JADE
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Jade
é um termo genérico utilizado para designar duas espécies minerais, a
jadeíta e a nefrita. Geralmente, estes minerais ocorrem na forma
opaca, embora eventualmente hajam exemplares translúcidos.
Na
América Central, a jadeíta já era utilizada pela Civilização
pré-colombiana Maia e pelos povos Olmecas que habitavam a planície
costeira do Golfo do México, uma vez que uma de suas principais
fontes, histórica e atual, é a Guatemala.
Em
termos de composição química, a jadeíta é um silicato de sódio e
alumínio, enquanto a nefrita trata-se de um silicato de cálcio,
magnésio e ferro.
Estes
materiais são formados por massas compactas emaranhadas de diminutas
fibras ou grãos cristalinos com orientação aleatória e são exemplos
clássicos de gemas com elevada tenacidade, isto é, que oferecem grande
resistência ao rompimento (o que as difere das de elevada dureza, que
são aquelas dificilmente riscáveis).
Embora
a cor verde seja a mais caracterísctica e valorizada na jadeíta, esta
ocorre numa ampla gama de matizes, entre eles branco, lavanda, preto,
alaranjado e castanho, geralmente mosqueados.
A
jadeíta apresenta um espectro de absorção na região da luz visível
bastante característico, observável através das bordas dos exemplares
opacos, que consiste em uma típica banda na região do violeta.
Possui
brilho reluzente a oleoso, dureza 6 ½ a 7, peso específico 3,34 (±
0,04) g/cm3 (próxima à do líquido iodeto de metileno), índices de
refração 1,660 - 1,680 (± 0,008), sendo a leitura do índice médio,
pelo método de visão distante, em torno de 1,66. Ocasionalmente, exibe
uma cor esbranquiçada sob luz ultravioleta.
A nefrita apresenta uma estrutura fibrosa,
dureza 6 a 6 ½, densidade 2,95 (- 0,05 + 0,08) g/cm3, índices de
refração 1,606 – 1,632 (- 0,006), sendo a leitura do índice médio,
pelo método de visão distante, em torno de 1,61 a 1,62.
As
principais fontes de jadeíta são Mianmar (antiga Birmânia, na região
de Hpakan, centro-norte do país), responsável por quase toda a
produção mundial de boa qualidade; Guatemala (El Progreso e Zacapa) e,
secundariamente, Rússia (Montes Urais e Sibéria Central), Cazaquistão
e Japão.
A
nefrita ocorre principalmente no Canadá (Colúmbia Britânica), EUA
(Alaska), China (Provìncia de Liaoning e diversas outras regiões),
Rússia, Nova Zelândia e Austrália.
A
classificação de qualidade do jade leva em consideração não apenas os
4 tradicionais fatores cor, pureza, lapidação e peso, mas,
adicionalmente, os denominados 2 Ts, em referência aos parâmetros
transparência e textura.
A
jadeíta de melhor qualidade é comercialmente denominada “imperial”; é
translúcida a semitransparente e possui uma cor verde esmeralda
vívida e brilhante. Este material é considerado o padrão de excelência
a partir do qual são classificados todos os demais jades, incluindo a
nefrita.
A
jadeíta pode ser tratatada de várias formas, sobretudo mediante
tingimento (corantes orgânicos e outros), impregnação (parafina e
cera) e aquecimento.
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domingo, 7 de junho de 2015
JADE
SODALITA E OUTROS SUBSTITUTOS DO LÁPIS-LAZÚLI
SODALITA E OUTROS SUBSTITUTOS
DO LÁPIS-LAZÚLI |
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Mais
eficiente substituto do lápis-lazúli e um dos componentes desta rocha,
a sodalita possui cor azul escura a azul violácea, além de outras
pouco usuais - mas raramente atinge o tom azul ultramarinho
característico dos melhores exemplares de lápis-lazúli.
A
sodalita costuma apresentar veios brancos, geralmente de calcita,
similares aos que podem ser observados no lápis-lazúli, porém apenas em
raras ocasiões contém qualquer mineral que se assemelhe à pirita,
comum nesta rocha.
Quimicamente,
constitui-se de um aluminossilicato de sódio com cloro. Da mesma forma
que o lápis-lazúli, a sodalita costuma exibir fluorescência alaranjada
sob luz ultravioleta e reage com o ácido clorídrico.
Além
do uso como gema, geralmente na forma de contas ou cabochões, a
sodalita é empregada na confecção de objetos ornamentais. Suas
principais ocorrências brasileiras estão localizadas na Bahia, nos
municípios de Vitória da Conquista e Itabuna.
Outros
eficazes substitutos do lápis-lazúli são calcedônia, jaspe e howlita
tingidos; haüyna - também denominada haüynita, azurita, lazulita e
dumortierita, esta geralmente associada ao quartzo, entre outros.
Dentre
as anteriormente citadas, a calcedônia e o jaspe são, após a sodalita,
os substitutos mais frequentemente vistos no mercado brasileiro. Estes
dois materiasi gemológicos são usualmente tingidos com cianeto de
potássio para alcançar a cor azul algo semelhante à do lápis-lazúli,
têm densidade variando no intervalo de 2,40 a 2,60 e são mais duros
que o lápis-lazúli.
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LÁPIS-LAZÚLI
LÁPIS-LAZÚLI |
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Gema
extremamente apreciada desde os mais remotos tempos, o lápis-lazúli
era utilizado pelas antigas civilizações suméria e egípcia não só em
peças de joalheria, como também em amuletos e objetos decorativos,
como esculturas e escaravelhos encontrados em tumbas reais e
faraônicas. Foi também utilizado como cosmético pelas mulheres
egípcias, em sombras para os olhos.
Mais
recentemente, no início do século XX, o artista e joalheiro Peter
Carl Fabergé utilizou esta gema em muitas de suas principais obras,
dentre as quais em um dos famosos 58 ovos confeccionados por encomenda
do czar Nicolau II, da Rússia.
Uma
das raras exceções entre as gemas, o lápis-lazúli não se trata de um mineral,
mas de uma rocha composta por espécies de cor azul vívido como a lazurita, a
haüyna (ou haüynita) e a sodalita, todas possuindo a fórmula geral
(Na,Ca)8(Al,Si)12O24X, onde X = SO4
para a haüyna, (S,SO4) para a lazurita e Cl2 para a
sodalita. Estes minerais estão intimamente misturados a outros, como calcita, de
coloração branca; pirita, de cor amarela e brilho metálico; e
diopsidio.
Possui
dureza 5 ½, peso específico 2,75 (± 0,25) g/cm3 e índice de
refração médio de 1,500, obtido pelo método de visão distante. O lápis-lazúli
exibe fluorescência alaranjada ou da cor de cobre em manchas sob luz
ultravioleta de ondas longas e de coloração esbranquiçada sob ondas
curtas.
Historicamente
e ainda hoje, o distrito de Badakshan, no Afeganistão, é o maior
produtor e local de onde é extraído o material de melhor qualidade, há
pelo menos 6.500 anos. O primeiro registro histórico do depósito
coube ao viajante veneziano Marco Polo, no século XIII.
Outras
importantes fontes desta gema são o Chile, onde é explorada desde o
início do século XX na região de Coquimbo, na Cordilheira dos Andes,
próximo à fronteira argentina, além de Myanmar, Tajikistão, Rússia e
Estados Unidos. Os exemplares destes países costumam apresentar muitas
porções ou veios de calcita que as depreciam, além de raramente
exibirem o característico tom azul-ultramarinho dos afegãos.
Os
jazimentos desta gema ao redor do mundo têm em comum o fato de
estarem situados a elevadas altitudes, em locais inóspitos e, em razão
disto, geralmente possuem produção sazonal.
O
lápis-lázuli foi obtido por síntese, com ou sem pirita, pelo
fabricante francês Pierre Gilson, em 1976. Apesar de seu aspecto
convincente, é mais poroso e, consequentemente, possui menor densidade
que o material de origem natural. O produto sintético possui textura
granular mais uniforme e efervesce mais facilmente em contato com
ácido clorídrico diluído.
O
lápis-lazúli é frequentemente tingido para intensificar sua cor e
tornar menos perceptíveis os veios de calcita branca existentes. O
tratamento é detectável ao observar-se a distribuição da cor,
concentrada em fraturas, ou ao esfregar-se um chumaço de algodão
embebido em acetona, caso não tenha sido aplicada cera ou resina
incolor após o tingimento. As ceras incolores são utilizadas para
dissimular fraturas, melhorar o polimento superficial e evitar que a
tintura extravase; sua presença pode ser revelada ao tocar a
superfície do material com uma ponta metálica aquecida.
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RODONITA E RODOCROSITA
RODONITA E RODOCROSITA |
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Estas duas gemas de tonalidade rósea a vermelha devem sua cor ao manganês e podem, eventualmente, apresentar aspecto similar.
A rodonita ocorre usualmente na forma opaca e, menos frequentemente, nas formas translúcida e transparente; sua cor é geralmente vermelho-rosada a vermelho-alaranjada e vermelho-carne.
Quimicamente
constitui-se de um silicato de manganês, de fórmula CaMn4[Si5O15],
possui dureza 5 ½ a 6 ½, peso específico 3,40 a 3,74 g/cm3 e índices de
refração 1,733 (- 0,017 + 0,005) a 1,744 (- 0,021 a + 0,008), com uma
birrefringência de 0,010 a 0,014. O IR médio, obtido pelo método de
visão distante, corresponde a aproximadamente 1,73.
A
rodonita costuma apresentar aspecto mosqueado, com veios ou inclusões
pretos de óxido de manganês. Sua lapidação é difícil, por conta da
clivagem perfeita em duas direções.
As
ocorrências de rodonita encontram-se amplamente distribuídas, embora
poucas fontes forneçam material transparente. No Brasil, até onde
sabemos, há produção em Minas Gerais, no município de Conselheiro
Lafayete, onde ocorre associada à piroxmangita, e em Urandi, no Estado
da Bahia.
Pela
semelhança de grafia, é conveniente lembrar que a rodonita não tem
qualquer parentesco com a rodolita, um membro intermediário da série de
granadas piropo-almandina.
Já
a rodocrosita possui cor rósea, normalmente mais clara, mas algumas
vezes semelhante à da rodonita; o matiz mais apreciado é o
vermelho-groselha; ocorre na forma opaca e, menos frequentemente, na
forma translúcida.
Quimicamente
constitui-se de um carbonato de manganês, de fórmula MnCO3 e, assim
como todos os carbonatos, reage em contato com ácido clorídrico. Esta
gema costuma apresentar veios brancos com estrutura fibrosa radial e
clivagem romboédrica perfeita.
Possui
dureza 3 ½ a 4 ½, portanto inferior à da rodonita; peso específico
3,45 a 3,70 g/cm3 e índices de refração 1,590 (- 0,012 + 0,010) - 1,805
(- 0,019 a + 0,015), com uma birrefringência de 0,208 a 0,220,
elevada como convém a um carbonato.
Suas
principais ocorrências estão localizadas nos EUA (Colorado), na África
do Sul e, principalmente, na Argentina. Neste país, já era trabalhada
pelos incas, que a extraiam da localidade montanhosa de San Luís -
situada a aproximadamente 230 km a leste de Mendoza - pelo menos desde o
século XIII.
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PERIDOTO
PERIDOTO
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Conhecida
desde 1.500 a.C, a fonte histórica desta bela gema é a Ilha de
Zeberget, no Mar Vermelho, localizada próxima à costa do Egito, hoje em
dia esgotada.
A designação peridoto deriva do francês arcaico peritot, de origem incerta. Supõe-se que seja uma corruptela da palavra árabe faradat, significando gema.
Olivina
é o termo criado pelo mineralogista A. G. Werner em 1790 e, desde
então, utilizado pelos geólogos e mineralogistas para referir-se ao
peridoto, devido a sua característica cor verde-oliva, mas que
pode, igualmente, ser verde amarelada, verde amarronzada ou mesmo
marrom. A olivina é, em realidade, um grupo de espécies minerais que
têm na forsterita e na fayalita seus membros mais conhecidos.
Apesar
do peridoto não ter brilho ou dispersão notável, consegue exercer
enorme fascínio sobre o Homem e isto se deve quase unicamente à
inimitável exuberância que pode alcançar sua cor, através da qual é
facilmente reconhecível.
Outro
traço característico do peridoto e que o torna prontamente
identificável com auxílio de uma lupa de 10 aumentos é o efeito de
duplicação das arestas do pavilhão quando observadas através da mesa.
Este fenômeno é decorrente de sua elevada birrefringência que, em
termos numéricos, equivale a 0,036 a 0,038.
Seu peso específico é 3,34 g/cm3 (- 0,06 a + 0,14) e seus índices de refração são 1,654 - 1,690 (- 0,004 a + 0,013).
O
peridoto é transparente a translúcido e, por esta razão, normalmente
lapidado em facetas. Possui brilho vítreo e, em termos de composição
química, trata-se de um silicato de magnésio e ferro que se
cristaliza no sistema ortorrômbico.
Possui
dureza 6 ½ a 7, o que lhe confere uma certa tendência ao desgaste
que, somada a sua fragilidade, faz desta uma das mais delicadas gemas.
O
espectro de absorção do peridoto, devido ao ferro, é sempre um ensaio
conclusivo para a identificação desta pedra preciosa. Ele consiste de
3 amplas bandas de absorção na região do verde-azul, centradas em
453, 473 e 493 nm, das quais pelo menos uma é sempre visível.
O
peridoto é inerte à luz ultravioleta e apresenta um cenário de
inclusões características, entre as quais se destacam os halos de
decrepitação que circundam cristais negativos (conhecidos como pegadas
de flor-de-lis), inclusões gasosas naturais e inclusões minerais,
frequentemente envoltas por fraturas de tensão, sobretudo de cromita,
espinélio, diopsídio, hercinita, granada e micas.
É
oportuno mencionar que o peridoto pode perder seu polimento em
contato com ácidos sulfúrico ou clorídrico, bem como fraturar-se por
aquecimento rápido ou desigual.
O
peridoto tem ampla ocorrência na Terra e, possivelmente, até dispersa
pelo Universo, uma vez que é encontrado com freqüência em meteoritos e
foi um dos minerais cujas amostras foram coletadas na Lua pelas
missões espaciais norte-americanas Apolo 11 e Apolo 12.
O
material de qualidade gemológica procede principalmente do Paquistão,
Mianmar (ex-Birmânia), China e EUA (Arizona). No Brasil, até onde
sabemos, a produção é ocasional e provém das rochas peridotíticas dos
municípios de Teófilo Otoni, Conceição do Serro, Patrocínio e
Bonsucesso, todos em Minas Gerais.
Exemplares
de peridoto com tons muito escuros podem adquirir tonalidades mais
claras e atraentes mediante tratamento térmico.
Não
há peridoto sintético com produção comercial. No entanto, a
forsterita, membro da série da olivina, quando obtida por síntese, tem
sido utilizada como substituto da tanzanita.
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