sidney ou onde isso é possível.

A bolsa de Toronto, a maior neste segmento, atraiu dezenas de milhares de empresas de pesquisa mineral ao longo dos anos e literalmente financiou a pesquisa mineral mundial.

Em contrapartida a Bolsa de Toronto tornou-se uma das maiores do mundo exclusivamente pelo capital que as junior companies injetaram.

Bom para os canadenses que contabilizam a maioria das descobertas como ativos do próprio país, afinal a junior listada em Toronto é uma empresa canadense e todas as descobertas dela são, também, do Canadá.

É uma fuga de riqueza imensa, não contabilizada pelos países como o Brasil.

É exatamente isso que os chilenos querem acabar.

Eles estão se preparando para que a Bolsa de Santiago possa operar com as junior companies da mineração. Quando isso ocorrer veremos que um grande número de empresas de todos os cantos, inclusive brasileiras, irão buscar os financiamentos no Chile.

Será mais uma grande oportunidade perdida pelo Brasil sem contar, mais uma vez, na fuga de capital e de riquezas.