segunda-feira, 6 de julho de 2015

Empresário indiano vai investir US$2,5 bilhões no petróleo brasileiro

Empresário indiano vai investir US$2,5 bilhões no petróleo brasileiro




Venugopal Dhoot, o bilionário indiano, dono da Videocon, uma indústria de eletroeletrônicos, tem a ambição de se tornar um grande player no setor de energia do Brasil: quem sabe um outro Eike Batista.

Os seus planos são, realmente, grandiosos.

Segundo Dhoot ele irá investir os US$2,5 bilhões arrecadados na venda de 10% de um campo de gás em Moçambique.

A Videocon já prospecta petróleo no Brasil e Dhoot tem participação em 10 blocos em associação com a indiana Bharat Petroleum Corp e com a Petrobras, que é a operadora.

A sua empresa a Videocon Industries é uma corporação diversificada com 17 plantas na Índia, China, Polônia, México e Itália. Ela fabrica seus próprios smartphones e é a terceira maior fabricante de telas de TV do mundo, um conglomerado cujo valor de mercado supera os US$5 bilhões.

A Videocon é sócia de um dos campos de petróleo mais baratos do mundo o Ravva localizado em águas rasas na costa da Índia.

O que Dhoot realmente quer no Brasil é comprar um número maior de blocos e ativos que a enfraquecida Petrobras deverá colocar à venda.

Ele está entre os vários convidados para participar dos leilões que incluirão blocos no pré-sal.

Petrobras vende participações em poços de petróleo na Bacia de Campos

Petrobras vende participações em poços de petróleo na Bacia de Campos





A Petrobras e a PetroRio S.A. entraram em um acordo onde a Petrobras vende as suas participações nos campos Bijupirá e Salema por US$25 milhões. Estes campos produzem óleo e gás e estão em lâminas de água de 480 a 850 m na Bacia de Campos e são operados pela Shell.

A participação da Petrobras é de 20%. A produção média destes campos é de 22.000 barris por dia de petróleo e 325.000 metros cúbicos por dia de gás.

domingo, 5 de julho de 2015

Usina de Belo Monte vai abrir caminho para projeto bilionário de mineração de ouro

Usina de Belo Monte vai abrir caminho para projeto bilionário de mineração de ouro


A polêmica hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), vai abrir caminho para um grande projeto de exploração de ouro. A empresa Belo Sun Mining Corporation pretende implantar uma mina a céu aberto na Volta Grande do Xingu, trecho do rio que será mais impactado pela hidrelétrica, com a perda de até 80% de sua vazão.

O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto, no entanto, não leva em consideração a barragem e por isso não avalia os impactos cumulativos que um empreendimento desse porte poderá causar numa região que já sofrerá severo dano ambiental (leia o documento).

A hidrelétrica só é mencionada na parte sobre fornecimento de energia, mas a mudança na vazão e no curso do rio vai viabilizar a implantação da mina.

O site da Belo Sun (http://www.belosun.com/ ) afirma que se trata do ?maior projeto de ouro em desenvolvimento no Brasil?. A previsão é de um investimento total de pouco mais de US$ 1 bilhão e de que, em 11 anos de operação, deverão ser produzidas 51,2 toneladas, uma média de 4,6 toneladas por ano.

Apesar dos estudos ambientais da hidrelétrica incluírem informações sobre a possibilidade de mineração no local, o empreendimento é desconhecido do grande público. Nem o Ministério de Minas e Energia nem o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), responsável pelo licenciamento da usina, haviam divulgado o assunto. Belo Monte vem sendo duramente criticada por causa da falta de transparência sobre seus impactos e ações de compensação e mitigação ambiental.

A mina está sendo licenciada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (Sema-PA) e não pelo Ibama, apesar do projeto estar previsto para ser instalado a poucos quilômetros da maior obra de infraestrutura do País, na margem de um rio federal e nos limites das Terras Indígenas (TIs) Paquiçamba, Arara da Volta Grande e Trincheira-Bacajá, que também são áreas federais. O Rima diz que as TIs serão apenas "indiretamente impactadas".

Na região, vivem milhares de indígenas e ribeirinhos que dependem do Rio Xingu para sua sobrevivência. Em função dos severos impactos que Belo Monte trará para a região, com o desvio de boa parte das águas do rio, uma série de medidas deverá ser tomada pela Norte Energia, empresa que está construindo a hidrelétrica, para monitorar e minimizar os prejuízos à população local.

Entre as principais preocupações estão a manutenção da qualidade da água e a continuidade da pesca por parte dessas comunidades, principal fonte de alimentação e renda. Para tentar evitar o colapso ambiental da região, a licença ambiental de Belo Monte exigiu que pelo menos parte das águas do rio continuasse correndo na Volta Grande e o monitoramento permanente de suas condições. O objetivo é evitar a expulsão dessas comunidades por falta de condições de sobrevivência.

Com a instalação de uma mineração de grande porte, no entanto, o cenário pode mudar totalmente e os efeitos dessas medidas podem ser anulados.

A mineração de ouro pode acarretar vários impactos ambientais, como a contaminação da água e do solo por mercúrio e outras substâncias utilizadas na separação e tratamento do mineral. Na Amazônia, em geral, a atividade também induz o desmatamento e a migração descontrolada. Na Volta Grande do Xingu, já existem dezenas de garimpos ilegais, o que potencializa os possíveis impactos do projeto, localizado sobre afluentes e igarapés do Rio Xingu.

Na quinta (13/9), em Senador José Porfírio (PA), o projeto será apresentado à população em uma audiência pública para que a emissão da Licença Prévia (LP) possa ser concedida. A expectativa da empresa é que as obras ocorram entre 2013 e 2014 e que a mina comece a operar até 2016, acompanhando o cronograma de Belo Monte.
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sexta-feira, 3 de julho de 2015

APLICAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA DE REFLECTÂNCIA NO ESTUDO MINERALÓGICO DE PEGMATITOS DA PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DA BORBOREMA, NORDESTE DO BRASI

APLICAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA DE REFLECTÂNCIA NO ESTUDO MINERALÓGICO DE PEGMATITOS DA PROVÍNCIA PEGMATÍTICA DA BORBOREMA, NORDESTE DO BRASIL.





INTRODUÇÃO:
A Província Pegmatítica da Borborema abrange uma região de mais de 10.000 km² onde há registros de milhares de pegmatitos produtores de minerais de Ta-Nb, Sn, Be, Li, além de minerais industriais e gemas raras, como a Turmalina Paraíba. A mineralogia diversificada destas rochas motivou este estudo com o objetivo de caracterizar, utilizando a técnica da espectroscopia de reflectância (ER), assembléias mineralógicas que exibem feições de absorção espectral diagnósticas na região do espectro ótico refletido, que vai de 400 a 2500 nm. A ER compreende o estudo e uso da radiação eletromagnética para caracterização de materiais superficiais, por se tratar de técnica sensível às pequenas alterações nas suas estruturas e/ou composições químicas que, frequentemente, resultam em deslocamentos na posição e na forma das feições de absorção da radiação eletromagnética refletida. Uma dificuldade natural do estudo da rocha pegmatítica está na sua amostragem, devido à natural heterogeneidade, variações granulométricas e modal-mineralógicas. A relevância da pesquisa encontra-se na possibilidade de caracterização e de ampliação do conhecimento mineralógico de pegmatitos, o que por sua vez poderá induzir novas pesquisas para ampliar reservas ou descobrir novos jazimentos.

METODOLOGIA:
A área de estudos está localizada na porção sul da PPB, região limítrofe dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, onde dezenas de pegmatitos homogêneos e heterogêneos, em parte caulinizados, ocorrem intrudidos principalmente em quartzitos da Formação Equador e, secundariamente, em biotita xistos da Formação Seridó. O trabalho envolveu a amostragem em 56 ocorrências e garimpos de pegmatitos em operação e paralisados, com a coleta de 189 amostras para estudo e análise com a ER, incluindo o levantamento de campo mais detalhado no pegmatito do Alto do Giz. Foram geradas curvas espectrais referentes a amostras coletadas e de leituras em campo com o espectrorradiômetro portátil FieldSpec Full Resolution Pro, da Analytical Spectro Devices (ASD). A técnica dispensa qualquer preparação de amostras, tendo-se realizado as leituras em superficies lisas e limpas, livres de contaminação de poeira e caulim. A análise e caracterização espectro-mineralógica basearam-se na interpretação das posições, intensidades, formas e declividades das feições de absorção espectral observadas nos espectros de laboratório e de campo, utilizando os aplicativos de análise espectral The Spectral Geologist/TSG-5 PRO e SIMIS Features Search 1.6, além do programa Environment for Visualizing Images - ENVI.

RESULTADOS:
A caracterização de minerais de pegmatitos com emprego da técnica da espectroscopia de reflectância possibilitou identificar como principais fases minerais caulinita, muscovita, illita/sericita, lepidolita, montimorilonita, mica sódica, cookeita e turmalina. A mineralogia dos pegmatitos homogêneos é mais simples, dominantemente constituída por caulinita, muscovita, illita/sericita, além de feldspato, quartzo e raramente turmalina, da variedade schorlita, demonstrando a pouca diferenciação/evolução destas rochas. No pegmatito heterogêneo do Alto do Giz foram ainda identificadas lepidolita, mica sódica e cookeita, esta última constituindo a terceira ocorrência registrada na PPB. As fases e misturas de fases minerais identificadas contribuíram para definir uma zona litinífera (cookeita+lepidolita) nas bordas de dois núcleos de quartzo e o zoneamento interno do Alto do Giz. Com base nesses resultados é proposta sua classificação como do tipo complexo, sub-classe espodumênio. Além disso, foram reconhecidos pelo menos três estágios de sua evolução: um primeiro relacionado à cristalização de espodumênio, um outro de natureza hidrotermal, que deu origem à cookeita e, finalmente, um terceiro estágio de caulinização ligado a processo hidrotermal e/ou supergênico.

CONCLUSÃO:
A técnica da espectroscopia de reflectância mostrou-se eficaz nos trabalhos de campo, e de notável utilidade por permitir a identificação mineralógica e orientar amostragens e o mapeamento de pegmatitos. Ela pode ser utilizada de forma sistemática, a partir de leituras coletadas em laboratório e/ou no campo em pegmatitos homogêneos e heterogêneos. Isto foi demonstrado com os resultados obtidos para o pegmatito do Alto do Giz, os quais possibilitaram definir o seu zoneamento interno, propor sua classificação e também caracterizar algumas das fases de sua evolução. A ER constitui uma nova ferramenta estratégica para estudo e prospecção desse tipo de rocha e mineralizações associadas, tanto na PPB como em outras províncias pegmatíticas no mundo.

NO CARIRI: São José da Batalha é o berço da turmalina azul

NO CARIRI: São José da Batalha é o berço da turmalina azul




Localizado no Cariri paraibano, o Distrito de São José da Batalha é o berço da uma das pedras mais belas e cobiçadas do mundo – a Turmalina Paraíba. De um azul intenso, a pedra registra cotação superior a dos diamantes por sua raridade, chegando a custar US$ 50 mil por grama.
Grifes como Dior, Tiffany e H.Stern chegaram a vender jóias de até R$ 3,07 milhões com apenas uma turmalina. Embora a pedra seja tida como escassa em São José da Batalha, a possibilidade de encontrar novas jazidas alimenta o sonho de muitos garimpeiros na região e é confirmada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A Turmalina Paraíba, também chamada de turmalina azul, foi encontrada pela primeira vez há cerca de 25 anos. Seu descobridor, o mineiro Heitor Barbosa, é um dos detentores da lavra de São José da Batalha, juntamente com familiares do deputado João Henrique. Após a descoberta, a intensidade do azul apresentado pelas Turmalina Paraíba conquistou o mercado internacional, virando modismo principalmente na Europa. A raridade, cor e brilho da pedra são os principais responsáveis por sua alta cotação, de acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CRDM).

“A coloração incandescente e única deve-se a uma combinação de traços de cobre e manganês na estrutura cristalina deste mineral, tornando-se de um tipo de azul único encontrado por aqui”, afirma o diretor-presidente da CDRM, Geraldo Nobre. Hoje, no entanto, a mina de São José da Batalha está em fase de exaustão e a exploração está praticamente paralisada, conforme CRDM. Mas para o superintendente substituto do DNPM, José Toledo, há chances de haver jazidas inexploradas por conta da existência irregular de pegmatitos – rocha que é fonte da turmalina –, na região.
“A ocorrência de gemas preciosas em rochas pegmatíticas é errática e teoricamente não há como afirmar em ‘reservas esgotadas’. Se os pegmatitos existem, e ocupam uma grande região entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte, existe sempre a possibilidade de se encontrar gemas preciosas. Esta é a eterna esperança que move o garimpeiro”, afirma José Toledo.

Enquanto as novas jazidas não são descobertas, os mineradores buscam alternativas na Paraíba. Segundo a CDRM, a exploração dos pegmatitos da meso região do Seridó paraibano, está voltada atualmente para a extração de quartzo, feldspato e mica (minérios industriais). “A extração de metais e de gemas (principalmente nióbio, tântalo, estanho, águas marinhas e turmalinas), fica como uma atividade secundária”, explica o diretor-presidente da Companhia.
Outras gemas preciosas, incluindo variedades de turmalinas são também encontradas na Paraíba como água marinha, ametista e quartzo róseo.
Temos a maior produção de rutilo e ilmenita no Brasil
Das dunas de Mataraca, no litoral paraibano, sai a maior produção de rutilo e ilmenita – minerais aplicados na fabricação de tintas – do país. A multinacional Millennium Mineração Ltda é responsável pela extração do minério do grupo Cristal Global no Brasil. A mina, cuja produção de ilmenita foi iniciada em 1983, é explorada sem causar danos à natureza, segundo o diretor de operações da CRDM, José João Correia de Oliveira.

“Antes da descoberta desta mina, o Brasil importava este produto da Austrália. Agora, a multinacional manda estes minérios para a Bahia onde é processado junto às fábricas de tinta, abastecendo o mercado brasileiro”, informou o diretor de operações. Oliveira destaca ainda a produção de cimento paraibana, que é uma das maiores do Nordeste e está concentrada em João Pessoa, Bayeux e Caaporã. “Também produzimos a bentonita, que é utilizada na perfuração de poços de Petróleo, tendo a Petrobras como principal compradora”, destaca.
O diretor lembra que a existência de ouro em Princesa Isabel, onde uma tonelada e meia foi medida há 30 anos, ainda desperta interesses fora da Paraíba. “Este ouro era superficial, os garimpeiros foram tirando e chegaram a uma profundidade tal, que agora só é possível explorar através de sondagens. E existem várias empresas interessadas na área, uma delas é da Bahia”, revelou.

Outra grande variedade de minérios é destacada pelo superintendente substituto do DNPM, José Toledo. “A Paraíba produz argilas para a indústria cerâmica, bem como vermiculita e rochas ornamentais exóticas de grande aceitação no mercado. Além disso, pesquisas de minério de ferro vem sendo realizadas em diversos municípios paraibanos. Nos últimos cinco anos, com o aumento desta commodity no mercado internacional, o numero de áreas requeridas vem aumentado significativamente”, afirmou.
Diante de tantas potencialidades, Toledo lamenta a insuficiência de estudos que poderiam contribuir com o desenvolvimento do setor. “A economia mineral da Paraíba carece de maiores estudos para que possa apresentar dados atualizados, e acabar com a clandestinidade, bem como com as lavras ilegais o que somente beneficia os grandes consumidores, prejudicando o trabalhador”, afirma.
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